Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro
Trimestre de 2012
Tema geral do trimestre: Vislumbres do
nosso DEUS
Estudo nº 12 – Histórias de amor
Semana de 17 a 24 de março
Comentário
auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este
comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para
memorizar: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei;
também com amável benignidade te atraí” ) Jer. 31:3, RC).
Introdução de sábado à tarde
A Bíblia é um
livro que, entre outros assuntos, contém relatos da história. É o único livro existente
que revela a história do passado mais remoto, desde a guerra no Céu, a criação
da Terra, a queda do primeiro casal, passando pelos principais fatos
relacionados com o povo de DEUS, e avançando futuro adentro, até pelo menos mil
anos após o colapso da Terra. Nos relatos históricos dos historiadores
seculares, quase sem exceção, contam também sobre fatos de romance. São
casamentos, acordos selados com casamentos, um rei que concede sua filha a um
estrangeiro por alguma razão, um rei ou político que se casa com outra de outra
nação, e assim por diante. Não foram poucos os acordos políticos em que também
não tenha havido o selamento por casamento. O romance faz parte da história e
até da política.
A Bíblia
também segue por esse caminho. Se a humanidade recebeu de DEUS a faculdade de
homem e mulher viverem juntos por meio do amor, então onde existir ser humano
haverá história e romance. A Bíblia está repleta de romance. Muitas vezes só menciona,
outras vezes vai a fundo e detalha fatos.
O amor foi uma
das instituições de DEUS muito atacada por satanás. Tudo o que tem a ver com
DEUS, ou que leva a DEUS, ele ataca. O amor, por excelência, vem de DEUS e leva
a DEUS. É o âmago da lei de DEUS, é o caráter de DEUS, portanto, não é de
admirar que seja alvo do inimigo. É muito gostoso, agradável e fácil viver a
dois. Aliás, essa é a sociedade mais simples que existe: duas pessoas que selam compromissos de uma
se empenhar pela felicidade da outra. Não há como existir sociedade mais
simples que o lar iniciante! Mesmo assim, satanás conseguiu degenerar tanto a
humanidade que o ser humano já não é mais capaz de saber como viver a dois. Não
vamos condenar a todos os separados, pois nem sempre a culpa é dos dois, mas
que aumenta a proporção dos divorciados isso é perceptível pelas estatísticas. Portanto, se a sociedade do lar, a mais
simples de todas, está falindo, é porque a humanidade já não tem mais futuro
por não conseguir amar o próximo e por não conseguir coexistir em paz. Se nem no mais simples há êxito, imagina nas
sociedades mais complexas. Pode ver que tudo o que envolve o amor puro está
sofrendo degeneração.
Então será
importante o estudo dessa semana, pois a realidade maravilhosa de um homem e
uma mulher viverem juntos, casados, amando-se por toda a vida, segundo o que DEUS
orienta, é algo simplesmente maravilhoso. Enquanto os anos se passam, fica cada
vez melhor. Temos comentado na semana passada que a mulher foi feita por DEUS
de uma maneira tal que o homem nunca a consegue entender direito. Pois bem,
assim, o homem, sempre curioso e querendo satisfazer sua esposa, tem motivos renovados
para estudá-la e cada dia encontrar algo novo para buscar entender. Mesmo que
não consiga avançar muito, porém, uma coisa é certa: motivos para se admirar de
sua mulher sempre existirão, e nunca se esgotarão.
As mulheres
são criaturas curiosas, mais que o homem. E gostam de relacionamento. Gostam de
conversar com outras pessoas. Elas se entendem. Às vezes 4, 5 ou mais juntas,
falam todas ao mesmo tempo, e conseguem prestar atenção a tudo. Riem bastante,
falam diversos assuntos ao mesmo tempo, mudam de assunto como se muda a direção
do olhar, e continuam falando. E quando se pergunta à esposa sobre o que
falaram, em duas três palavras ela relata, e fim. Fran
Capo, uma mulher, foi capaz de falar 603,32 palavras em 54,2 segundos. Isso é
cerca de 11 palavras por segundo! Fran quebrou este recorde duas vezes. Será
que alguém ganha uma discussão dela? Os dados mostram que mulheres falam
uma média de 16.215 palavras por dia, ±7.301, e homens 15.669 palavras por dia
± 8.633. Estatisticamente não há diferença quanto a quem fala mais ou quem fala
menos (*). Porém, é perceptível quando um grupo de mulheres está conversando: o
assunto é profícuo. Portanto, a mulher é uma criatura por excelência para se
relacionar. Ela precisa ser amada, pois um dos requisitos do amor é o
relacionamento. A mulher precisa ser compreendida nesse ponto. Ela foi feita
para alguém especial, um homem sábio, a fim de se relacionar com ela.
- Primeiro dia: O primeiro romance
Vamos imaginar
aquela sexta-feira da criação do homem e da mulher. O homem DEUS fez de barro e
soprou fôlego nele, e passou a ser alma vivente. Então Criador e homem saíram a
passear pelo jardim. Adão devia ter um Quociente de Inteligência em torno de 4.000 a 5.000, ou mais até,
pois diz Ellen G. White que os antediluvianos eram 20 vezes mais poderosos
intelectualmente que os melhores de hoje. Adão viu tudo o que DEUS havia feito,
e se encantou. Passou naquele dia mesmo a estudar a natureza, e DEUS ensinava,
pois Ele era quem sabia tudo. Adão classificou todos os animais, conforme suas
espécies. Nisso o homem percebeu que estava sem uma companheira, como os
animais possuíam. Sentiu-se diferente de todos, parecia que faltava algo bem
importante.
Ao Adão se
sentir só, DEUS disse que não era bom que ele se sentisse assim. Então DEUS
provocou em Adão um sono profundo, como uma anestesia, e fez uma operação
cirúrgica em seu peito, tirando uma costela, e fechando com carne, de modo que
nada se visse. E da costela DEUS fez uma mulher.
Toda a
natureza era linda de se apreciar, mas quando Adão viu a mulher, ficou extasiado.
Passou a falar como quem está apaixonado, sentiu-se atraído por aquela mulher,
e ela por Adão. Como ele recém havia dado nomes aos animais da criação,
sentiu-se no embalo a também dar um nome àquela mulher: Eva. Ela veio dele, fazia parte dele, era osso e carne dele, portanto,
um pertencia ao outro. Por isso DEUS disse, referindo-se aos descendentes de
Adão e Eva, que cada homem e cada mulher deixasse a casa de seus pais e se
unissem, tornando-se também uma só carne.
Aquele momento
sublime, quando Adão acordou, foi em extremo romântico, pois um viu-se
intimamente atraído pelo outro. Essa atração não veio por acaso. DEUS criou
também o desejo de um homem e uma mulher estarem juntos.
O amor tem uma
condição especial para existir: Ele necessita de intimidade, isto é, estar
juntos. E quando essa intimidade se dá entre um casal que se une em casamento,
chama-se romance. E o que é romance? É dedicar-se pelo bem do cônjuge porque
sente-se atraído por ele. Aqui não nos referimos às estórias de romance, e sim,
a vida romântica entre um casal que jurou viver pelo bem mútuo.
O homem sente-se
sempre atraído pela mulher de um modo diferente que esta pelo homem. A mulher
corresponde aos atos românticos do homem, e este se sente atraído fisicamente
pela mulher, e pelo jeito que ela se comporta. Por isso as mulheres tendem a
ser um tanto misteriosas, o que faz o marido ter o desejo de descobrir como ela
é, e nunca consegue entendê-la por completo. Por sua vez, a mulher nunca
consegue entender de todo a lógica de pensamento do homem. Assim os dois estão sempre se estudando, e se atraindo mutuamente.
Todos os dias há novidade, é a novidade da intimidade, do desejo de conhecer
mais a fundo aquela pessoa que ama. E é nos momentos de maior intimidade entre
um casal, quando se tornam uma só carne, que duas coisas poderosas podem
ocorrer. Uma é a possibilidade de surgir outro ser humano, um filho ou uma
filha. Esse é o poder do amor – ele chega a um ponto de necessitar de mais
pessoas íntimas para se expandir, assim como DEUS sentiu necessidade de criar
mais pessoas para poder amar. O outro fator que ocorre na intimidade de um
casal é a ligação de exclusividade, do afeto exclusivo impulsionado pelo amor. É então quando se conhecem mais
intensamente. Assim a vida se perpetua, tornando-se tão atraente que jamais
desejarão se separar. Se não existisse a morte, uma vida assim, como DEUS
planejou, seria tão agradável, de tanta felicidade, que o casamento se perpetuaria
eternidade afora. Afinal, o que é bom, não desejamos que se interrompa.
Mas satanás
atacou o casamento e o lar, de tal maneira que hoje está tudo invertido.
- Segunda: Romances bíblicos
Na Bíblia há
relatos de vários romances. Entre eles, o de Adão e Eva; de Jó e sua esposa,
que foi muito sofrido durante a doença dele; de Abraão e Sara; de Isaque e
Rebeca; de Jacó e Raquel (mais que as outras três esposas); de Moisés e Zípora;
a vida amorosa de Davi e de seu filho Salomão, com suas respectivas mulheres, e
assim por diante. Em todos esses casos houve erros e acertos. Todos eles
falharam, mas também consertavam a situação. Se examinarmos mais casos bíblicos
de casais que venceram no amor, veremos que todos eles eram fiéis a DEUS. Com
DEUS a vida pode ser difícil, às vezes mais que sem Ele, mas sempre a vitória é
alcançada. Só se perde a batalha desta vida se O abandonarmos por nossa
vontade.
Vamos nos ater
um pouco no caso de Abraão. Ele casou-se com sua meia irmã. Desconhecemos as
razões, não temos os detalhes como foi no caso de Jacó. Mas sabemos que esse
casal se amava, e Abraão foi fiel à sua esposa, embora ela sendo estéril.
Abraão aceitou uma concubina, um costume da época, embora jamais isso fosse
aprovado por DEUS, porque Sara insistiu com ele. E teve intimidades com Hagar o
suficiente para que ela concebesse. Mas ele amava Sara. Isso é significativo
para um tempo em que a cultura sugeria um homem ter mais de uma esposa e ter
concubinas paralelamente à esposa ou esposas. Essas concubinas eram de um
status inferior às esposas. Alguns exageravam, como foi Salomão, que teve 700
esposas e 300 concubinas. É o maior harém de que se tem conhecimento.
Devemos ter grande
cuidado com a cultura da época. Assim como nos tempos antigos era visto como
normal um homem ter várias esposas e mais concubinas, hoje é visto como normal
a separação. Nem uma nem outra situação tem o aval de DEUS. É evidente que
muitas vezes uma das partes se torna insuportável, e vem a separação. Porém, se
as duas partes fossem seguidoras de DEUS, os problemas de relacionamento
poderiam ser resolvidos. Grande parte desses problemas ocorrem porque os
casamentos são feitos sem o conselho de DEUS. Como testemunho positivo, podemos
dizer que o nosso casamento foi bem sucedido. Já estamos unidos por DEUS há 34
anos, e nossa união é cada vez mais estável. Quando jovem, orava para que DEUS
escolhesse uma esposa para formar um lar. E foi assim. Hoje vejo como nós nos
completamos, e como somos compatíveis entre nós. Por exemplo, há coisas que eu
não gosto de fazer, mas ela faz porque gosta, e há outras coisas que ela não
gosta de fazer, mas eu gosto. Assim nos complementamos. E temos os mesmos
costumes, de modo que não há conflito entre o que um quer e o que o outro quer.
Por exemplo, nós dois gostamos muito de acampar. Também gostamos de caminhar
pelas ruas. E assim vai. DEUS que conhece a vida de cada um, nos escolheu um
para o outro, e assim deu certo.
Lembra de ao
menos dois casos bíblicos que DEUS escolheu um para o outro? Um caso foi o de
Adão e Eva. Nesse caso DEUS fez uma esposa para um homem, que Ele recém havia
criado. E também o caso de Isaque e Rebeca. O servo de Abraão foi buscar uma
esposa. Mas quem escolheu a moça foi DEUS. Tanto Abraão quanto Isaque e o servo
tinham fé em DEUS, e O seguiam em obediência. Por isso, mesmo não tendo sido Isaque
a ir em busca de sua esposa, o que é desejável, o casamento deu certo, porque
no meio do que os seres humanos faziam, DEUS estava agindo.
Esse é o
aprendizado importante para todos nós. Se em tudo o que fazemos tivermos DEUS
conosco e nos damos bem, imagine no casamento! O lar é onde cultivamos o amor,
a felicidade e a vida saudável. Então é na formação do lar que mais devemos
buscar a orientação de DEUS. Mas nesses últimos anos os casamentos estão sendo
desencadeados por muitos outros motivos, alheios ao amor de DEUS. Essa é a
razão porque aumenta o fracasso do lar, e também aumenta o sofrimento,
principalmente dos filhos.
- Terça: O amor de DEUS
O amor e a
felicidade só podem existir se houverem algumas condições. Que condições são
essas? São intimidade, exclusividade ou fidelidade e também a confiabilidade.
Essas condições estão definidas nos Dez Mandamentos. Como podemos aprender
essas coisas nos Mandamentos de DEUS?
O sábado, como
sabemos, foi dado ao homem por JESUS, que é o Senhor do sábado. O sábado nos
ensina sobre a intimidade das criaturas com o Criador, que é amor. DEUS é amor
(I João 4:8). E o amor necessita da intimidade para existir. É impossível um
homem e uma mulher se amarem sem que se encontrem, vivendo sempre separados um
do outro. O sábado estabelece a excelência da relação com DEUS, e também entre
nós.
A
exclusividade aprendemos do primeiro e do segundo mandamento. DEUS não quer que
adoremos alguém que não seja Ele. Há várias razões para isso: Só Ele é DEUS; só
Ele é capaz de criar do nada; só Ele é capaz de manter eternamente o que criou;
só Ele é a fonte inesgotável do amor. Portanto, a exclusividade em relação a
DEUS é decisiva para vivermos em paz e eternamente felizes. Assim também deve
ser entre um homem e uma mulher que se unem em casamento, para formar um lar.
Para que o amor frutifique, devem ser exclusivos entre si.
Quanto à
confiabilidade para que o amor possa existir, esse conceito aprendemos da
relação que DEUS estabelece da parte dEle para conosco, e que está no conjunto
dos Dez Mandamentos. Quem é confiável demonstra o amor, por exemplo, não
mentindo, não matando, honrando seus pais, não cobiçando e não adulterando.
Em resumo, quem
obedecer aos Dez Mandamentos, estará em aliança com DEUS. Essa será uma pessoa
relacionada com o amor. E quem se relaciona bem com o amor, se relacionará bem
sempre, com todos, viverá melhor e mais feliz.
- Quarta: Um livro de romance
O livro de
Cantares de Salomão, também chamado de Cântico dos Cânticos, retrata o romance
entre um casal, uma esposa com seu marido. Há todo um enredo de atração tanto
da parte da mulher quanto da parte do homem. Um procura seduzir o outro para
si. Veja-se bem que se trata de marido e mulher. Esse livro ilustra que entre
um casal deve haver satisfação sexual. Deve haver desejo de um pelo outro. O
prazer e a sedução, entre marido e mulher é importante; foi DEUS quem o criou.
De fato, quando existe amor, a atração física entre o marido e a esposa, com o
passar do tempo, só se intensifica. Torna-se cada vez mais exclusivo e
interessante. Com o passar dos anos, um necessita cada vez mais do outro, tornam-se
dependentes. E cada dia existem novidades, que jamais podem ser descobertas sem
intensa intimidade entre um casal.
Existem as
aventuras sexuais, que garante a novidade do diferente por se tratar de pessoa
diferente. Porém, a novidade entre um
casal que se ama sempre será bem mais profunda, mais sutil, como uma pérola de
grande preço que só se encontra nas profundezas, e que se deve buscar com esforço.
A novidade entre um casal vai seguindo o caminho das descobertas íntimas, que
não podem ser reveladas superficialmente. É isso que fortalece uma vida a dois.
O que esse
livro nos ensina, se o lermos, é que, num casal recém casado, há a novidade do
recém experimentado. No entanto, na medida em que os anos vão passando, o tipo
de novidade muda. Passa a ser a novidade
do detalhe, da sensibilidade, do sentimento, coisas que só se podem descobrir
quando se conhece profundamente e se tem convivido em amor há alguns anos.
Quando um casal se ama de verdade, isto é, quando com eles vive DEUS em seu
lar, a vida nunca deixa de ser interessante e cheia de novidades.
“Homens e
mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como
seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará
pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir
corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e
lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, porém
mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um
tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a
coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável.” A Ciência do Bom
Viver, pág. 362.
“Amar como
Cristo amou significa manifestar altruísmo, através de palavras bondosas e
fisionomia prazenteira, em todos os momentos e em todos os lugares. Para
aqueles que as outorgam não custam nada, porém deixam atrás de si uma
fragrância que envolve a alma. Seu efeito nunca poderá ser estimado. São elas
uma bênção, não apenas para quem as recebe, mas também para o doador, porque
atuam sobre ele. Genuíno amor é um precioso atributo de origem celestial que
aumenta em fragrância, à medida que é dispensado a outros.
“O amor de
Cristo é profundo e ardente, fluindo como uma irreprimível torrente para todos
que o aceitarem. Não há egoísmo em Seu amor. Esse amor, nascido no Céu, é um
princípio permanente no coração, e que se tornará conhecido não apenas daqueles
que consideramos mais queridos no relacionamento sagrado, mas de todos com quem
entramos em contato. Ele
nos levará a expressá-lo em pequenos atos de cortesia, a fazer concessões, a
realizar ações de bondade, a falar palavras ternas, verdadeiras e
encorajadoras. Levar-nos-á a simpatizar com aqueles cujo coração anseia por
simpatia” (Carta a jovens namorados, 16 e 17).
- Quinta: JESUS e o romance
Detenhamo-nos
um pouco sobre a festa de casamento na pequena cidade de Caná da Galiléia.
JESUS havia recém voltado de Sua prova no deserto. Estava, portanto, pronto
para iniciar Seu ministério. Pronto para revelar quem Ele era. Até a ida ao
deserto, Ele deveria Se comportar como um simples cidadão, como qualquer pessoa
nascida naquele país. Mas agora Ele poderia assumir o Seu papel de Salvador,
para o que nascera como uma pessoa comum. Mas Ele não era uma pessoa comum,
nunca foi, embora até então, as pessoas em geral não soubessem que ali estava
DEUS em forma de ser humano.
Ele e a Sua
família, parece que José, seu pai, já não era mais vivo, foram convidados para
uma festa de casamento, em Caná da Galiléia. E JESUS foi a esta festa. Ele estando
lá, era de se supor que desse alguma demonstração de valorização do casamento.
Foi o que fez, mas no momento certo.
Estava Ele
discretamente na festa quando faltou vinho. Naquelas festas a bebida nobre era
o vinho, ou seja, o suco de uva. A Bíblia distingue o vinho novo do vinho velho.
O vinho bom do vinho ruim. O novo, ou bom, é considerado o melhor, pois ainda
não fermentou, o velho pode já ter alguma fermentação. Naqueles tempos era bem
difícil a armazenagem do suco de uva sem que fermentasse. Então é de se crer
que ofereceram na festa vinho bom, e depois, o vinho de JESUS superou tudo que
vinho bom ou novo que já tenham experimentado.
Foi então que
JESUS ensinou duas coisas relevantes naquela festa. A primeira foi o valor do casamento.
Se Ele, o Criador, aceitou o convite, é
porque concordava com o casamento. E quando faltou um dos principais
ingredientes para a festa, o vinho, Ele Se manifestou como o Salvador. Não só
salvou a festa de uma situação muito embaraçosa, para o noivo e sua família,
como demonstrou qual deve ser o vinho que se pode beber. A festa corria o
risco de ser interrompida antes de seu final planejado, pois faltava a bebida.
O noivo e sua família ficariam desmoralizados perante os convidados a uma festa
que devia durar determinado número de dias, mas, por falta de melhor
planejamento, ou porque estava muito quente e beberam além da conta, por
imprevisto, não havia mais condições de seguimento da festa. Como ficaria a
reputação do noivo? E não devia um novo lar iniciar assim, com fracasso. Devia
dar tudo certo, e foi isso que JESUS providenciou, que o casamento prosseguisse
sem transtornos. Ele transformou água em vinho, mas era o vinho bom, ou, o
vinho novo, não fermentado. Se Ele aceitasse que se bebesse vinho fermentado,
teria providenciado assim.
JESUS naquela
festa Se manifestou numa situação paralela àquela que ocorreu na sexta-feira da
criação, quando uniu Adão e Eva em sagrado matrimônio. Naquela ocasião Ele
estabeleceu o lar, e Se fez presente na apresentação de um ao outro. Nessa
ocasião JESUS, o Criador e agora também o Salvador, confirmou o que havia
estabelecido no Éden. Mas para um bom início do novo lar, o vinho devia ser não
fermentado. Assim também hoje, nos
nossos lares, para que sejam aprovados e abençoados por DEUS, não devemos
permitir que entre o fermento do pecado mundano em nosso ambiente de felicidade
e de cultivo da esperança da vida eterna.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O casamento é
a mais sublime aplicação prática da lei de DEUS entre criaturas, mas não é a
aplicação mais sublime que existe. O
relacionamento que produz a maior felicidade nos seres humanos não é aquele que
ocorre entre um homem e a sua mulher, mas o que ocorre entre o ser humano e
DEUS, e vice-versa. A felicidade entre um casal depende do relacionamento
dos dois com seu DEUS.
Uma maneira de
cultivar o relacionamento com DEUS é por meio da igreja. A igreja, isto é, seus
membros, é por DEUS considerada a noiva de CRISTO. Também se pode dizer, é Seu
povo. Em todos esses relacionamentos a ligação é cimentada pelo amor de DEUS,
mas quanto mais envolve DEUS, o Criador, mais intensa será a experiência de amor,
e também maior será a sensação de segurança, felicidade e esperança de um futuro
perfeito e eterno.
A fórmula da
felicidade é bem simples, mas poucos a encontram, por falta de interesse e pela
ideia de que podem resolver por si mesmos seus problemas. E qual é essa fórmula
simples? Em três palavras se explica: comunhão
com DEUS. Ou em outras palavras, experiência
diária com o amor, tanto faz. E como se pode ter essa comunhão com DEUS?
Fazendo parte ativa da noiva de CRISTO. Perceba bem, fazendo parte ativa!
Isso quer dizer que se só for membro que assiste as programações. É como um
membro inútil, que precisa ser ativado, ou então, com o passar do tempo,
precisa ser amputado. Alguém assim não pense que vá ter uma experiência
agradável e intensa com DEUS. É na igreja que aprendemos a ser irmão, a amar
uns aos outros. É óbvio que aquilo que
aprendemos na igreja, que é inspirado e/ou iluminado por DEUS, devemos também
praticar. Não é só dizer amém: é
permitir que o ESPÍRITO SANTO nos transforme por meio dos ensinamentos que
temos à disposição na igreja. A igreja é a escola de preparação de
cidadãos do Reino de DEUS. Por isso que ela oferece o melhor ambiente de se
cultivar o amor. Nem sempre é assim, sabemos disso. É a luta aqui nessa Terra.
Há igrejas que estão tão afetadas pelos rudimentos do mundo que nelas pode ser
tão fácil de perder a vida eterna como fora delas. Nesse caso a pessoa estará
numa família degenerada. Cuide-se para que ao menos ela fique em pé, e dê um
testemunho agradável a DEUS, mesmo que mais ninguém o perceba. Ao menos ganhará
a sua vida eterna. Aliás, quando você fizer seus esforços missionários, pode
ser que, em certos ambientes e lugares, ninguém se interesse. Então, nesses casos,
salve ao menos a sua vida e a da sua família, como fez Noé. E se nem a família
tem interesse pelo genuíno cristianismo, salve ao menos a sua própria vida, que
já é algo importante, e seus esforços por ser bom cristão não terão sido em
vão.
escrito entre 15 e 21/02/2012
revisado em 22/02/2012
corrigido por Jair
Bezerra
A partir desse trimestre estamos também fazendo
comentários da Lição da Escola Sabatina em vídeo, voltados para pessoas de
todas as igrejas e religiões. Assista o comentário clicando aqui.
Quem deseja ouvir em MP3, clique
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Talvez necessite segurar control mais um clike sobre o
link.
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo
Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO
como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda
de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem
da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao
caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia
como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de
orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E
aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de
todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros
e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um
só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
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