terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 9 - 1º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as Emoções Humanas
Estudo nº 09    Autoestima
Semana de   19 a 26 de fevereiro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Vocês... são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de DEUS, para anunciar as grandezas dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Ped. 2:9, NVI).

Introdução de sábado à tarde
O que é autoestima? Em psicologia, é a avaliação genérica, ou subjetiva, que um indivíduo faz de si mesmo, se é positiva ou se é negativa. Isso em psicologia. A autoavaliação é do tipo: “eu sou bonita(o) ou eu sou feia(o)”; “eu sou competente ou eu sou incompetente”; “eu sou atraente ou eu sou rejeitado”; “eu sou benquisto ou eu sou malquisto”, e assim por diante. Expressa-se também por meio de comportamento, do tipo: confia em si ou não confia em si; age com prontidão ou tende a recuar.
O conhecimento que uma pessoa pode ter sobre si mesma tem dois componentes: a autoimagem (como a pessoa se descreve) e a autoestima (também autoconfiança ou autoaceitação – é como a pessoa se avalia ou se valoriza). Tem a ver com a competência pessoal, a capacidade de fazer alguma coisa e conceitos sobre as próprias qualidades pessoais. A autoestima, a autoconfiança e a autoaceitação são palavras que se complementam para formar a imagem que uma pessoa faz de si mesma.
“F. Potreck-Rose e G. Jacob (2006) propõem uma abordagem psicoterapêutica para a baixa autoestima baseada no que elas chamam de "os quatro pilares da autoestima":
1. Autoaceitação: uma postura positiva com relação a si mesmo como pessoa. Inclui elementos como estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, respeito a si próprio, ser "um consigo mesmo" e se sentir em casa no próprio corpo;
2. Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho. Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, de fazê-lo bem, de conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de algo;
3. Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contatos. Inclui saber lidar com outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reações flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos, saber regular a distância-proximidade com outras pessoas;
4. Rede social: estar ligado em uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma relação satisfatória com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.” (Potreck-Rose, Friederike & Jacob, Gitta (2006). Selbstzuwendung, Selbstvertrauen, Selbstakzeptanz - Psychoterapeutische Interventionen zum Aufbau von Selbstwertgefühl. Stuttgart: Clett-Kota., disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoestima)
A Bíblia contém, no entanto, o conceito completo de autoestima. Inclui o que se descreveu acima, e mais dois componentes: a origem dos seres humanos, ou seja, criaturas trazidas à existência por DEUS, para uma finalidade elevada, que é viverem para serem amadas por DEUS e se amarem mutuamente, e assim viverem felizes; e, qual o pensamento que O Criador tem a respeito de cada ser humano, ou seja, o valor do homem por parte de DEUS. A tal ponto o ser humano tem valor para DEUS que Seu Filho veio morrer por ele. Isso deve refletir no valor que nós mesmos nos damos.
No mundo há fortes fontes de formação de autoestima. Esses poderes vêm afetando as mulheres há muito tempo, e recentemente também as crianças e os homens. Todos são chamados, ou forçados a serem vaidosos além da conta ou de um equilíbrio saudável, em busca de um corpo cujo modelo não é segundo DEUS, mas segundo os gananciosos empresários da moda. Um dos efeitos devastadores desses poderes é a exagerada magreza que mulheres buscam, chegando algumas delas a morrer por atitudes ridículas na alimentação.


  1. Primeiro dia: Origem
De tudo o que existe no Universo, o que é mais importante? Nem se precisa pensar muito: são os seres inteligentes. Sem inteligência, qual seria a utilidade de tudo o mais que existe por aí? Ou, para que existiriam as demais coisas, se não fossem os seres inteligentes?
Pois bem, nesse mundo, os seres inteligentes perderam a noção de sua responsabilidade, e estão destruindo as demais coisas. Aliás, estão destruindo a si mesmos. Estou escrevendo isso no dia 13/01/2011, quando recém soube da notícia da morte de 419 pessoas no estado do Rio de Janeiro, por causa das enchentes. Foi o que disseram no noticiário. Ou a causa seria outra, os abusos dos seres humanos contra a natureza, que por isso perdeu a capacidade de se manter razoavelmente comportada?
E de onde vem os seres inteligentes? Aliás, podemos fazer outra pergunta anterior: de onde veio a matéria, de que tudo é feito? Por exemplo, dizem os evolucionistas que houve uma explosão (Big Bang ou grande explosão) há mais de 13 bilhões de anos, de uma bola de matéria extremamente densa e quente, e dessa explosão teria resultado o Universo, todas as estrelas, planetas e outros corpos cósmicos. A vida teria surgido aqui na Terra há 3,8 bilhões de anos, e o homo sapiens há 200 mil anos, evoluindo de animais inferiores, no nosso caso, os seres humanos, dos macacos.
Agora sim, vem a pergunta inicial: de onde veio a matéria original, que teria explodido, para formar o Universo? Se a teoria do Big Bang fosse verdadeira, teria que haver uma explicação da existência da matéria para explodir. E não só matéria, energia também, pois sem energia nada explode. E muita matéria e muita energia, pois o Universo é gigantesco. Aliás, não se sabe quais são as suas dimensões; quanto mais potentes os aparelhos de prospecção, mais galáxias e estrelas se descobrem. Essa questão leva à origem da matéria e da energia; afinal, de algum lugar ou por alguma via ela veio a existir.
Biblicamente a resposta está em João cap. 1:1 a 4. Ali diz que no princípio, ou seja, quando tudo começou no Universo, só existia DEUS, ou, no mínimo, DEUS existia. E JESUS fazia parte dessa existência. E no verso 3 diz que tudo o que existe foi feito por meio de JESUS, o verbo, por meio dEle tudo se fez.
Essa resposta temos que aceitar pela fé, pois não há como prová-la, ou realizar algum experimento científico para obter comprovação. Ora, a teoria do Big Bang também é só uma teoria, portanto, nada há comprovado definitivamente. Teoria é um conjunto de conhecimentos que se elabora para especular ou para estudar, e buscar comprovações. Qualquer pessoa, com algum conhecimento, pode elaborar uma teoria. Agora, se depois vai poder provar que ela é verdadeira, é outra história. O Big Bang, assim como o evolucionismo, são apenas teorias. A explicação bíblica da origem de todas as coisas, também não se pode comprovar, mas se pode confiar, pois da Bíblia o que é possível comprovar, como as profecias que já se cumpriram, e que de modo algum podem ser contestadas, permite que tudo o mais escrito nesse livro, no mínimo deve ser considerado como possivelmente sendo verdadeiro. Isso é o mínimo, racionalmente falando. Ou seja, não aceitar a Bíblia, diante desse argumento, é ser preconceituoso ou cegamente determinado a não admitir a existência de DEUS. Aí só resta acreditar aviltadamente que o ser humano veio de macacos. Quando o homem não aceita a Palavra de DEUS, é capaz de se depreciar acreditando em absurdos, e não consegue livrar-se de tal crendice. Aliás, acha absurdo aceitar a criação por parte de um Ser superior.
Outra pergunta é: e a inteligência, de onde ela veio? Também evoluiu? Ela foi se formando ao longo dos tempos? Há muita inteligência nas leis da natureza, na física, na biologia, por exemplo. E são leis complexas. Isso tudo teria se formado, sem nenhum propósito superior, mas só para sobreviver, se originando do caos de uma explosão?
De onde veio a beleza, a harmonia e a ordem? As coisas teriam capacidade de evoluir para sempre mais belo, harmônico e ordenado?
É mais lógico admitir que existia, antes de toda existência de matéria e seres vivos, um Ser que tinha inteligência e capacidade de realizar seus planos, sejam quais fossem. E esse Ser sempre existiu. Mas aqui não caímos, criacionistas, no mesmo problema dos evolucionistas? O problema deles é: de onde veio a matéria e a energia para o Big Bang? O nosso problema é, de onde veio DEUS? Pois, no nosso caso, é mais fácil crer; afinal, matéria e energia necessariamente dependem de alguma origem, e DEUS não depende disso. Não é difícil admitir que Ele sempre existiu.
Agora, nós, seres humanos, porque existimos? Esse DEUS, eterno no passado e eterno no futuro, decidiu criar seres semelhantes a Ele mesmo, à Sua imagem e semelhança, e nos deu uma lei moral com o propósito de vivermos com a capacidade de fazermos outros felizes (assim como DEUS também é capaz) e de sermos felizes. Ou seja, somos capazes de amar e de sermos amados. Isso é um propósito de existência. Por um propósito desses, DEUS seria mesmo capaz de vir a este mundo morrer por nós. Ele nos ama, e quer nos ver vivos e felizes.
Pensando por essa via, criacionista, a vida tem ou não tem sentido? E pensando mais, que JESUS vai voltar e nos transformar em seres perfeitos, vale ou não vale viver sob a lei do amor? Pensando assim, tudo passa a fazer sentido, e nós podemos nos valorizar em DEUS, ou seja, somos Suas criaturas, descendentes dEle, não de macacos. E nós estamos sendo transformados para seres perfeitos. Isso faz diferença quanto a como nós mesmos nos avaliamos. Tem um DEUS fazendo parte de tudo isso.

  1. Segunda: Autopercepção
A autopercepção, ou também autoconceito, é formado pela imagem que nós próprios pensamos que somos, do que já realizamos e somos capazes de realizar e também o que imaginamos que os outros pensam de nós e como nós gostaríamos de ser. É, em suma, um julgamento que a pessoa faz de si mesma, assim como faz de outras pessoas. A autopercepção envolve práticas sobre: autoavaliação, autocomunicação, automotivação, autocontrole.
Pela autopercepção o indivíduo tenta explicar seu próprio comportamento. É a busca da compreensão do conjunto das características marcantes do próprio indivíduo, ou seja, a busca por compreender a sua personalidade. E como é importante cada um entender-se corretamente, conhecer seus pontos fortes e fracos!
Esse campo da autopercepção é algo muito delicado. Podemos errar feio quando tentamos nos descrever como somos, do mesmo modo como isso pode acontecer quando tentamos descrever outra pessoa. Quando buscamos nos autoperceber, observamo-nos e meditamos sobre como somos e os porquês de sermos assim. E essa atividade tem forte influência por parte de outras pessoas, do que nos disseram, das informações que nos passaram, principalmente se nos criticaram injustamente, ou quando nos elogiaram exageradamente. Como somos passíveis de errar quando se trata de comportamento humano! Pois nós não conseguimos ver nos outros o seu íntimo, seus motivos e seus dramas pessoais; e do mesmo modo, não conseguimos distinguir direito essas coisas em nós mesmos. Ou seja, muitas vezes podemos nos avaliar como sendo pessoas de bom relacionamento quando na verdade nosso relacionamento é dificultoso com outras pessoas. Mas também podemos nos ver como pessoas de difícil relacionamento quando isso não é real. E se errarmos em nossa autopercepção, isto é, se aquilo que imaginamos ser não é real, então estamos confusos, e não teremos capacidade de corrigir o que em nós está errado ou de reforçar aquilo que está correto. Nesse caso, vivemos sem controle sobre nosso comportamento.
Portanto, geralmente erramos quando tentamos descrever os atos e seus motivos de outras pessoas, e geralmente erramos ao tentar descrever isso em nós mesmos. Não há nada de errado em buscar descrever outras pessoas, ou a nós mesmos. O que a Bíblia condena é quando julgamos outras pessoas, ou até mesmo, quando nós nos julgamos. Isso não se deve fazer. Por exemplo, já vi pessoas que se acham quase santas e já vi pessoas que se condenam como não tendo mais solução diante de DEUS. Isso é se julgar bom demais ou mau demais, e nenhum desses julgamentos corresponde à realidade. Há grande diferença em descrever uma pessoa e julgar uma pessoa, seja nós mesmos ou outra pessoa. Uma descrição é neutra em termos de emissão de juízo. O julgamento ocorre quando, além de se descrever alguém, se emite um parecer do tipo “esse sujeito é um fracasso”; “aquela pessoa é grosseira”; “esse outro é covarde”; e “aquele oturo está perdido, não tem como se salvar”, coisas desse tipo. Enquanto apenas descrevemos uma pessoa, e nisso podemos errar, como já sabemos, estamos buscando entender os motivos dos outros, ou os nossos motivos, porque razão foram realizadas determinadas ações, porque desse ou daquele comportamento. Assim sendo, conforme o que nós descrevermos, nos outros ou em nós, podemos ajudar o outro, ou dar-lhe um conselho, ou, se for a nosso respeito, podemos lutar por melhorias, buscar conselho, ler sobre nosso comportamento, etc. Aí é desejável, pois a Bíblia mesmo diz que devemos nos exortar uns aos outros. Mas como exortar se nada sabemos sobre nós, ou sobre os outros?
A autopercepção é difícil de ser correta, mas existe esperança. Quando queremos ver a nossa aparência exterior, usamos um espelho. Assim vemos se estamos bem vestidos, bem penteados, se estamos limpos, etc. Difícil é sair de casa sem se olhar no espelho, e no caso de mulheres, isso é absolutamente impossível!
Assim como existe o espelho para vermos nosso exterior, também existe outro para nos vermos interiormente. É a Bíblia, não poderia ser outra coisa. Por ela, se a lermos com oração, em atitude de humildade, e se meditarmos com calma no que estamos lendo, iremos descobrir consistências e inconsistências, ou seja, coisas que iremos aprovar em nós, e coisas que iremos reprovar. Então, aos poucos, nós nos descobriremos como somos, e aí sim, formaremos uma opinião fundamentada sobre quem somos, o que temos de positivo e o que devemos mudar. Aliás, quem nesses últimos doze meses não descobriu nada para mudar em sua vida, preocupe-se, pois está cego em relação a si mesmo.
Precisamos mesmo ter um conceito do que somos, pois devemos saber o que devemos mudar e o que devemos reforçar, por estar correto. Nesse mundo não há sequer uma única pessoa que seja perfeita, que não necessite mudar algo em sua vida, assim como não há uma única pessoa que seja 100% má, em que não haja nada de bom.
A autopercepção envolve sempre relacionamento com outras pessoas, pois somos seres sociais. Nós sempre buscamos nos ver com relação aos outros. Isso é normal, e até é bom. JESUS explicou isso, dizendo que devemos amar o nosso semelhante assim como nós nos amamos. E em outra passagem Ele disse que devemos amar o nosso semelhante assim como Ele nos amou. Portanto, o principal critério de autopercepção, para saber o que devemos mudar em nós, ou em que buscar auxílio de outros ou de DEUS, e o que devemos reforçar por estar bom é o amor. Portanto, devemos pensar em nós mesmos e também pensar nos outros, equilibradamente (Rom. 12:3). E, pelo critério do amor, dirigir nossa vida de tal maneira que os outros queiram nos amar. E, mesmo que esses outros sejam em alguns pontos inconvenientes, que jamais os deixemos de amar (Mat. 22:29). Nesse mundo não existe uma só pessoa que não dê ao menos alguns motivos de inconveniência para outros, mesmo que seja sem querer. Nesse mundo dependemos uns dos outros para que algo melhore em nós, e em especial, dependemos de DEUS para que melhore de verdade, conforme o que Ele entender ser bom, não conforme nós imaginamos o que é bom ou ruim.

  1. Terça: O que os outros veem
Esse é um dos grandes problemas: o que os outros veem em nós. Ou melhor, o que os outros valorizam nas pessoas. Os seres humanos, sempre muito preocupados em ter uma boa imagem junto aos seus semelhantes, procuram fazer exatamente aquilo que eles valorizam. Mas e o que as pessoas, em geral valorizam? Aquilo que satisfaz as aparências.
Uma pessoa humilde, pobre, simples e sincera, honesta, trabalhadora, bom pai (ou mãe), bom cidadão (ou cidadã) tem perante a sociedade pouco valor. Se uma pessoa assim morre, só é divulgado se alguém colocar uma nota fúnebre. Porém, se uma pessoa rica, de prestígio na sociedade, conhecida de muitos, mas que conquistou riqueza por meio de fraudes (isso não interessa), se ela morre, a mídia faz uma ampla cobertura. E todos comentam: ‘fulano de tal faleceu’. Mas qual a diferença entre essas duas pessoas, perante DEUS? Amanhã estudaremos isso, mas perante a sociedade dos homens, esse rico vale bem mais.
Devemos ter muito cuidado, pois não sejamos medíocres, esse problema existe entre nós, o povo de DEUS. Se você for uma pessoa que tem muita riqueza, e é honesta perante DEUS e perante os homens, bem poderia fazer uma experiência interessante. Vá a uma de nossas igrejas, onde não lhe conheçam, e entre nela vestido com roupa bem humilde, sapatos velhos e bem gastos. Tenha uma aparência de quase mendigo. No sábado seguinte, volte ali, e desça de um automóvel de luxo, bem trajado. Vai sentir a diferença. No entanto, perante DEUS, somos todos iguais. Precisamos aprender algo mais de DEUS, e deixar de sermos assim tão influenciados pelo mundo. Precisamos nos converter, todos nós, ou muitos de nós perderão a vida eterna. E isso aqui não é brincadeira. Se alguém estiver na condição de fazer essa experiência, deveria fazê-la, pois isso poderia servir para dar um impacto de reforma necessária.
O que a sociedade valoriza tanto, mas que DEUS despreza? Em primeiro lugar o patrimônio da pessoa, e não importa como foi obtido. A sociedade valoriza o poder aquisitivo. Mas repito, não há nada errado em ter grande patrimônio, desde que seja honesto e dê um bom testemunho, continue humilde e fiel servo de DEUS. A sociedade também valoriza o carro que a pessoa possui (melhor se for importado); a marca da grife que veste; a casa que possui; o poder de consumo e que tipo de assunto é capaz de manter conversa, que tenha a ver com novelas, jogos, corridas de automóvel, etc. Isso tudo é supérfluo para DEUS. Aliás, para quem quer mesmo ser salvo, essas coisas até estorvam, e muito.
Coisas do tipo, ser honesto, falar a verdade, ser bom cristão, ter fé em DEUS, não ser ganancioso, fazer a reforma da saúde e viver de modo simples e saudável, cuidar do templo do ESPÍRITO SANTO, cuidar de manter um bom relacionamento familiar, ter princípios de caráter, valorizar o estudo da Bíblia, essas coisas Ele valoriza, mas não o mundo. O mundo trata esses fatores com preconceito, coisas de crente. Os valores do mundo não têm nenhum valor para DEUS e os valores de DEUS não têm nenhum valor para o mundo. Devemos cuidar para não sermos influenciados com os valores do mundo. O mundo só vê e valoriza a aparência, o exterior, e isso não é importante. É óbvio que não devemos ser relaxados, ou descuidados com o nosso vestir, descuidar da combinação das cores por exemplo. DEUS, na natureza, sempre combinou bem as cores, portanto também devemos fazê-lo. Mas devemos ser sempre equilibrados, de bom gosto, sem ostentação, sem focar em nós mesmos, usando, no caso do vestuário, roupas que tenham a devida finalidade, que é cobrir e proteger o corpo, e não de atrair a atenção ao corpo. E, digo e repito, muita gente há que pensa que ir à igreja é para desfilar o seu corpo. Devem se arrepender disso e mudar, ou se arrependerão quando for tarde, já tendo perdido tudo. Não nos enganemos: DEUS é paciente, mas dEle não se zomba pois isso pode custar a vida eterna.
Resumindo, devemos aprender, na vida prática, a sermos pessoas simples e humildes. Que grande testemunho dá uma pessoa que tem doutorado, mas continua humilde e simples. Que grande testemunho dá uma pessoa muito rica mas continua sendo simples e humilde. Que grande testemunho dá uma pessoa que se tornou famosa, ou melhor, muito conhecida, mas continua simples e humilde. Assim foi JESUS, que é o nosso exemplo.
O que os outros veem em mim? Um cristão equilibrado, sincero e que está avançando na santificação? Ou um cristão cujo exemplo não é bom seguir?

  1. Quarta: O que DEUS vê
DEUS é um Pai, que nos criou, e que está buscando nos salvar para a vida eterna porque nos ama. Ele quer todo o bem a nós, mas temos que sempre ter em mente que somos seres livres, e portanto, também nos cabe tomar decisões a nosso respeito.
Vamos analisar, primeiramente, esse nosso mundo. Nessa Terra não há possibilidade de vivermos 100% como é o plano de DEUS. Aqui ocorrem muitas desgraças, as pessoas cometem erros além dos pecados, o ambiente em geral é nocivo às pessoas de bem. Portanto, aqui devemos fazer tudo o que nos é possível para vivermos conforme o plano de DEUS. Devemos buscar, com humildade, viver o melhor possível. Por exemplo, se de um dia para o outro todos os habitantes da Terra se tornassem adventistas, quem cuidaria dos serviços básicos? Quem cuidaria do funcionamento das hidrelétricas, da telefonia por exemplo? Teríamos que fazer plantões de cuidados mínimos, e ter ali um ambiente bem favorável para que os plantonistas tivessem boas condições de, mesmo assim, louvar a DEUS. Isso além dos revezamentos. O transporte público, como ônibus e metrôs certamente só funcionariam em determinados horários, para os cultos. E todo serviço deveria ser voluntário. Mas isso ainda é trabalhar, sem dúvida. Assim era também no antigo Israel. Alguém precisava fazer algo nos sábados, até nos serviços do Templo. Portanto, aqui nessa Terra, há algumas coisas que é impossível evitar. É o caso de uma viagem no sábado para participar de uma programação religiosa. Procuro ao máximo evitar, mas às vezes se invade o horário do sábado, em viagem. Mas, para simples passeio como o de férias, esse evitamos por completo.
Então, diante disso, o que DEUS vê? Ele vê a nossa sinceridade, a nossa luta para obedecer. Ele atenta se abrimos facilmente mão de cuidados em relação ao zelo por obedecer. Ele observa em nosso íntimo os motivos que nos levam a fazer certas coisas, sejam corretas, sejam erradas.
Há três categorias de pessoas. 1. Uma tem a ver com aquelas que estão errando e nem sabem disso. Muitas vezes estão perdidas por aí, e não tem noção de estarem perdidas. Para essas pessoas Ele olha com grande misericórdia, e envia Seus mensageiros para buscá-las, para lhes instruir quanto à sua condição e proporcionar orientação à sua vida. 2. Outra categoria de pessoas é daquelas que têm noção de seus erros, mas não têm forças ou talvez nem saibam como fazer uma mudança em sua vida. A essas pessoas DEUS também olha com misericórdia. E algum servo dEle precisar ir até à pessoa e ajudá-la a retornar, ou a evitar a rota de erro. Ela precisa de orientação. 3. A terceira categoria de pessoas correspondente ao filho pródigo. São pessoas que, além de terem noção de sua situação, sabem o que devem fazer para resolvê-la. Por essas pessoas DEUS cria condições para que sejam bem recebidas ao decidirem pelas mudanças.
Mas as três parábolas de Lucas 15, implicitamente, dão a entender que existe uma quarta categoria, que aí não aparecem. As que aqui vimos têm as seguintes características: a moeda perdida não tem noção de sua situação que é ruim e nem sabe o que fazer para resolver; está totalmente dependente de ajuda. A ovelha tem noção de sua situação, ou seja, sabe que precisa de ajuda, mas ela mesma não tem condições de se ajudar. O caso do filho pródigo, esse tem noção de sua situação e sabe, por si, o que deve fazer. E a categoria que ficou excluída, são aqueles que sabem de sua situação, mas gostam dela e não pretendem mudar nem aceitam ajuda para alguma mudança. Por que essa classe ficou de fora dessas parábolas? Porque as parábolas tratam de tipos de pessoas a serem socorridas, mas não de pessoas que acham que já estão salvas, ou que pensam não necessitar de nada. Em resumo, são quatro maneiras que DEUS nos vê: como perdidos sem noção, como perdidos com noção mas precisando de ajuda, como perdidos com noção mas que pode se ajudar para retornar e como perdidos que acham que estão bem assim, no pecado.
A igreja deve ser tanto um lugar de proteção dos membros, para que não se percam para o mundo, como um lugar onde se criem as condições para que, aqueles que erram, estando dentro da igreja ou estando fora, sejam alcançados e salvos de sua situação. Mas o quarto grupo, que é o joio, esse vai ficar para trás.

  1. Quinta: Um novo homem
Vamos analisar o texto de Efésios 4:23 até 30, por partes.
a)            Renovar-se no espírito do vosso entendimento: significa aprender de DEUS por meio da Bíblia e de outros escritos, como os de Ellen G. White, e aplicar esse conhecimento para a renovação da vida espiritual. É pelo conhecimento que verificaremos em que estamos errando. Portanto, em que precisamos fazer uma reforma, e em que estamos acertando, ou seja, em que devemos reforçar nosso comportamento ainda mais;
b)            E vos revistais do novo homem criado segundo DEUS, em justiça e retidão procedendo da verdade: ou seja, o homem natural deve ser substituído por um novo homem, não mais segundo as inclinações desse mundo, mas conforme DEUS deseja que ele seja. E o que DEUS deseja é bem pouco compreendido. Na verdade, a maioria dos membros do povo de DEUS segue o que o “eu” determina;
c)            Deixando a mentira, fale cada um a verdade com seu próximo: isso quer dizer, por exemplo, que quando vai fazer uma transação comercial, deve ser honesto para com o cliente e para com o governo (é só um exemplo) – “Os costumes do mundo não são norma para o cristão. Ele não deve imitar suas práticas sutis, suas astúcias, suas extorsões. Todo ato injusto para com o próximo é uma violação da regra áurea. Cada erro praticado em relação aos filhos de Deus, é feito ao próprio Cristo na pessoa de Seus santos. Toda tentativa de tirar vantagem da ignorância, fraqueza ou infortúnio de outrem, é registrada como fraude no livro-razão do Céu. Aquele que sinceramente teme a Deus, preferiria antes labutar dia e noite e comer o pão da pobreza, a condescender com a paixão do ganho que oprima a viúva e o órfão, ou prive o estrangeiro do seu direito. O mais leve afastamento da retidão quebra as barreiras, e prepara o coração para injustiça maior. É precisamente quando um homem chega ao ponto de tirar vantagem para si da desvantagem de outrem, que sua alma se tornará insensível à influência do Espírito de Deus. O ganho obtido a tal preço é uma terrível perda” (Profetas e Reis, 652).
d)           Podemos ficar irritados, mas não devemos com isso pecar. Deve-se resolver o conflito antes de terminar o dia, pois se a ira se estender por muito tempo, o diabo se aproveita disso e desenvolve uma situação de um estar de mal com o outro;
e)            Não devemos entristecer o ESPÍRITO: Ele quer nos alertar, ensinar, orientar, advertir, etc. Mas se nós não dermos atenção, Ele vai ficar triste porque Se sente de mãos amarradas, querendo nos libertar da morte eterna mas nós não querendo aceitar.
Um novo homem significa um novo estilo de vida. Há dois estilos gerais de vida: o desse mundo e o celestial. Se de fato desejamos ser salvos, devemos lutar para nos livrar de muitas coisas inconvenientes desse mundo. E se assim não fizermos, uma coisa é certa: nós nos perderemos. Não há como alguém ser salvo estando um pouco no mundo e um pouco na igreja. Mas tal posicionamento se tornou moda na igreja atualmente, desde há algum tempo. DEUS, por meio de sua profetisa nos pergunta: “Qual é o tom preponderante de vossos sentimentos, de vossos gostos, de vossas inclinações? Onde está a principal corrente de vossa simpatia, de vossas afeições, de vossa conversa, de vossos desejos?” (Testemunhos para ministros, 442).
Como se poderia descrever esse novo homem? Em primeiro lugar, o que ele não é: “Os homens de princípios não necessitam da restrição das fechaduras e das chaves, não precisam ser vigiados e guardados. Eles procederão verdadeira e honestamente em todo o tempo - sozinhos, sem vista alguma a observá-los, bem como em público. Não trarão mácula alguma a sua alma por qualquer parcela de lucro ou vantagem egoísta. Desdenham do ato mesquinho. Embora pudesse nenhum outro saber isso, eles próprios o saberiam, e isso destruiria o seu respeito próprio. Os que não são conscienciosos e fiéis nas coisas pequenas não se reformariam, se houvesse leis, restrições e penalidades sobre o assunto” (Conselhos Sobre Saúde, 410 – grifos acrescentados). Agora, um pouco sobre o que ele é: “Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A alma que se rende a Cristo, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo, e é Seu desígnio que nenhuma autoridade seja aí conhecida senão a Sua. Uma alma assim guardada pelos seres celestes, é inexpugnável aos assaltos de Satanás.” (Desejado de Todas as Nações, 324, grifos acrescentados)  “O Senhor terá um povo tão verdadeiro como o aço, de fé tão firme como o granito. Eles devem ser-Lhe testemunhas no mundo, instrumentos Seus para realizar uma obra especial, gloriosa, nos dias de Sua preparação” (Testemunhos Seletos – I, 590, grifos acrescentados).   “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus. Mas um caráter tal não é obra do acaso; nem se deve a favores e concessões especiais da Providência. Um caráter nobre é o resultado da disciplina própria, da sujeição da natureza inferior pela superior - a renúncia do eu para o serviço de amor a Deus e ao homem” (Educação, 57, grifos acrescentados).

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A citação de EGW escolhida pelo autor, no estudo de hoje, é bem curta e absolutamente objetiva e de excelente orientação sobre como proceder para sermos transformados. Por isso iremos repeti-la aqui nesse comentário: “Perdemos muitas ricas bênçãos porque negligenciamos buscar o Senhor com coração humilde. Quando formos a Ele com coração sincero, pedindo-Lhe que revele nossos defeitos, Ele nos mostrará um quadro verdadeiro de nós mesmos, refletido no espelho de Sua Palavra. Então, tendo nos visto como DEUS nos vê, não saímos esquecidos de que tipo de pessoas somos. Vamos estudar cuidadosamente os traços defeituosos de nosso caráter e buscar graça para torná-lo semelhantes ao padrão apresentado na Palavra de DEUS” (EGW, The Lake Union Herald, 3 de novembro de 1909, negrito é nosso).
Comentando a citação, é de destacar que em primeiro lugar vem a humildade. Sem essa condição ninguém nesse mundo terá seu caráter aperfeiçoado, nem será santificado pelo poder do alto. Precisamos orar e trabalhar para irmos a DEUS, em oração, com humildade e sinceridade. Então sim, tirando o foco do “eu” e reconhecendo-nos pecadores que precisam de transformação, DEUS nos mostrará por meio de Sua Palavra, a Bíblia, o estado atual de nosso caráter. Para isso devemos ler a Bíblia, com espírito humilde, procurando o Seu conselho para nós. Não ler a Bíblia diariamente é o mesmo que não ouvir a DEUS, portanto, nesse caso de nada resolve orar, ou seja, apenas falar a Ele, mas não ouvi-Lo. Uma vez Ele revelando o estado de nosso caráter, nos compete buscar conhecimento a respeito. Por exemplo, supondo que uma pessoa descobre que um de seus maus traços de caráter é ser fofoqueira, deve ler a respeito, buscar saber mais sobre esse assunto, ver as causas, as consequências, etc. E também deve lutar com DEUS para superar esse defeito de caráter. Como fazer isso? Orando preventivamente, para que, quando a tentação para fazer fofocas se manifestar (alguma pessoa quando vier com aquelas novidades, quando lembrar do que falaram de outros, etc.) orar com determinação para vencer no exato momento em que a tentação estiver batendo à porta. É assim que se vence.
A pergunta óbvia é: como mudar para melhor se não conhecemos nossos defeitos? Por isso que a serva do Senhor orientou na citação acima, como isso ocorre. DEUS revela esses defeitos principalmente por meio de Sua Palavra, mas também por meio de sermões, estudos da lição da Escola Sabatina, e de outras maneiras. Contudo, se não lermos a Bíblia por nós mesmos, ficará de fora a principal forma de comunhão com DEUS, e então será difícil acontecer alguma melhora na vida.
“A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia Deus opera para a santificação do homem, e o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo perseverantes esforços para o cultivo de hábitos corretos. Deve acrescentar graça à graça; e assim procedendo num plano de adição, Deus opera por ele num plano de multiplicação. Nosso Salvador está sempre pronto a ouvir e responder à oração do coração contrito, e graça e paz são multiplicadas a Seus fiéis seguidores.” (Atos dos apóstolos, 532, grifos acrescentados).

escrito entre 06 e 18/01/2011
revisado em 19/01/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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