Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da Graça
Estudo nº 03 – Vestes de Inocência
Semana de 09 a 16 de abril
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: “Criou DEUS, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os criou” (Gen. 1:27).
Introdução de sábado à tarde
Como escrevemos na semana passada, a rebelião de Lúcifer afetou o Céu e a Terra, e repercutiu em todo o Universo. No Céu, a rebelião causou a expulsão de um terço de todos os anjos de DEUS; e na Terra, toda a população se tornou pecadora. Além disso, a natureza se modificou, tornando-se hostil.
Há dois paradigmas sobre a explicação da origem do ser humano neste planeta: o evolucionismo e o criacionismo. O evolucionismo, que é apenas uma teoria, não tem comprovação suficiente para ser aceito como definitivo como são as leis científicas, defende a idéia de que a vida teria surgido por acaso, formando-se casualmente condições ideais para isso. Surgiu um microorganismo vivo simples, que sobreviveu, e foi se reproduzindo, lutando pela vida, foi adquirindo experiência tornando-se cada vez mais complexo. Ao longo de bilhões de anos, sempre por meio da luta pela sobrevivência, desse microorganismo inicial a vida chegou ao ser humano como é hoje.
Se essa explicação fosse verdadeira, então a morte de JESUS seria totalmente inútil. Aliás, em primeiro lugar, a função de DEUS seria pequena, pois a vida se teria formado e se aperfeiçoado sem Ele. E qual seria a importância do plano da salvação se, na continuidade da luta pela sobrevivência, nesses últimos tempos com a ciência, os seres humanos, evidentemente, um dia desses encontrariam os meios para evitar a morte. Se a evolução fosse a explicação verdadeira, então não estaríamos muito longe de alcançar, por nossa inteligência, a imortalidade, ao menos a renovação constante da vida por alguma forma de rejuvenescimento celular.
Mas o que se vê, e que é fato? Duas coisas são perceptíveis.
Em primeiro lugar, a ciência melhorou a vida na Terra. E em segundo lugar, a mesma ciência está destruindo a vida na Terra. A vida que se prolonga pelo poder da medicina está sendo ameaçada de extinção pelo poder das armas de forte poder de destruição e das drogas refinadas em laboratórios. E a ganância está destruindo a natureza, a ponto de cada ano termos que suportar catástrofes mais intensas. Então, a ciência, que seria produto da evolução, não é solução para os dilemas do ser humano, muito menos garante o seu futuro.
O segundo paradigma de explicações sobre a origem da vida é o criacionismo. Por ele se entende que a vida veio por meio do poder de um Ser vivo, eterno, infinitamente capaz e poderoso, de existência própria e independente, chamado DEUS. Ao contrário da teoria da evolução, a criação como explicada pela Bíblia (que é a revelação do Criador), assegura-nos que DEUS criou a vida para que os seres vivos vivessem eternamente, em absoluta felicidade. Eles não teriam que lutar para se aperfeiçoarem, mas simplesmente obedecer para continuarem na perfeição. Com a entrada do pecado começou a degeneração, que foi se acentuando até a Idade Média. Por esse tempo, aos poucos a qualidade de vida do ser humano foi melhorando com os avanços científicos da medicina. Ou seja, o homem não está resolvendo os seus problemas de degeneração, simplesmente conseguiu situar-se em um nível um pouco melhor cuidando da saúde, coisa que DEUS tem recomendado desde o princípio, e que é uma das incumbências do povo de DEUS na Terra.
Pelo criacionismo a humanidade marcha rumo à sua extinção, seja pelas condições naturais do planeta, seja pela própria sociedade humana. Isso hoje está se tornando perceptível. Nem precisa mais ler na Bíblia que a humanidade está destruindo tudo, e que não tem mais retorno. E pelo mesmo criacionismo, vemos um DEUS Criador, que ama tanto ao que criou que Se colocou em lugar do ser humano fadado a morrer para sempre para dar-lhe uma oportunidade de ter de volta a vida eterna e as condições de vida originais. Por essa explicação não precisamos lutar pela vida e assim tentar, contra todas as tendências, resolver nossa situação desesperada de extinção iminente, mas sim, nos entregar ao nosso Salvador que Ele já resolveu tudo.
- Primeiro dia: Os primeiros dias
Quando alguém compra um carro novo, fica olhando para ele e tudo é, digamos, perfeito. Recém saído da fábrica. Nenhum arranhão. Tudo funcionando perfeitamente.
Quando Adão e Eva foram criados, era assim também. Tudo perfeito, lindo, nenhuma preocupação com o futuro. Em relação ao carro novo, no Éden havia uma grande diferença: permaneceria assim para sempre, se fossem obedientes. Se eles não houvessem pecado, hoje mesmo, agora, lá estariam eles e seus filhos, netos, etc., numa vida inocente, perfeita e sem noção do mal.
Infelizmente, nós, os humanos de hoje, não estaríamos nesse lugar. Onde estaríamos? Em lugar algum, pois a sucessão dos nascimentos teria seguido outra trajetória, e outras pessoas teriam nascido em nosso lugar. Assim como, por causa do pecado, outras pessoas nunca nasceram. É como se um homem tivesse casado com uma outra mulher, não com a que é a sua esposa, e teriam nascido outros filhos, não esses que atualmente tem. Agradeça a seus pais por terem casado assim, pois se fosse diferente, você nem existiria, e outra pessoa viveria em seu lugar.
Mas como foi a vida no Éden? Extraímos um trecho de Ellen G. White, do fantástico livro História da Redenção, cuja leitura recomendamos. Se iniciar a leitura desse livro, vai gostar tanto que lerá todo ele. E vai entender sobre a origem do pecado, sobre como foi sua evolução e como será a solução de toda essa problemática.
“O santo par era muito feliz no Éden. Ilimitado controle fora-lhes dado sobre toda criatura vivente. O leão e o cordeiro divertiam-se pacífica e inofensivamente ao seu redor, ou dormitavam a seus pés. Pássaros de toda a variedade de cores e plumagens esvoaçavam entre as árvores e flores e em volta de Adão e Eva, enquanto seu melodioso canto ecoava entre as árvores em doces acordes de louvor a seu Criador.
“Adão e Eva estavam encantados com as belezas de seu lar edênico. Eram deleitados com os pequenos cantores em torno deles, os quais usavam sua brilhante e graciosa plumagem, e gorjeavam seu feliz, jubiloso canto. O santo par unia-se a eles e elevava sua voz num harmonioso cântico de amor, louvor e adoração ao Pai e a Seu amado Filho pelos sinais de amor ao seu redor. Reconheciam a ordem e a harmonia da criação, que falavam de sabedoria e conhecimento infinitos.
“Estavam continuamente descobrindo algumas novas belezas e excelências de seu lar edênico, as quais enchiam seu coração de profundo amor e lhes arrancavam dos lábios expressões de gratidão e reverência a seu Criador” (História da Redenção, 22 e 23).
Tente agora imaginar vivendo num lugar assim. Que tristeza dá o perceber que não estamos lá, mas que alegria também podemos sentir sabendo que podemos estar lá em pouco tempo. Essa é a promessa. Para tanto, temos hoje que viver uma relação com o nosso Criador, ao menos mais próxima, como Enoque, e sentir a Sua presença transformadora. Como se pode fazer isso? Lendo as Escrituras que são inspiradas por DEUS, e que servem para ensinar, para corrigir e para educar (2Tim. 3:16 e 17). Fazer isso é um bom caminho para se achegar cada vez mais a DEUS. Podemos também vigiar todo o tempo para escapar das futilidades do mundo que nos querem impedir o alcance da vida eterna (Luc. 21:36). Fazendo isso, não andaremos o tempo todo ansiosos, mas teremos cada vez maior interesse em buscar em primeiro lugar o Reino de DEUS, e tudo o que necessitarmos nessa vida, nos será acrescentado (Mat. 6:25 a 34). Porque a vida eterna é conhecer a DEUS e a JESUS CRISTO, para assim termos um mais íntimo relacionamento com o nosso Criador e o nosso Salvador (João 17:3).
- Segunda: Despidos mas não envergonhados
A vestimenta de Adão e Eva era a mesma dos anjos. Apesar dessa vestimenta, a Bíblia diz que estavam nus. Ou seja, se podia ver o corpo inteiro. Entende-se assim porque a Bíblia diz que eles não sentiam vergonha, nem um do outro, nem dos anjos e nem de DEUS. Eles não sentiam vergonha porque eram puros. É do pecado que vem o senso de vergonha. É de se fazer algo errado que a consciência acusa.
Como surgiu o senso de vergonha? Quando Adão e Eva comeram do fruto que DEUS disse para não comerem, ao se verem na iminência da presença de DEUS, tendo perdido aquela glória que os envolvia, perceberam que haviam estragado algo que o Criador lhes dera. Agora aquela cobertura transparente desapareceu, e a culpa disso era deles. Sentiram-se expostos de uma maneira diferente, explícita. Perceberam que precisavam de outra cobertura, artificial, feita por mãos de homens. Na pressa, não tendo outro recurso, improvisaram uma cobertura de folhas de figueira costurando uma na outra. Aquilo era ridículo, mas pelo menos não se via mais as partes íntimas, das quais agora tinham vergonha.
“Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais. Estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los. Embora todas as coisas que Deus criou fossem belas e perfeitas, e aparentemente nada faltasse sobre a Terra criada para fazer Adão e Eva felizes, ainda manifestou Seu grande amor plantando para eles um jardim especial. Uma porção de seu tempo devia ser ocupada com a feliz tarefa de cuidar do jardim, e a outra porção para receber a visita dos anjos, ouvir suas instruções, e em feliz meditação. Seu labor não seria cansativo, mas aprazível e revigorante. Este belo jardim devia ser o seu lar” (História da Redenção, 21).
Nós hoje ainda sentimos vergonha. Não se sabe dizer se ela é uma consequência natural do pecado ou se de alguma forma DEUS a providenciou. Uma coisa é fato: a vergonha de expor as partes íntimas é importante para a manutenção da moral e inibição da pornografia, já que pelo pecado o sexo se tornou o principal foco da imoralidade. Essa é a razão de muitos na sociedade forçarem a exposição do corpo e levarem as pessoas a perderem a vergonha e assim se abolir o matrimônio e se instituir o sexo livre. A atitude da sociedade atualmente é contra a moral. Contribuem muito nesse sentido a televisão e a internet. Dizem os pesquisadores que na década de 80 a iniciação sexual se dava a partir dos 16 anos, na década de 90 a partir dos 15 anos e na década de 2010 caiu para os 14 anos, em média.
Nós nos tornamos maliciosos e sensuais, por isso precisamos usar roupa adequada. Mas a mídia força as pessoas se exporem, especialmente as mulheres. Os homens são atraídos pelo corpo feminino, as mulheres pelo romantismo. Então, por toda parte, se vê alguma mulher se expondo, e também se vê o aumento dos tarados sexuais. É bom alertar muitas das senhoras da igreja que entram nessa vitrine ingenuamente, e se expõe até dentro da igreja, embora não deva fazer isso em lugar algum, senão a seu marido. Precisam rever isso se desejam ser salvas. Se não estão muito preocupadas com a salvação, então sigam seu caminho, mas precisam saber que quando DEUS as julgar, passarão por terrível angústia, pela perda de sua vida e da vida de muitas outras pessoas, mulheres ou homens. E os homens, maridos, podem perder sua vida por não terem cuidado desse ponto. Nesse aspecto a carga cai mais sobre as mulheres, porque seu corpo é muito mais bonito e muito mais atraente, especialmente aos homens. E foi DEUS que fez assim, mas com o propósito da felicidade, e satanás transforma esse propósito em pornografia. Aquilo que foi santo e puro se mudou em baixaria. É de admirar as santas mulheres, muitas delas em extremo formosas, mas elegantemente recatadas, atraindo a atenção de todas as pessoas, mas sem despertar pensamentos sensuais. Como é agradável ver uma mulher assim, percebe-se junto dela o poder do ESPÍRITO SANTO. Feliz o marido de cada uma delas, e felizes são seus filhos. DEUS também Se alegra com elas.
- Terça: O teste
Voltamos, depois de alguns semestres, a estudar sobre o livre arbítrio. No Jardim do Éden, DEUS os fez livres para escolher. Ser moralmente livre é ter suficiente conhecimento para livremente fazer escolhas, ou decidir entre pelo menos duas alternativas.
Adão e Eva, para serem moralmente livres deveriam poder escolher entre obedecer a DEUS ou não obedecer. Essa era a primeira opção deles. Mas havia outra, eles poderiam desobedecer a DEUS obedecendo a outro senhor. Essa era a segunda opção de escolha.
Se Adão e Eva tivessem comido do fruto por iniciativa própria, sem a sugestão de satanás, teriam pecado da mesma maneira, mas não se teriam vinculado a satanás. Desligando-se de DEUS, teriam-se tornado deus para si mesmos. Porém, estariam na condição dele, e certamente bem fragilizados para mais adiante se associarem com ele, ou seus descendentes fariam isso. Eles seriam como uma pessoa transplantada, que está sem defesas em seu organismo.
E que conhecimento deviam ter para poder decidir? Deviam conhecer o bem, e algo sobre o mal. Sobre o bem conheciam bastante, mas sobre o mal só sabiam duas coisas: que ele existia e que se tornariam mortais. E mais que isso não necessitavam saber, pois não interessava. Eram informações suficientes para saberem se interessava ou se não interessava, isto é, se devia ou não ser evitado. E outra coisa que eles sabiam relacionado ao mal, era sobre a queda de Lúcifer, e que ele andava rondando para derrubá-los.
Eles tinham cérebros avantajados, eram em extremo inteligentes, e a memória deles jamais esquecia alguma coisa. Tinham, portanto, suficiente capacidade de raciocínio lógico para fazer as escolhas corretas. E ainda assim, estavam ao seu lado o Criador e os anjos, prontos para virem em favor deles, se chamados. Mas se não fossem chamados, evidentemente, pelo princípio de livre arbítrio, não deveriam vir em seu socorro. É bom saber que hoje ainda é assim, e sempre será. Se no momento da tentação não chamarmos por socorro do alto, é certo que cairemos, pois em nossa condição de pecadores (pecador é quem gosta de pecar, ou gosta de algum tipo de pecado) não temos suficiente força para subjugarmos nosso comportamento contra a nossa própria natureza a fim de evitar quedas. É nesses momentos que precisamos de uma força além da nossa capacidade, a força que vem do alto.
Eles tinham, portanto, todas as possibilidades de, nas condições de livre arbítrio, vencerem. Tanto é que nem Adão nem Eva argumentaram com DEUS que não sabiam do perigo em comer do fruto, ou da existência de satanás. Eles foram testados e caíram.
O teste que DEUS aplicou a Adão e Eva não era do tipo: vamos ver se eles suportam. Não era assim, embora muitos pensem que fosse um teste do tipo cai ou não cai. Aquela árvore, da ciência do bem e do mal, era como uma escola para todos os dias se fortalecerem no conhecimento do bem e na capacidade de manterem intimidade e obediência a DEUS. Toda escola aplica algum tipo de teste para medir a aprendizagem, e ali também foi assim. Ao menos por algum tempo eles teriam aquela árvore como uma grande motivação em buscar fortalecer a aliança com o Criador e crescerem no saber sobre Ele e sobre o que Ele fez.
Outra coisa: era como um curso fundamental sobre obediência. Se um dia DEUS resolvesse tirar a proibição de comerem da árvore, isso não quer dizer que daí em diante não haveria mais possibilidade de caírem e de morrerem. Haveria sim, e sempre haverá, tanto que Lúcifer caiu sem comer de alguma árvore, e sim, por outra via, a de querer ser tal como DEUS. Ele caiu por ambição. Adão e Eva caíram por curiosidade e por duvidarem da palavra de DEUS, que disse: “no dia em que dela comerdes certamente morrereis”. Embora a lição da queda tenha sido tão forte, a misericórdia de DEUS foi tão grande no plano da salvação que está assegurado que jamais acontecerá outra queda aqui na Terra ou em algum lugar desse Universo, como diz em Naum 1:9. A possibilidade de nova queda sempre vai haver, pois DEUS não vai abolir o livre arbítrio. Mas DEUS, que consegue ver o futuro, olhou eternidade afora e viu, e nos informou que não se repetirá a desobediência. Ninguém mais duvidará do amor de DEUS, e o apego a Ele será tão intenso que não vai haver vontade por parte de quem quer que seja em criar outra situação de morte.
Então é para nós grande vantagem, pois podemos nos arrepender e sermos salvos, pois já sabemos que depois dessa aventura de conhecer o mal e de desobedecer, outra não haverá mais, e que viveremos para sempre. E esse é o momento de optarmos. A nossa decisão é invertida em relação a de Adão e Eva. Eles podiam decidir entre viver sempre e se tornar mortais; nós, pelo contrário, devemos decidir entre continuar mortais e morrer mesmo, ou viver eternamente. Que sejamos sábios e escolhamos corretamente.
- Quarta: Roupas novas
Coisa dramática foi aos nossos primeiros pais descobrirem o mal. Assim que pecaram, não demorou muito, viram em seu corpo uma diferença estranha. Aquilo que antes olhavam, mas não tinham vergonha, agora parecia ser negativo. Faltava a veste de glória, pois a perderam. Não que com ela se vestissem, mas ela lhes servia como fator de pureza. Foi-se a pureza e em seu lugar veio a malícia. Naquele dia eles não maliciaram ao verem seus corpos, mas foi o início, pois perderam parte da pureza; e no lugar dela, em substituição, apareceu a vergonha de si mesmos. Em síntese, estava aberto o caminho para no futuro os seres humanos aviltarem seus corpos pela pornografia, sensualismo, exibicionismo, tatuagem, penduricalhos como brincos e piersings e outros abusos. Abriram-se as portas para a glória do corpo em lugar da glória no corpo. O que eles perderam naquele dia seus descendentes buscaram substituir por artificialismos baratos de exaltação do corpo e do “eu”.
Abriram-se os olhos do casal e eles viram que estavam nus. Ou seja, eles descobriram o que satanás havia prometido: viram o mal que começava a aparecer. Envergonhados, fizeram duas coisas: costuraram algo como um tipo de cinturão que cobria da cintura para baixo, as partes íntimas, e ainda assim, tentaram esconder-se. Era o efeito da vergonha, de terem feito algo errado. Procuraram encobrir o erro.
Quando erramos, diante de DEUS, ficamos totalmente expostos. Ele nos vê por inteiro, e nós ficamos numa situação de devedores, sem ter o que fazer. Qualquer coisa que venhamos a fazer, por nossa iniciativa, sempre será ridícula, e nada resolverá, nem para nos esconder de DEUS, para que Ele não descubra, e muito menos para reverter a situação, e escaparmos da culpa. Só DEUS mesmo, se Ele quiser, pode resolver essa situação, e foi o que fez.
A fuga e as folhas de figueira só serviram para mostrar que qualquer tentativa para resolver a situação formada por terem desobedecido seria inútil.
- Quinta: Vestes de pele
Adão e Eva fizeram um sacrifício ingênuo, tentando solucionar o problema do pecado e sua principal consequência que é a morte, por meio de folhas de figueira. O mesmo fez o seu filho Caim, oferecendo dos frutos da Terra, produto de seu trabalho. Abel ofereceu vida com sangue. Para resolver o problema da morte, só a morte de um inocente, só o derramamento de sangue.
“Fez o Senhor vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gên. 3:21). Nem a nudez, lá no Jardim do Éden era possível cobrir eficazmente com folhas de alguma planta, seja lá qual fosse. Essa cobertura precisava ser mais eficaz, e DEUS fez para eles vestes novas, se bem que provisórias, de pele de cordeiro.
Ora, se nem mesmo a nudez podia ser coberta por folhas, como poderiam resolver o problema do pecado e da morte? Não haveria outra solução senão o derramamento de sangue. E devia ser sangue de um inocente, um sem pecado, que devia ser JESUS, o Filho de DEUS. Assim, o cordeiro que foi morto bem no dia em que eles pecaram, serviu de ilustração do Cordeiro que seria morto, no futuro, para a remissão dos pecados dos seres humanos. Ao menos de todos que quisessem.
O mesmo que os havia coberto com um áurea de luz gloriosa e da pureza da inocência com todo bem, foi também O que os cobriu com roupa de cordeiro, evitando que continuassem tendo vergonha pelas consequências do pecado, mas em lugar da vergonha, tivessem esperança de que o próprio Criador Se tornaria, para eles, também seu Salvador. Mas para isto, teria Ele que morrer em lugar deles. E o sacrifício do cordeiro simbolizava exatamente isto: a morte substituta de JESUS em lugar deles e de seus filhos e descendentes.
Hoje estamos felizes pois somos a geração que assiste o final desse tremendo conflito. Muito logo, Aquele que foi morto por nós, e que ressuscitou, o mesmo que vestiu Adão e Eva depois de sacrificar o cordeiro e tirar sua pele, voltará, agora em toda a Sua glória para executar o Seu plano de salvação.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Adão e Eva estavam revestidos com vestes de justiça. Quando pecaram, tornando-se injustos, isto é, pecadores, perderam essas vestes, e viram-se totalmente expostos. Depois daquele trágico dia no Éden, a situação se tornou dramática para o casal. Sentiram sobre si, misteriosamente o peso da justiça de DEUS a lhes cobrar explicações. E foi isso mesmo. DEUS cobrou explicações por meio de perguntas constrangedoras. Eles estavam envergonhados porque perderam as vestes de justiça, que só pessoas sem pecado têm o direito de usar.
Depois daquela queda, satanás empenhou-se em inventar vestes substitutas, confeccionadas pelo homem, que formam uma imagem de aparência. “Satanás precisa enganar a fim de desviar. ... Deve-se realizar um trabalho sorrateiro, exercer uma influência enganadora; falsas conjeturas devem ser estabelecidas como verdade, a suspeita acalentada. Satanás revestirá a tentação e o pecado com vestes de justiça, e por esse engano conquistará muitos para o seu lado. Cristo declarou Satanás um mentiroso e homicida. Ah, que as pessoas incautas aprendessem de Deus a sabedoria” (CRISTO Triunfante, MM 2002, 37). Essa é uma das estratégias do inimigo: fazer o pecado parecer algo positivo, e fazer a obediência parecer algo inferior. Há muitas igrejas que, com a Bíblia na mão, levam milhões à perdição. Formam um culto que parece ser dedicado a DEUS, mas na verdade é um culto ao inimigo.
DEUS, no entanto, espera uma transformação a ser conquistada por meio da nossa oferta a DEUS e da ação do ESPÍRITO SANTO. “Há diante de nós um Céu, uma coroa de vida a ganhar. Mas somente ao vencedor é dada a recompensa. O que obtém o Céu precisa estar revestido das vestes da justiça. ‘E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro.’ I João 3:3. No caráter de Cristo não havia desarmonia de espécie alguma. E o mesmo pode acontecer conosco. Nossa vida pode ser regida pelos princípios que governaram a Sua vida” (Cuidado de DEUS, MM 1995, 15). O Senhor vem, e temos de estar preparados! Eu preciso de Sua graça a cada momento - preciso das vestes da justiça de Cristo. Devemos humilhar nosso espírito perante Deus como nunca antes, prostrar-nos junto à cruz, e Ele nos porá na boca uma palavra em Seu favor, palavra de louvor a nosso Deus. Ele nos ensinará uns acordes do cântico dos anjos, acordes de ações de graças ao nosso Pai celestial. De nós mesmos nada podemos fazer, mas Deus deseja tocar nossos lábios com a brasa viva do altar. Quer santificar nossa língua, santificar todo o nosso ser (Cuidado de DEUS, MM 1995, 150).
O nosso foco de interesse deve sempre ser JESUS CRISTO. Só Ele pode nos salvar. Por isso devemos sempre olhar para Ele, lendo a Bíblia e os textos do Espírito de Profecia. “Desviai o olhar, de vós mesmos para a perfeição de Cristo. Não nos é possível confeccionar uma justiça que seja nossa mesma. Cristo tem nas mãos as puras vestes da justiça, e nos cobrirá com elas. Ele pronunciará suaves palavras de perdão e promessa” (Cuidado de DEUS, MM 1995, 150). E nada podemos fazer por nós mesmos. O máximo que podemos fazer é nos entregar ao nosso salvador, para que por meio do ESPÍRITO SANTO sejamos transformados. “Não podemos prover-nos de vestes de justiça por nós mesmos, pois diz o profeta: ‘Todas as nossas justiças, como trapo da imundícia.’ Isa. 64:6. Não existe em nós coisa alguma com a qual possamos vestir o caráter, de modo que não apareça sua nudez. Temos de receber as vestes da justiça tecidas no tear do Céu - com efeito, a pura veste da justiça de Cristo. Devemos dizer: ‘Ele morreu por mim. Tomou sobre Si a miséria de minha vida, a fim de que em Seu nome eu pudesse ser vencedor, e ser exaltado até ao Seu trono.’” (Cuidado de DEUS, MM 1995, 150). Portanto, é importante que cada dia nossa primeira atividade seja a oração e a entrega a DEUS, e que nesse dia vivamos segundo os Seus mandamentos.
escrito entre 01 e 08/03/2011
revisado em 09/03/2011
corrigido por Jair Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
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