sábado, 4 de dezembro de 2010

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 11 - 4º Trim. 2010

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: Figuras dos Bastidores
Estudo nº 11  –  A viúva de Sarepta: O salto de fé
Semana de   27 de novembro a 04 de dezembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de CRISTO JESUS” (Filip. 1:6).

Introdução de sábado à tarde
No limite da vida, quando tudo está terminando, quando tudo falhou, quando só resta a fé, muitas vezes, só então é que DEUS entra em ação. Assim foi no caso de Jó, de Jacó, e outros, e da viúva de Sarepta. E atenção, há casos em que DEUS não age nem tendo-se ultrapassado esse limite. Esse foi o caso de grandes e poderosos servos de DEUS, os mártires, como aconteceu com Estevão, e muitos outros. Mas, em todos os casos, no limite, as pessoas sentem a presença de DEUS. Estevão viu o Céu aberto, e o Filho do Homem, em pé, em sua homenagem. Ainda que Ele não faça nada, também não abandona e não deixa de preservar a vida eterna de todos os Seus filhos.
Quando é o último momento para DEUS agir, em favor de quem sente necessidade, e se agarra nEle, alguma coisa Ele faz. Quando tudo já falhou, e não há mais esperança de nada, nesse momento é a melhor oportunidade para DEUS Se manifestar. Muitas vezes é só nesse instante que Ele Se faz perceber, ou resolvendo a questão, ou dando a entender que estará com a pessoa até o fim. Por exemplo, quem já soube de algum mártir que morreu gritando de dor na fogueira? Não morriam assim, eles morreram cantando. Ora, como pode alguém morrer cantando no fogo? O fogo causa uma dor terrível, insuportável. Será que eles sentiram mesmo tanta dor? É só perguntar que dor sentiram os três companheiros de Daniel, na fornalha de fogo. Assim como é incrível ver alguém passeando dentro de uma fornalha de fogo, é de igual modo surpreendente assistir alguém morrendo queimado, mas cantando e louvando a DEUS. Se DEUS não livrou a muitos da morte, também não Se ausentou, e nenhum dos mártires sofreu acima de sua capacidade de suportar.
A viúva de Sarepta, só com seu filho, que morava na Fenícia (era portanto uma estrangeira e não israelita), estava nessa situação. Do racionamento por causa da seca que se estendia até aquele país (amanhã veremos qual a razão), chegou o fatídico dia da última restrita refeição. Só havia ainda um pouco de farinha e azeite. Mal dava para assar pão para uma escassa, e certamente, bem restrita refeição. Dá para imaginar o que se passa na mente de uma pessoa antes de ingerir o último alimento, e depois, só lhe restar a morte? Nunca cheguei a tal situação, portanto, não faço ideia.
Nesse momento chega o profeta Elias, e pede à mulher água. Ela obedece para buscar. Ele pede ainda um bocado de pão. Então, ela, condoída, explica que só tem para uma refeição, para ela e seu filho, e depois esperaria a morte. Não havia mais alimento. Elias diz a ela que faça primeiro um pão para ele, depois para ela e seu filho. Disse ainda que a farinha e o azeite não se acabariam. Ela creu, e fez um pão para Elias, e sobreviveram, milagrosamente, ela, seu filho e Elias. Sobreviveram exclusivamente pela fé. É assim que o povo de DEUS sobreviverá, após o decreto dominical: 100% pela fé, totalmente dependente de DEUS.


  1. Primeiro dia: Para Sarepta
Qual a razão de DEUS ter dado a ordem de não chover? Acabe, filho de Onri, rei de Israel por 22 anos, se casara com Jesabel, uma princesa Fenícia, país mediterrâneo e fronteiriço com Israel. Ele foi politicamente um bom rei. Fez aliança com a Fenícia, Judá e Síria, e tornou Israel uma nação forte. Fez muitas construções, inclusive a de seu palácio. Mas, moralmente, quem dominava era a sua esposa. Ao que parece, por trás de Acabe era ela quem tomava muitas das decisões no seu reino. Logo eles tiveram lá 450 profetas de Baal e mais 400 profetas do poste ídolo. Jesabel promoveu a idolatria em Israel, e Acabe se juntou a ela (como Salomão) na idolatria. No entanto, DEUS os humilhou dolorosamente em seu deus falso, e Acabe foi morto por uma flecha perdida, atirada ao acaso, numa batalha, em 853 a.C.. A flecha atirada ao ar sem fazer pontaria, penetrou exatamente por uma junta da armadura do rei. Assim como DEUS protege Seus filhos, também providencia a morte dos que são nocivos ao seu povo. Esses, no entanto, recebem um tempo de graça para eles mesmos se salvarem, mas o seu fim, se não se arrependem, é dramático e eterno.
Baal era um deus renascido, assim criam eles, pois a mitologia diz que fora morto por outro deus, El. Era o deus do sol, da chuva, da fertilidade, do fogo e da produção agrícola. Era adorado por fenícios, cartagineses, caldeus, babilônios, sidônios e filisteus, com outros nomes. Quando a idolatria tomou conta em Israel, DEUS resolveu retirar o Seu poder dali. Quem na verdade formou a chuva, e determinou suas leis, foi o DEUS Criador, logo após o dilúvio, e não alguma outra imaginação mitológica. Ora, o verdadeiro DEUS define a chuva, e os homens inventam deuses falsos, e atribuem a eles essa bênção, bem como o que dela decorre, como a fertilidade do solo. Pois, o que DEUS fez? Simplesmente retirou a Sua bênção, e que aquele ídolo feito por mãos humanas, e seus profetas, nada puderam fazer para que chovesse. Como DEUS fez isso? Por meio de um simples profeta Seu, Elias. Assim determinou que não chovesse mais, e determinou, três anos e meio depois, que voltasse a chover. E Baal, que imaginavam ser especialista em chuva, nada pôde fazer. Um ídolo nunca faz alguma coisa. Tudo o que acontece de bom, que acreditam ter vindo desses deuses criados pela imaginação humana, vem na vedade de DEUS, o Criador. Então eles puderam ver quem tem o poder sobre o tempo. E outra coisa, Baal era também o deus do fogo, mas não fez descer fogo do Céu quando seus profetas clamaram por isso. E Elias simplesmente fez uma única oração, e desceu fogo e consumiu a oferta e até mesmo queimava sobre a água ao redor do altar. Então, para aquela gente ficou definido quem era falso e quem era verdadeiro. Havia ali 450 profetas de Baal contra um do Senhor. Eles nada puderam fazer, mas o profeta do Senhor fez tudo, e DEUS o atendeu, quando fez descer fogo do Céu e depois fez chover. Nos últimos dias, de alguma forma, um dos sinais que irão enganar muita gente, vai ser fazer descer fogo do Céu, para provar que o domingo é o dia aprovado por DEUS para ser santificado. Mas atenção, esse fogo não será providência de DEUS. Aliás, ele já nos antecipou que dessa vez é satanás que fará isso. A próxima vez que virá fogo do Céu pela providência divina será após o milênio, para extinguir a satanás, seus anjos e os respectivos seguidores.
Quando Elias notificou a Acabe que não iria mais chover, a esposa dele deve ter dado boas gargalhadas. Ela era uma mulher prepotente e vingativa. E confiava em seu deus, que entre outras coisas cuidava da chuva e a produção da terra. E para onde DEUS mandou que Elias fugisse e se abrigasse? No riacho de Querite, que fica na Fenícia, a terra de onde provinha a rainha Jezabel. Que interessante isso! O servo de DEUS foi se esconder bem na terra da sua principal inimiga. É de se crer que Jezabel não mandasse procurar o servo de DEUS nesse lugar, ou ao menos, não em tanta intensidade.
Pois bem, a seca não ocorreu só na terra de Israel, também se estendeu a outros lugares, inclusive na Fenícia, lugar onde dominava esse falso deus Baal. Ele nada pôde fazer para reverter a situação. Mas pecadores têm uma propensão de não se arrependerem facilmente, em especial, idólatras. Pessoas que já se apegaram a algo errado, tendem a se manter fixos no erro, mesmo com evidências inequívocas de que estão erradas. Assim, os Fenicios, Jezabel e os seus 450 profetas permaneceram confiando em um ídolo o tempo todo, até chegar o grande dia em que houve o confronto entre DEUS e Baal. E o que Baal fez? Absolutamente nada! E Jezabel, admitiu o fracasso de seu deus? Ela pelo menos teve alguma curiosidade para saber mais sobre o DEUS de Elias, que era para ser também o DEUS de Acabe e sua casa? Não, ela mandou matar Elias, o profeta de DEUS, do mesmo modo como este havia mandado matar todos os inúteis profetas de Baal.

  1. Segunda: Um instrumento incomum (1Reis 17:7-12)
Certa vez, estávamos, minha esposa e eu, num ônibus para uma longa viagem, do Rio de Janeiro (RJ) até Ijuí (RS), onde moramos. Seria uma viagem de 1.600 km. Nos assentamos, e umas horas mais tarde minha esposa atentou para um casal de jovens bem à nossa frente. Ela disse: “devem ser adventistas”. Falamos com eles, e eram mesmo adventistas. Tratava-se dos filhos de um pastor que fora meu colega de estudos no segundo grau. Mas como foram reconhecidos? Pela vestimenta, pelo comportamento e pela conversa. Do modo como eles agiam, dificilmente haveria erro na identificação da fé deles.
A viúva de Sarepta foi abordada por Elias. Ele era profeta de DEUS numa época em que essa incumbência significava grave perigo de vida. Ela estava fora de sua casa apanhando dois cavacos de lenha para fazer a última refeição. Como ingredientes ela dispunha de um punhado de farinha e um pouco de azeite. Certamente já vinham racionando o alimento nos últimos tempos, e chegou o dia fatal.
A viúva não era israelita, nem morava em Israel ou Judá. Ela morava na cidade de Sarepta, que ficava em Sidon. Elias que ficara por muito tempo escondido em Querite, num lugar onde havia um riacho, mas não havia alimento, agora que o riacho secara, recebeu ordem de DEUS para ir até Sarepta. Enquanto havia água em Querite, o alimento lhe fora enviado por meio de pássaros. Agora a água secou, por causa da seca, e coincidentemente também estava terminando o alimento de uma viúva e seu filho, pelo mesmo motivo: seca. Pergunta-se: será que foi mesmo coincidência? Ou DEUS interferiu de algum modo, para que a água do riacho secasse por aqueles dias, ou que o alimento da viúva durasse até o riacho secar? Não sabemos, mas é provável. Uma coisa é certa, Elias estava sob a proteção de DEUS assim como aquela viúva, e outros 100 profetas do Senhor, que Obadias, mordomo de Jezabel sustentava com pão e água, escondidos em duas cavernas. Portanto, de alguma forma havia 103 pessoas sendo sustentadas por DEUS. Mas na verdade eram bem mais que esses, pois não muito depois DEUS revelou a Elias que ao Seu lado havia mais sete mil pessoas que não dobraram seus joelhos a Baal. Esses, portanto, também estavam vivos ao final da seca, pela providência divina, mas que não se relata na Bíblia de que modo.
No encontro de Elias com a viúva, primeiro ele pede a ela água para beber. Dispondo-se ela a buscá-la, e isso significa que água ali ainda não estava em falta, Elias acrescentou que lhe trouxesse na mão, um pouco de pão. A esse pedido ela replicou, dizendo, que só havia farinha e azeite para mais uma refeição. E então ela falou o que deveria ser sua grande preocupação já há muitos dias: terminando os ingredientes, que mais restaria, senão morrer?
Mas essa mulher parece que tinha fé em DEUS, pois enviou Elias até ela. E todo aquele que é crente no DEUS vivo, sempre tem esperança. Pessoa assim costuma agradecer a DEUS e fazer seus pedidos. Certamente essa mulher também orava e pedia a DEUS que não morresse com seu filho. Mas se resignava pela situação que se formava, isto é, o fazer a última refeição, e então, morrer de fome. Mesmo assim, permanecia fiel à sua fé.
Ao Elias aparecer diante dela, e pedir água, nada desconfiou de ser ele profeta. Ao Elias pedir pão, também não percebeu que chegara o dia de DEUS atender os pedidos dela, pois do modo como falou, procurava defender sua última refeição. Mas quando o profeta explicou a ela que não temesse, que fizesse primeiro pão para ele, e que depois fizesse outro pão para ela e seu filho, e que a farinha e o azeite não terminariam, ela creu e procedeu segundo essa palavra. Ela reconhece ser aquele homem confiável, ser um profeta do Senhor, assim como reconhecemos os dois jovens como irmãos na fé. Elias dissera que essa era uma palavra do Senhor (ver 1 Reis 17:13 a 15), nisso ela creu. Assim se salvaram, naquele lugar, Elias, a viúva e seu filho, alimentados por DEUS. Assim será também nos últimos dias na Terra: viveremos inteiramente pela fé, pelas providências de DEUS. Hoje ainda podemos viver trabalhando e obtendo o que necessitamos com o suor do nosso rosto, abençoados por DEUS. Mas dias virão em que os servos fiéis de DEUS serão impedidos de obterem o seu alimento. Nesses dias essas pessoas serão sustentadas por DEUS, e não morrerão de fome. Nessa última crise, que será a mais intensa de todas, tudo o que tivermos que sofrer alguém já sofreu antes, e já existe precedente sobre como DEUS procedeu em relação a Seus filhos. Portanto, como disse Elias, não temamos (1º Reis 17:13), mas confiantes, preparemo-nos. O preparo implica na busca da humildade e simplicidade, na renúncia do “eu”, na busca da comunhão com DEUS e no trabalho para que também outros sejam salvos.

  1. Terça: Entrega total (1 Reis 17:13-16)
No último dia de alimento, dia do último bocado, vem um estrangeiro, desconhecido, e pede, primeiro água. Água não faltava, pois ela foi logo buscar, e Elias não disse que a água não terminaria. Mas quando o profeta pediu pão, ela disse que só tinha para uma refeição, e depois morreriam de fome.
É aí que entra a proposta de fé. Ela era uma mulher pagã, mas que de alguma forma veio a crer no DEUS de Elias. Ele disse a ela que fizesse primeiro um pão para ele, e depois para ela e seu filho, e assim, a farinha e o azeite só terminariam quando a seca passasse. Era disso que a mulher precisava, e aí estava a solução ao seu problema. Mas, era necessário crer. Entre o que Elias propôs e a realidade dessa proposta, a única fronteira era a fé da mulher. Se ela cresse, de fato, assim seria, mas se ela não cresse, ela faria naquele dia a refeição, provavelmente, de despedida da vida.
Tente imaginar: era para ela fácil crer? Provavelmente não. Mas racionalizando, entre uma última refeição ainda por fazer, e abrir mão dessa refeição, e já começar a passar fome, nem haveria grande diferença. A vida seria mais curta apenas em algumas horas. Portanto, não custava arriscar, pois, se a palavra de Elias, estivesse correta, ela ganharia tudo, isto é, viveria.
É mais ou menos como ser adventista. Vamos supor que a Bíblia seja falsa, e que DEUS não existe, nem JESUS, e que Ele nunca volte. O que nós perdemos se for assim? A rigor, nada. Pois mesmo assim, se ganha muito, ao menos para aqueles adventistas que são zelosos - eles vivem mais tempo e com qualidade de vida melhor, e são mais saudáveis e mais felizes. Portanto, se JESUS nunca voltar, ainda assim ser adventista vale a pena. Mas, se de fato a palavra bíblica for verdadeira, como temos certeza que é, então ganhamos muito, ou seja, além de uma vida melhor aqui na Terra, ainda a vida eterna. E os ateus, o que ganharam em ser ateus? Ganharam nada com isso, pois vivem com menor qualidade de vida, sem esperança de nada, e ainda perdem a vida eterna. E se JESUS nunca voltar ainda assim eles perdem, pois viverão com menor qualidade de vida que os adventistas. Agora raciocine, uma igreja que leva a uma qualidade de vida boa, seria falsa?
Eis o uso da sabedoria nas escolhas. Se você entra num supermercado, como escolhe - com sabedoria, ou por outros motivos, como gosto, sabor, marca, vaidade? A escolha da fé não é só um acerto porque crê, é também um acerto pelo uso da inteligência. Por exemplo, viver aqui na Terra conforme DEUS deseja, e ter em mente a vida eterna, é sem dúvida uma vida de fé, mas também uma sucessão de escolhas mais inteligentes que as pessoas que não creem.
Então existem uma lógica e uma sabedoria intrínseca na situação da mulher e seu filho na conversa com Elias. Ela creu e usou de sabedoria em sua decisão. Pensando bem, a proposta de Elias é irrecusável, pois se rejeitada, ela ganha muito se Elias fosse falso, mas perderia demais sendo ela verdadeira. DEUS nunca nos pede para crermos, para termos fé em algo não racional. Podemos não ter a explicação lógica do que Ele pede ou faz, mas essa explicação lógica existe, e um dia ela será revelada.
A rigor, essa também é a nossa condição, nesses últimos dias, diante da iminente volta de JESUS. Perde-se demais se não aceitarmos a proposta de JESUS, e não se ganha nada. Se JESUS não voltar, ainda assim, se perde algo. A situação da mulher era de raciocínio lógico e inteligente, e uma decisão a tomar usando de sabedoria. Fé e inteligência têm íntima relação, pois se está crendo no Ser de inteligência infinita.

  1. Quarta: Lembra-te de meus pecados (1 Reis 17:17 e 18)
Por falta de conhecimento, e portanto, de inteligência, o ser humano chega a pensamentos absurdos. Por exemplo, um acidente de moto vitimou um rapaz, em plena juventude. O que a mãe dele dizia a cada minuto? “DEUS quis assim, temos que aceitar.” Na verdade é até o contrário. DEUS não quer que as pessoas morram. Quando JESUS esteve na terra Ele não provocou a morte de sequer uma pessoa, mas curou e ressuscitou várias. O interesse de DEUS é pela vida; afinal, Ele é o autor da vida, não da morte. E JESUS veio à Terra para que vivamos, se O aceitarmos.
A viúva de Sarepta, diante do pedido de Elias, tinha duas alternativas: assar um pão e dar para ele, ou assar o pão, e ela e seu filho comerem a última refeição. Ela optou por entregar. Na verdade entregou tudo a Elias, e assim, DEUS preservou a vida dessas três pessoas. O que Elias tinha a perder se a viúva não o atendesse? Nada, pois DEUS o preservaria de alguma outra maneira. Ela sim, perderia tudo, pois alguns dias mais tarde morreria com seu filho.
Ela poderia estar passando pelos dilemas que muitos hoje passam, e tentando dar explicações absurdas. Diante das dificuldades, as pessoas podem ter dois tipos de reação. Uma delas é culpar a DEUS; outra é se culpar. No primeiro caso, geralmente perguntam: qual a razão de DEUS os castigar tanto? E muitas vezes, nem elas causaram o sofrimento, e muito menos DEUS. Aliás, enchentes por exemplo, quando alguém perde a casa, pode essa pessoa não ter culpa alguma, é a loucura do clima, nesses últimos tempos, que provoca tragédias. E muitos sofrem e até morrem inocentemente. O contexto do pecado não é nem pode ser justo. Ele atinge as pessoas de modo diferente. Pode se dar o caso de um mau elemento não ser atingido, e um justo sim. E se DEUS protegesse os Seus filhos de tudo o que acontece, em todas as situações, as pessoas se salvariam não por amor, mas por interesse. Então o pecado se tornou em algo tão vil que nem DEUS pode fazer tudo o que desejaria fazer. Mas, em última análise, Ele preserva todos os Seus filhos da morte eterna, e eles terão uma recompensa superior. E em tragédias aqui, as coisas ruins acontecem aos filhos de DEUS, mas se eles orarem, e se fortalecerem na fé, elas serão superadas depois, assim como foi para Jó.

  1. Quinta: Provando a fé
Tanto Elias quando a viúva devem ter vivido dias de grande confiança e fé em DEUS, quando, todos os dias, a farinha e o óleo se renovavam na quantidade suficientes para as refeições para três pessoas. Mas eis que um dia desses, o filho da viúva adoeceu. E ele ficou tão mal que morreu. Então vemos, nesse episódio o quanto ela e até mesmo Elias tinham um conceito errado sobre DEUS. A viúva ficou revoltada com Elias, pois agora passou a interpretar que o profeta viera para que, por meio dele, DEUS revolvesse os pecados dela do passado. Isso leva a crer que ela deve ter feito coisas no passado que não são corretas. Talvez tivesse levado uma vida leviana na juventude. Enfim, de algo ela se lembrava, e isso a torturava. Ela pensava que havia chegado a hora de, por meio de Elias, ter que agora relembrar seu passado repreensível como castigo. Mas DEUS não age assim. O que Ele mais quer é limpar o passado e construir um futuro diferente. Foi exatamente por isso que JESUS veio morrer por nós, para mudar a nossa vida, e para que seja esquecido o passado. A viúva ficou arrasada com a perda de seu filho, e imaginou que o motivo de sua morte era o passado dela.
Elias entrou no erro, e interpretou a morte do mesmo modo. Talvez soubesse de algo dela no passado, quem sabe nada digno de pessoa de princípios construtivos. Fato é que Elias de alguma maneira concordou com o que ela pensava, e clamou a DEUS assim: “Também a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?” (1 Reis 17:20). Esse “também” tem a ver com Acabe, que estava sendo afligido pela seca. Agora, a viúva era afligida com a morte do filho.
É certo que aquela seca estava doendo no íntimo das pessoas, e até de Elias. Ele sabia que se tratava de um castigo de DEUS pela idolatria. Mesmo estando eles sob proteção alimentar, viam ao redor a fome, a miséria e mortes. Isso afeta os pensamentos de todas as pessoas. Ou seja, se fala em castigo, em necessidades, em doenças, em falta de tudo. As conversas são de natureza negativa. E quando acontece alguma tragédia conosco num contexto desses, como aquela seca, tendemos a interpretar conforme o contexto. E Elias embarcou na onda da interpretação errada. A mulher se culpou pela morte do menino, imaginando que DEUS fizera isso, e Elias pensou da mesma maneira. Mas o que ocorreu de fato? Simplesmente o que nesse mundo de pecado ocorre quase todos os dias. O menino contraiu uma doença e ficou tão grave que morreu dessa doença. Por isso não se pode dizer: ‘DEUS quis assim”, ou, “DEUS tirou a vida dele”.
Por empatia, ficando desesperado tal como a mulher, Elias nem sabia bem o que fazer, e agiu de uma maneira estranha e curiosa. Ele levou o menino para o seu quarto, e nisso agiu de modo correto, pois queria orar a DEUS sem ser perturbado. Mas curiosamente ele deitou-se três vezes sobre o menino, tentando aquecê-lo, para que revivesse. Naqueles tempos ninguém sabia da respiração boca a boca, da massagem cardíaca. A atitude de Elias nos revela que o menino havia morrido há pouco, e que eles ali estavam no desespero típico da recém morte. Havia alvoroço na casa, quem sabe os gritos de dor que geralmente acontecem quando alguém acaba de morrer. Elias clamou a DEUS. Lá embaixo uma mulher lamentando a morte, e lá em cima um homem clamando a DEUS, e perguntando, porque DEUS fizera isto.
E DEUS agiu, e atendeu a Elias, e o menino reviveu. Não só ressuscitou como também não estava mais doente. Se Elias tivesse logo feito uma massagem cardíaca, talvez ele voltasse a respirar, mas continuaria doente. Agora ele ressuscitou são.
Nesses últimos dias teremos que passar por aflições de grande perplexidade. E é certo que a nossa mente não terá capacidade de raciocinar direito nesses dias tremendos. Então hoje é o tempo de nos consagrarmos, todos os dias, a DEUS, e viver em comunhão com Ele, em humildade e simplicidade, para que o ESPÍRITO SANTO nos transforme e nos prepare para termos o poder do alto, e subsistirmos quando as provações mais duras de todos os tempos se abaterem sobre o povo de DEUS.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
A nossa experiência de fé é um tanto parecida com a da viúva de Sarepta. Num primeiro momento, gradativamente as coisas vão piorando com a seca. Todo dia o alimento vai se tornando mais escasso. A viúva fica preocupada com o futuro, assim como nós muitas vezes. Ela nem era uma israelita, e nem morava em Israel. Era uma mulher pagã, filha de adoradores de outros deuses.
Mas, um dia desses, quando tudo parecia no fim, aparece Elias, e então surge uma nova vida. Não havia abundância, mas a cada dia se reforçava a fé com a certeza de que não morreriam de fome. Essa será nossa experiência após o decreto dominical, quando nos for proibido comprar nosso sustento. Não receberemos um rancho mensal, mas a porção para uma refeição. Então viveremos pela fé, pois a próxima refeição sempre dependerá de DEUS. Pior para os ímpios, que não terão DEUS para os socorrer. Nesse tempo é que se verá a diferença entre Os que servem a DEUS e os que O rejeitaram. Na pior situação estarão as pessoas que já foram do povo de DEUS, mas que rejeitaram a fé, ou que, mesmo fazendo parte dos santos, não abandonaram alguns pecados acariciados. Descobrindo que os filhos de DEUS estão saudáveis, corados, fortes e misteriosamente protegidos, muitos ímpios e ex. adventistas acorrerão a eles, como acorreram à porta da arca de Noé ao iniciar a chuva, pedindo algum alimento. Mas nesses dias só vai haver alimento para os que se entregarem a JESUS, para mais ninguém.
Mas quando tanto Elias quanto a viúva, e o filho dela, estavam se acostumando com a segurança pela fé, acontece uma tragédia. O menino adoece e morre. Agora vem o teste de fé para ela e até para Elias. Não parece lógico ter DEUS matado o filho dela. Porque DEUS vez isso?
Não foi DEUS quem o matou. Ele foi acometido por alguma doença desse mundo, piorou e morreu, como pode acontecer a qualquer um. No pânico, tanto da viúva, que se culpava de seu passado de pecadora, e de Elias, que não entendeu bem a razão dessa morte, o profeta clama desesperado a DEUS. O menino é ressuscitado, por DEUS, pois a um morto, depois de alguns minutos, só mesmo O Criador pode devolver a vida.
Agora vem uma análise final, bem importante. O que Elias estava fazendo lá naquela terra estrangeira, abrigado na casa de uma mulher não israelita? É o que a lição explica: ele fora enviado ali por DEUS. Vamos imaginar o que teria acontecido àquela mulher, caso DEUS não tivesse enviado Elias. Bem provável teria morrido ela e seu filho. E se alguém a socorresse com alguma comida, ou se ela o conseguisse de outro modo, seu filho teria morrido daquela doença, e ela ficaria só. Portanto, DEUS aqui uniu o útil ao agradável. Ali ele protegeu seu profeta para que não fosse encontrado por Acabe e Jezabel, e protegeu a mulher e seu filho da morte.
E por que DEUS não enviou Elias a algum outro lar, entre os israelitas? Ora, nesses lares Acabe estava fazendo devassa em busca de Elias, e na verdade, eram poucos os lugares, em Israel, onde Elias não fosse denunciado ao rei. DEUS, de alguma forma diferente, protegeu aqueles sete mil que nessa seca não dobraram seus joelhos a Baal, e muitos outros lares do povo de DEUS Ele passou por cima, por não serem dignos de Sua proteção.
Pergunta final, se tal crise acontecesse hoje, nosso lar seria um lugar onde DEUS confiaria um profeta Seu? A pergunta é pertinente, pois bem logo estaremos mesmo enfrentando uma crise, a última. Então, ou nós teremos que abrigar na casa ou lugar de algum irmão, ou um nosso irmão em nossa casa. Ou, até mesmo, seremos abrigados, por um tempo, na casa de alguém que nem pertence a igreja, mas que ainda precisa ser alcançado para a vida eterna (isso antes do fechamento da porta da graça, e depois do decreto dominical). Portanto, é hoje que nós devemos nos preparar para que sejamos úteis a DEUS em grande intensidade, quando chegar o momento da última crise.

escrito entre:  27/10 a 02/11/2010
revisado em  03/11/2010
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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