segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 8 - 4º Trim. 2011


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: O Evangelho em Gálatas
Estudo nº 08 – De escravos a herdeiros
Semana de    12 a 19 novembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar:Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, DEUS também o tornou herdeiro” (Gál. 4:7, NVI).

Introdução de sábado à tarde
O Senhor JESUS resgatou os que estavam sob a lei (Gál. 4:5). Ele nasceu sob a lei, isto é, na condição dos pecadores, mortal, sujeito a pecados, como todos nós. Ele veio em nossas condições. A única diferença é que nasceu sem pecado.
O que quer dizer ‘Ele resgatou os que estavam sob a lei’? Isso é o que a IASD tanto prega: perdoar os pecados da humanidade, que por causa da transgressão, a lei os condenava. Estudamos na semana passada. Portanto, o verso de hoje diz que, uma vez perdoados, já não somos mais escravos, mas livres.
O que quer dizer ‘ser escravos’? É alguém sem direito algum. Alguém que só trabalha, ganha mal para seu sustento, e quando morre, é esquecido. Já o filho, no caso filho de DEUS, tem uma herança a receber. JESUS conquistou essa herança, assim como conquistou o direito de nos perdoar. E nos perdoando, Ele nos concede a mesma herança que recebeu.
Que herança é essa? É um conjunto de coisas muito desejáveis: a vida eterna, uma pátria excelente, uma casa formidável, e o direito de estar na presença de DEUS e falar com Ele, que é o mais importante. O que acha disso?
Por falar nisso, hoje, o dia em que escrevo esse comentário, para um grupo de pessoas, é o dia 14 de Tihsri (equivalente ao nosso dia 12 de outubro). Estão esperando para amanhã a volta de CRISTO. Logo, amanhã será sua grande decepção, pois erraram na interpretação das profecias bíblicas. É mais um erro. Como é fácil enganar as pessoas! Isso me assusta. É só inventar alguma nova interpretação sobre a Bíblia, encontrar algumas coincidências interessantes, e o resto o povo acredita. Se alguma dessas pessoas, dias depois, ler esse comentário, saiba que nós, adventistas do sétimo dia, estamos de braços abertos para juntos aguardarmos o dia da volta de CRISTO, cuja data ainda ninguém sabe. Há uma herança aguardando a todos, mas precisamos ser coerentes com a Palavra de DEUS. Ao contrário do que alguns de vossos líderes pregaram, nós, adventistas do sétimo dia jamais os perseguiremos. Isso não faz sentido algum. Viram, passou a tal data, e nada aconteceu, nem essa dita perseguição, nem a volta de CRISTO. Mas cabe um alerta geral: ainda outras datas serão marcadas, e portanto, outras decepções acontecerão. São enganos de satanás para desacreditar a verdadeira pregação sobre a volta de JESUS. Voltem irmãos!
Não ser escravo, mas filho, é ter sido perdoado, pelos méritos de JESUS.



  1. Primeiro dia: Nossa condição em CRISTO (Gál. 3:26-29)
Resumindo o que dizem os versos 25 e 26 de Gálatas 3: ao vir a fé não somos mais condenados pela lei. Isso já estudamos ontem. O verso 26, em outras palavras diz assim: portanto, por estarmos perdoados, por esse motivo, nos tornamos irmãos de CRISTO, e então somos filhos de DEUS, ou, não mais filhos desse mundo. Segundo Paulo explica, ocorre mediante a fé. E houve uma decisão tomada por parte da pessoa que se tornou filho de DEUS, como está no verso 27. Ela decidiu batizar-se, isto significa que decidiu unir-se a CRISTO, e dEle se revestiu.
O que é revestir-se de CRISTO? Leiamos os dois versos a respeito: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gál. 3:27 e 28). Ellen White explica: “Quando for derramado o Espírito Santo, haverá uma vitória da humanidade sobre o preconceito em buscar a salvação da alma de seres humanos. Deus dirigirá a mente das pessoas. Corações humanos amarão como Cristo amou. E a barreira racial será por muitos considerada de modo bem diferente da maneira pela qual é considerada presentemente. Amar como Cristo ama eleva a mente a uma atmosfera pura, celeste, altruísta” (E Recebereis Poder, MM, 1999, 337).
Revestidos de CRISTO é ter todas as pessoas como irmãos, como Ele teve, e amar todas as pessoas. Ou seja, voltando ao ponto inicial do evangelho: ser capaz de amar a todos, a DEUS e aos semelhantes. Então, mais uma vez, a lei permanece valendo. Aliás, como se aboliria o princípio geral do Universo, que é o amor, por causa de uma desgraça localizada apenas a esse planeta?

  1. Segunda: Escravizados aos princípios elementares
Revendo outra vez o assunto já estudado, façamo-lo conforme a ocorrência dos fatos. Os gálatas receberam o evangelho da salvação. Entenderam que quem salva é CRISTO, morto na cruz e ressuscitado, tendo em Sua vida cometido pecado algum.
Pois bem, esse JESUS CRISTO foi obediente à lei, ou melhor, a todas as leis, sejam os Dez Mandamentos, seja a lei cerimonial, sejam as leis civis, as de saúde, as leis políticas, etc. Nesse ponto precisamos aprender uma coisa muito importante. Os Dez Mandamentos, de forma sintética, tal como amar a DEUS e amar o próximo, já existiam antes do pecado. O princípio do governo de DEUS foi colocado junto na criação, e o centro desse princípio é a intimidade entre DEUS com as pessoas e entre elas. Esse princípio está na santificação do sábado, 24 horas separadas das demais da semana para fins especiais, que são a dedicação exclusiva ao Criador. Ou seja, dedicação exclusiva ao amor. O amor não pode existir sem intimidade, e o sábado tem a finalidade de servir como momentos de intimidade com o Criador. Isso nos ensina que, se desejamos viver felizes, temos também que separar momentos para a intimidade entre nós, como conversar, passear, estar juntos. E essa é a lei do Universo, todos se querendo bem, como DEUS nos quer bem. Mas, reforçamos, amar, querer bem ou servir requer demonstração prática, e a prática mais eficaz para isso é sermos íntimos. E seremos mais íntimos quanto maior for a dedicação, a ponto de sermos inteiramente íntimos se nos dedicarmos 100%. Essa é a finalidade do sábado: dedicação exclusiva ao amor, que é o nosso Criador. Por esse simples princípio o Universo funciona perfeitamente. E sendo assim, outras leis serão sempre secundárias, como as da física, as leis da luz, as da biologia, etc. Todas elas também serão coerentes ao princípio elementar do amor, ou, da intimidade. Assim haverá respeito e equilíbrio no Universo.
Agora, suponho seja mais fácil entender o assunto de hoje. Depois que entrou o pecado, novas leis, antes desnecessárias, fora adicionadas. Uma delas foi a lei cerimonial. A função dela nunca foi substituir nada, nem os Dez Mandamentos, nem o amor de DEUS, nem a fé. A função dela era didática; servir para ensinar o quão terrível é o pecado e o quanto um pecador necessita do Salvador, se desejar viver sempre em perfeição. Portanto, assim sendo, apegar-se às regras da lei cerimonial como principal condição para se salvar é uma decisão boba. Não é assim que se ama e se obedece a DEUS, e muito menos, que se recebe a salvação pela fé. A maturidade é alcançada quando somos capacitados a amar a DEUS e amar o nosso próximo, e não sacrificar cordeiros.
Resumindo tudo, temos que retornar às origens, de como era lá no tempo do Éden, antes do pecado, e não retornar ao tempo em que se faziam sacrifícios.

  1. Terça: “DEUS enviou Seu Filho” (Gál. 4:4)
Qual a razão de JESUS CRISTO ter nascido na condição de ser humano? Em primeiro lugar Ele nunca deixou de ser DEUS, pois é eterno e imortal. Existiu desde sempre, e existirá para sempre. Sua existência como DEUS não pode ser interrompida. Porém, como DEUS pode tudo, ali houve uma demonstração desse tipo de poder de DEUS. JESUS veio ao mundo na forma de um feto e, podemos imaginar, instalou-Se no ventre de Maria. Só assim mesmo para nascer de Maria sem ser pecador, ou melhor, sem herdar a natureza pecadora de Maria. Como diz a Bíblia, Ele foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO, não por José com Maria.
Esse é o primeiro ponto: JESUS veio ao mundo na natureza que Ele definiu, não numa natureza de algum descendente natural de seres humanos. E qual a razão de ser assim? Obviamente Ele veio para morrer. Se viesse como DEUS, nunca morreria. Precisava vir como um ser humano mortal, senão ninguém o mataria.
Em segundo lugar, e isto é o mais importante: Ele veio para nos salvar. E jamais um pecador salva outro pecador. Ele precisava vir como ser mortal, mas sem pecado algum. Precisava vir ao mundo sem pecado, e precisava viver aqui sem pecar, mas, precisava morrer como se tivesse pecado. Essa parte, “como se tivesse pecado” são os nossos pecados, não dEle.
Nessa natureza Ele veio no tempo exato, o mais favorável. O mundo sempre esteve em guerra. Mas no tempo de JESUS não houve guerra naquela região. Foi um período de paz. Portanto, foi um tempo favorável para o início da igreja cristã. JESUS pregou e Seus apóstolos também. E a igreja se expandiu, de um início de poucas dezenas de pessoas para milhares, espalhadas por todos os povos.
Presentemente também está havendo condições para a conclusão da pregação do evangelho. Isto não se conseguia fazer em um ambiente de conflitos, como foi a Segunda Guerra Mundial. Imagine uma terceira guerra dessas, com as novas armas que fabricaram! Por isso os 4 ventos estão sendo contidos pelos 4 anjos de Apocalipse 7. E vai haver uma relativa paz até um determinado momento, e DEUS sabe qual é, e quando a obra iniciada por CRISTO for concluída, então as forças de satanás serão liberadas, ao mesmo tempo em que se iniciam as pragas.

  1. Quarta: Os privilégios da adoção (Gál. 4:5-7)
“Assim como nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade” (Efés. 1:4 e 5). Essa foi a solução que DEUS encontrou para continuar tendo-nos junto dEle.
Vamos revisar o que aconteceu. DEUS criou Adão e Eva, portanto, os dois eram filhos dEle. Contudo, por meio do pecado, eles se entregaram a outro senhor. Embora sempre continuassem sendo filhos de DEUS, pois é impossível um filho deixar de ser filho, é, no entanto, possível passar a pertencer a outro. Ou melhor, por opção, Adão e Eva passaram a estar sob o poder de satanás, que os dominava, e exerceu, e exerce poder sobre todos os seus descendentes. Logo, a condição de filhos de DEUS era apenas legal, mas não prática. Pertencemos a DEUS porque Ele nos criou, mas estamos sob o poder de satanás porque por meio do pecado de nossos primeiros pais esse outro senhor assumiu o poder sobre nós.
Agora a questão: como sermos libertos do poder despótico de satanás para retornarmos ao poder do amor de DEUS? Aí que veio a idéia da adoção. DEUS nos tratou como se fôssemos total propriedade de satanás. Por meio do sangue de JESUS, pagou o preço do pecado, que é a morte eterna. Atenção: essa morte que hoje vemos todos os dias é uma consequência do pecado, assim como a dor e o sofrimento e outras coisas mais, porém, o salário final do pecado é a morte eterna. É principalmente dessa condição fatal definitiva que JESUS nos quer libertar. E foi essa a morte que Ele sofreu, mas venceu. Nos momentos anteriores à cruz, a angústia que Ele sentiu foi a mesma que sentirão as pessoas na iminência da segunda morte, no final do milênio que vem após a segunda vinda de JESUS. Essa angústia será terrível, a mesma que JESUS sentiu, multiplicada pela quantidade de pecados cometidos pelos seres humanos. Isso Ele teve que sentir. Portanto, a pergunta é: quanto foi esse preço? Só JESUS sabe!
Pago o preço do pecado, Ele agora tem todo o direito perante a lei de aceitar de volta a todos aqueles que desejarem não morrer eternamente. Fazendo isso Ele não está violando a lei do governo celeste. E esse aceitar de volta agora depende somente de cada pessoa. É uma decisão livre de cada um. E o nome que deram para esse retorno é adoção.
Mas porque adoção? É fácil entender. Porque fomos retirados do poder de satanás unilateralmente. Ou seja, satanás não está de acordo com isso, mas não importa. O que é importante é que nós queiramos, porque DEUS, da Sua parte, nos quer de volta.
Mas aí aparece um fator interessante. Como nunca deixamos de ser filhos e filhas de DEUS, pois fomos por Ele criados, não por satanás, ao sermos reabilitados para o lar celestial, continuamos a ser filhos como também somos adotados. Somos filhos adotados. Em outras palavras, pertencemos a DEUS pela criação e pela redenção. Bonito é o amor de DEUS, não é assim?
“Em todas as nossas aflições devemos buscar ao Senhor com muito fervor, lembrando-nos de que somos Sua propriedade, Seus filhos por adoção. Nenhum ser humano pode compreender nossas necessidades como Cristo. Receberemos Sua ajuda se a pedirmos com fé. Somos Seus pela criação, somos Seus pela redenção. Pelos laços do amor divino somos ligados à Fonte de todo o poder e força. Se tão-somente fizermos de Deus o nosso arrimo, pedindo-Lhe o que necessitamos como uma criancinha pede ao pai o que deseja, obteremos valiosa experiência. Aprenderemos que Deus é a fonte de toda a força e poder” (Exaltai-O, MM, 1992, p. 55).
“Deus deseja que todos se salvem; para isso foi feita ampla provisão ao dar Seu Filho unigênito para pagar o resgate do homem. Os que se perderem, perecerão porque se recusaram ser adotados como filhos de Deus mediante Cristo Jesus” (A Fé Pela Qual eu Vivo, MM, 1959, p. 157).

  1. Quinta: Por que voltar à escravidão? (Gál. 4:8-20)
Vejam só a situação dos gálatas e dos judeus cristãos. Os gálatas antes de serem cristãos eram pagãos. Eles praticavam rituais sagrados impressionantes. Faziam sacrifícios, adoravam muitos deuses, realizavam cerimônias periodicamente, faziam grandes atos do tipo obras da lei deles, e assim por diante. Por sua vez, os judeus também possuíam todo o ritual do cerimonial dado no Sinai. Agora os gálatas, que haviam recebido o evangelho de CRISTO, por meio de Paulo, tinham recebido todo o conhecimento sobre a adoração após o sacrifício de CRISTO. Para os judeus o ritual do santuário servia, entre outras coisas, para anunciar a vinda de CRISTO como o Cordeiro de DEUS para morrer pelos pecados do mundo. Servia também para muitos ensinamentos sobre o plano da salvação. Já os rituais dos pagãos nada tem a ver com salvação nem com Messias, mas com purificação dos vivos e com o perdão dos mortos, como creem.
Aí vem a pergunta de Paulo, parafraseando: agora que vocês estão libertos daqueles rituais, querem retornar outra vez a eles? Digamos assim, vocês que foram pagãos, querem aderir aos antigos rituais dos judeus, que já não valem mais? E vocês que são judeus, querem retornar aos rituais dos tempos anteriores à morte de JESUS?
Aqueles rituais eram uma espécie de escravidão, mal comparando. Eles eram obrigatórios e estafantes. Eram feitos todos os dias, e implicavam em muitas mortes. E quando a morte mais importante, para o qual aqueles rituais dos judeus apontavam chegou, poderiam ter dito aliviados: finalmente chegou o Cordeiro de DEUS, pelo que agora já não precisamos mais disso. Mas não, queriam manter o que já não era mais necessário.
É qualquer coisa parecida com a seguinte situação: Entre duas cidades aqui no sul, Ijuí (onde moro) e Cruz Alta, havia uma estrada de ligação. Era de chão batido. O trajeto era cheio de curvas. Depois de um tempo, construíram outra estrada, asfaltada. Então, porque continuar utilizando aquela estrada antiga, que existe até hoje? Pois nesse caso, porque continuar com o cerimonialismo, se JESUS já havia sido morto?
Outra confusão é a de que também o sábado teria abolido para não continuarem escravos como antes. Isso não faz sentido, pois o sábado foi dado no Éden, bem antes do pecado, e se não houvessem pecado, ainda estaria valendo, na perfeição. Se ele vale na perfeição, e DEUS mesmo observa, e onde ninguém é escravo, muito mais vale aqui. A função do sábado é ligar a humanidade a DEUS, portanto, pelo contrário, não escraviza, mas liberta, ligando-nos à vida e ao amor.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Vamos fazer um resumo sobre a salvação pela fé, e não pelas obras. Esse é um assunto que cria confusão na mente de muitos, e é importante entender, para não tomar decisões erradas na vida, e perder a vida eterna.
Antes da explicação resumida, uma observação não menos importante. Muitas igrejas que dizem não valer mais a observação do sábado, mas em lugar dele se deve observar o domingo, são as mesmas que ensinam a salvação pelas obras. Essa questão é tão importante que foi o primeiro ponto bíblico a ser descoberto, ainda no tempo da reforma. Aliás, foi o que detonou a reforma, por meio de Lutero. Ele chegou à conclusão bíblica correta de que a justificação é somente pela fé. Ele entendeu o versículo que diz: “O justo viverá pela fé.”
Entendeu a situação? Dois erros fatais: um, de sutil desobediência aos Dez Mandamentos, dizendo que foram alterados, ou que nem valem mais, e outro, que devemos praticar as obras da tradição, que nem são da lei, como fazer romarias, etc., para ser salvo. Nós não podemos cair nem numa, nem noutra situação.
Agora vamos ao entendimento lógico da questão. Veja como é simples. Quem peca, tem que pagar pelo mal que fez. Alguém tem que cobrar por esse pagamento, e é o governo de DEUS. E pecado é transgressão da lei, os Dez Mandamentos. Um pecado, um único que seja, tem que receber a devida punição. No Reino de DEUS essa punição é a morte eterna.
Mas porque uma punição tão severa? Isso não é difícil de entender. Trata-se do Reino da Perfeição, do Amor. Quem transgride os mandamentos de DEUS, os Dez, ou o princípio do amor, que é o mesmo, desliga-se de DEUS, que é a única fonte de vida, portanto, aos poucos morre. E nunca mais vai ressuscitar. Cuidado com a alegada imortalidade da alma, mais uma invenção de satanás para engambelar as pessoas.
Mas agora entra o amor de DEUS. Adão e Eva pecaram, e precisavam morrer. Do momento do pecado em diante, eles começaram, de fato, a morrer, ou seja, começaram a envelhecer. Assim perduraram até que morreram. E essa morte seria eterna, não fosse uma segunda chance dada por DEUS. A morte de JESUS na cruz fez com que a morte de Adão e Eva, e de seus descendentes, que seria eterna, se tornasse temporária, como um profundo sono, e que todos pudesse ressuscitar outra vez, uns para a vida eterna, outros para a morte eterna.
JESUS veio ao mundo, viveu como ser humano, e foi morto em nosso lugar. Ele nunca pecou, venceu obedecendo aos Dez Mandamentos, e outras leis da época, inclusive as leis civis romanas, e em nenhum ponto pôde ser acusado. Portanto, a Sua morte injusta foi o pagamento que DEUS aceita como sendo por nossos pecados. A lei de DEUS permite isso, pois é a lei do amor. É a mesma lei, que condena, e que também abre espaço para salvar. Entenda, por nós termos pecado, nos desligamos de DEUS, de Seu amor, e por isso morremos. Mas por esse mesmo amor, JESUS veio até nós para nos salvar.
E agora, como é que nos salvamos? Ou quem sabe a pergunta melhor seria, como é que os nossos pecados são perdoados? Há duas opções: pela obediência em tudo (praticando as boas obras da lei), ou pela aceitação da oferta de perdão por parte de DEUS (pela graça e fé)? Qual parece mais coerente?
Ora, analisemos bem. Se fosse pelas obras, que sabemos não ser o caminho para escapar da condenação, JESUS nem precisava ter morrido por nós. Era só estabelecer um tempo para que durante ele obedecêssemos integralmente, e assim seríamos perdoados. Sinceramente, se fosse assim, o governo de DEUS não seria um governo sério nem justo. Permaneceria a questão, e aqueles pecados cometidos, quem paga a conta deles? Se fosse assim, eles ficariam pendentes por toda eternidade. DEUS teria perdoado sem nenhuma punição, abrindo as portas para um governo frágil, como são os desse mundo, cuja justiça tem favorecimentos aos mais chegados.
Então o perdão, isto é, a salvação tem que ser pela fé. Aí tudo se ajusta, pois houve pagamento da conta dos pecados. E se houve esse pagamento, DEUS, que nos ama, nos oferece o perdão gratuitamente. E se nós aceitamos esse perdão, isto é a fé, então somos de fato perdoados. E uma vez perdoados, estamos salvos, pois nada consta contra nós no tribunal celeste. E para continuarmos salvos, agora sim, temos que obedecer sempre a lei de DEUS, para não cairmos em transgressão, e termos que ser outra vez perdoados.
É ou não é simples?



escrito entre  12 e 18/10/2011
revisado em 19/10/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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