terça-feira, 8 de março de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 11 - 1º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Primeiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: A Bíblia e as Emoções Humanas
Estudo nº 11    Libertação dos Vícios
Semana de   05 a 12 de março
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (João 8:36).

Introdução de sábado à tarde
Vício, que vem da palavra latina “vitium”, significa “falha”, “deformidade”, “imperfeição” ou “defeito”, que gerou um hábito repetitivo que causa algum mal ao viciado, aos que com ele convivem, ou à sociedade. É algo costumeiro, do qual a pessoa viciada se tornou dependente. A pessoa pode gostar do vício ou não, mas encontra dificuldades de se livrar dele. Às vezes sem ajuda isso é até impossível. Um vício é uma mistura do sentimento de amor à necessidade e ao prazer. É um hábito nocivo. O oposto de vício é a virtude, qualidade moral particular que predispõe a pessoa a praticar o bem, uma verdadeira inclinação para ser correto.
Os vícios podem se formar por hábito ou repetição de qualquer coisa, por dependência psicológica, por dependência química e outras formas. A dependência química está vinculada a qualquer substância psicoativa, droga que altere o comportamento e que cause dependência (álcool, chimarrão, café, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta", etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso e segurança.
Há hoje uma quantidade inumerável de possibilidades de vícios. Por exemplo: bebidas, álcool, drogas, cigarro, computador, internet, video-games, orkut e similares, futebol, coca cola, bebidas doces, masturbação, mascar chiclete, assistir a filmes pornográficos, ouvir som muito alto, tomar chimarrão e uma infinidade de outros vícios, todos nocivos. Há até o vício do trabalho, chamado workaholic, uma expressão em inglês que designa uma pessoa viciada em trabalho ou outra atividade. É uma variação da palavra alcoholic (alcoólatra). Existe o vício virtual, popular nerdismo – uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais inadequadas para a sua idade; fascínio por tecnologia em detrimento de outras atividades mais populares. Por essa razão, um nerd muitas vezes não participa de atividades físicas e é considerado um solitário pelos seus pares. Aliás, há vícios modernos vinculados à tecnologia. São vícios caracterizados pelo uso constante de computadores, mini-games, vídeo-games, fliperamas, Pumps, Brick Games, Tamagotchis entre outros, com o intuito de chapar o côco. O que no começo é apenas um lazer, depois de um tempo torna-se um vício mortal. Os lugares onde mais se traficam drogas virtuais são em Lan Houses, botecos de esquina (com fliperamas), Shopping Centers e em qualquer outro lugar que tiver drogas gamísticas.
A internet, segundo a revista científica britânica "New Scientist", cedeu espaço para uma nova onde de vícios, bem curiosos, mas escravizantes, como:
Ego-navegação: quando você checa seu nome e informações na internet com frequência em busca do número de ocorrências.
Indiscrição blogueira: revelar na internet segredos de informação pessoal que para o bem de todos seria melhor manter em caráter privado.
Blackberrymania: a maldição do executivo moderno de não conseguir parar de checar o blackberry, mesmo no funeral da avó. O blackberry é um popular aparelho que pode ser usado para tirar fotos, telefonar, enviar e-mails e navegar na internet.
Espionagem em buscadores: define-se como o ato de "espionar na internet antigos amigos, colegas e namorados".
Cibercondria: você está com dor de cabeça e uma erupção diferente ao mesmo tempo? Uma exaustiva pesquisa on-line diz que você pode estar com câncer.
Fotobisbilhotice: ato de vasculhar o álbum de fotos de alguém que nunca viu na vida.
Wikipedimania: excessiva dedicação a contribuir com a enciclopédia online colaborativa Wikipédia. A Wikipédia tem inclusive uma página onde o usuário pode verificar se já está viciado: http://en.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Are-You-a-Wikipediholic-Test.
Chicletepod: baixar uma canção "tão chiclete que seria possível envolvê-la em plástico e vendê-la numa loja de conveniência". As vítimas desta síndrome são especialmente vulneráveis aos maiores sucessos do soft-rock dos anos 1970.
Há alguns vícios bem bizarros, como os que seguem:
Tanorexia: vício em bronzeamento;
Nomophobia: medo de estar fora do alcance do celular;
Vício em branqueamento de dentes: exigência imposta pelos estereótipos modernos de beleza indicando a necessidade de dentes absolutamente brancos, praticamente azuis;
Vício em cirurgias estéticas (exemplo de Mickael Jackson);
Vigorexia: vício em exercícios físicos para ter músculos grandes.
O estudo dessa lição, portanto, é essencial. Só por um milagre você não seria viciado em ao menos uma ou duas coisas. E se não for, graças a DEUS, pois outro poder não há para livrar de tantas possibilidades. Esse estudo servirá para qualificá-lo na ajuda a outros, dependentes e escravos de satanás.


  1. Primeiro dia: Bebidas alcoólicas
A bebida alcoólica é perfeita para satanás dominar a sociedade. Ele vai conquistando as pessoas com pequenas doses, chamadas beber socialmente, ou com moderação. Mas esse é o início da história, pois em muitas pessoas ela segue adiante. Não são poucas as pessoas que se tornam alcoólatras, dependentes de álcool. E também não é desprezível o número daquelas pessoas que chegaram ao extremo, isto é, que irão beber até morrer, pois não podem mais largar esse vício. Ao contrário do cigarro, a dependência de álcool é vitalícia. Quem quiser parar de beber álcool deverá manter-se longe dele enquanto viver. Mesmo décadas depois de ter parado de beber, se ingerir apenas um gole, irá continuar até cair no chão. Portanto, toda bebida alcoólica é uma poderosa arma à disposição de satanás para dominar as pessoas, que consegue fácil, pois por trás dela há uma indústria sedenta por dinheiro, pouco se importando com as consequências. E o homem pós-moderno, que quer viver o dia de hoje, quer prazer sem medir as consequências, é vítima preferencial do álcool.
O custo social do álcool na saúde é enorme. Por exemplo: baixo peso ao nascimento, câncer bucal e orofaríngeo, câncer esofágico, câncer hepático, depressão unipolar e outras desordens psiquiátricas relacionadas ao consumo do álcool, epilepsia, hipertensão arterial, isquemia miocárdica, doença cérebro-vascular, diabetes, cirrose hepática, acidentes com veículos e máquinas automotoras, quedas, intoxicações, danos auto-infligidos e homicídios. Para aqueles países com economias de mercado de pobreza intermediária, entre os quais o Brasil, o álcool é o mais importante fator causal de doença e morte, podendo o impacto deletério total, dentro de uma escala percentual, ser considerado em patamares situados entre valores que variam de 8% até 14,9% do total de problemas de saúde dessas nações. O Brasil, portanto, tem no consumo do álcool o responsável por mais de 10% de seus problemas totais de saúde. Dentre os principais problemas de saúde pública no Brasil da atualidade, o mais grave é o consumo de álcool, posto ser este o fator determinante de mais de 10% de toda a morbidade e mortalidade ocorrida neste país. Fonte:
O Brasil está na faixa mais alta de consumo de álcool, por tanto, um dos países onde mais é ingerido. Por isso, aqui mais de 8% das mortes totais e mais de 50% das mortes no trânsito são causadas pelo álcool. Mas não temos pesquisas suficientes para expor melhor o problema, portanto, há muita subjetividade do tipo “eu acho”, como: “: o que pode haver de mal em beber? Todo mundo bebe um pouquinho.”
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) traz um dado positivo: 48 % dos brasileiros não bebem (um bom percentual). Na Europa apenas 10% não bebem álcool. Mas a descoberta negativa é que 24% dos brasileiros bebem excessivamente. Esse grupo consome mais de 80% de todo o álcool e é responsável pelo custo social que decorre desse hábito. E mais de 70% desse consumo é por meio da cerveja. O consumo de álcool, que aumenta todos os anos, já chama a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estuda criar medidas como as do combate ao tabaco. E já tem recomenda-ções nesse sentido, mas no Brasil o ministério da saúde até hoje nada fez. A nossa lei seca para o trânsito é letra morta, um fracasso, e muitas mortes. (Fonte dessas informações:
Algumas estatísticas assustadoras em relação ao consumo de álcool:
ð  cerca de 15% a 66% de todos os homicídios e agressões envolveu álcool;
ð  álcool está presente em até 50% dos casos de estupro;
ð  no Brasil, 52% da violência doméstica estavam ligados ao álcool;
ð  no mínimo 2,3 milhões de pessoas morrem por ano no mundo devido a problemas relacionados ao álcool;
ð  no Rio de Janeiro os acidentes de trânsito com vítimas fatais chegam a incrível marca de 75%, segundo a FAPESP, e em São Paulo esse índice é de 42,7% segundo a Folha de São Paulo – esse percentual varia segundo a região;
ð  segundo o Ministério da Saúde, 12,3% dos brasileiros são dependentes de bebida alcoólica, contra 9% de tabaco e 1% de maconha;
ð  os pesquisadores da UNICAMP alertam para os malefícios para a saúde do indivíduo em caso de uso prolongado de bebida alcoólica: cirrose hepática; dependência de álcool; doenças cerebrovasculares; neoplasias de lábio, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e fígado; gastrite; varizes esofagianas; pancreatites aguda ou crônica; diabetes mellitus; tuberculose; pneumonia e influenza; risco de coma alcoólico; Síndrome de Abstinência Alcoólica; Síndrome de Wernicke-Korsakoff. O abuso de álcool determina mortalidade precoce. Na Suécia, perto de 25% dos óbitos de menores de 50 anos foram atribuídos ao álcool.
Fonte: http://www.umavisaodomundo.com/2008/06/maleficios-causados-excesso-alcool.html
Nós, que somos o povo de DEUS, temos o dever de dar bom testemunho ao mundo dependente do álcool, portanto, escravo de algo tão nocivo. O mundo ficou cego. Aquilo que é mau acha bom e imprescindível, e aquilo que é bom, detesta. O estilo de vida saudável que nos é recomendado pelo Espírito de Profecia, que alguns de nós segue, deve (ou deveria) ser um destaque na mídia global. Os jornais, as revistas, a televisão deveria ter motivos para estar sempre de olho no povo de DEUS, pela diferença na qualidade de vida, por ser um povo feliz e por ter um exemplo de vida a ser seguido. Essa, no entanto, não é a realidade em geral, não sejamos hipócritas. Falta muito entre o povo de DEUS para sermos exemplo a ser seguido. Não basta na média sermos apenas um pouco melhores que o mundo. E a saúde é para ser o braço direito da proclamação do Alto Clamor, segundo Ellen G. White. E ela será. Muitos já estão fazendo a reforma em sua saúde. Há um programa de 40 madrugadas muito importante a esse respeito. Ele não deve ser apenas lido e esquecido; ele deve resultar em ações práticas de mudança no estilo de vida. Estes que o fizerem certamente serão instrumentos nas mãos de DEUS, durante o Alto Clamor, que se aproxima.

  1. Segunda: Vício de sexo
Além da bebida, satanás tem muitas outras poderosas armas para escravizar as pessoas. Uma outra maneira é por meio do sexo. DEUS nos criou homem e mulher. Deve-se casar e se tornar uma só carne, ou seja, tão unidos pelo amor que, em sua intimidade, podiam ser capazes, não de criar vida como DEUS faz, mas de gerar vida. A intimidade sexual é a segunda maneira em que mais nos aproximamos de DEUS; óbvio, quando é puro. Por ela somos capazes de trazer uma nova vida ao mundo. É a possibilidade mais íntima possível entre seres humanos, e é pelo poderoso amor de DEUS. A mais íntima possível, a primeira, é o sábado, quando nesse dia nos desligamos de tudo o mais e nos ligamos a DEUS.
Em nosso lar é bonito. Aos poucos dividimos as tarefas. Como sou professor em uma Universidade, e leciono para curso de Administração, estudo muito, e tenho pouco tempo para questões burocráticas da vida. E nem gosto delas. A minha esposa gosta, portanto, os pagamentos e assuntos bancários, é tudo com ela. Temos as nossas contas bancárias em conjunto, aliás, tudo é em conjunto. Confiamos um no outro, e vivemos felizes assim. Cada um faz o que gosta, e no somatório, tudo é feito com prazer. Já estamos casados há 32 anos, e cada vez nos sentimos mais unidos. O momento mais prazeroso é a sexta-feira à noite, isso quando estou em casa, pois viajo muito para dar palestras sobre profecia aplicada. A tal ponto somos íntimos que, se DEUS nos castigar determinando que devemos ficar juntos sem mesmo sermos fisicamente transformados, só no intelecto, e termos a vida eterna, passaríamos a eternidade agradecendo pelo castigo. DEUS jamais conseguiria nos castigar dessa maneira, pois seria recebido como uma bênção. Agora, imagine, como nós ficaremos felizes um com o outro, quando formos por completo transformados!
DEUS tinha razão quando disse por meio de seu escritos: “Alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Prov. 5:18). Isso é verdade. Há 32 anos que estamos fortalecendo a nossa dependência um do outro, e aumentando a nossa felicidade. Reconhecemos que isso vem de DEUS; Ele sabe o que faz. Lembro bem que, quando ainda solteiro, orava para que DEUS escolhesse a minha esposa. E assim foi. Tive apenas uma namorada, essa com quem casei. Periodicamente paro para pensar como DEUS nunca erra. O casamento não é algo que possa ser tratado com leviandade, não é uma escolha que podemos fazer por impulso ou sem sabedoria. DEUS tem que fazer parte, daí não há como dar errado. O meu grande desejo é viver com a minha esposa por toda a eternidade, mesmo que ali sejamos anjos.
Mas no mundo não é assim. Cada vez mais a ênfase é no sexo livre e sem compromisso. Há em muitas pessoas uma compulsão por sexo, incentivada por filmes pornográficos, revistas e sites da internet, medicamentos para aumentar o prazer sexual, uma quantidade de produtos e artigos de vestuário para o mesmo fim, e muito mais. Tudo com dois objetivos: uns querem ganhar dinheiro com isso, outros querem prazer sem compromisso. Os dois estão voltados para o “eu”: uns para ter mais, outros para ser mais. “A compulsão sexual é uma dependência”, define o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, coordenador do Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico, do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp. "O 'vício' em sexo é uma variante daquele em drogas ou em jogo; o funcionamento é o mesmo, afirma. Para o psiquiatra, o sexo patológico é diagnosticado quando a pessoa perde a liberdade por não conseguir controlar os seus impulsos” (http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI156741-EI1517,00.html). Aliás, os jornais de qualquer tipo estão repletos de notícias em que alguém mata o parceiro, por ciúmes. E o que dizer da pedofilia? Dias atrás, em nossa cidade, um pai abusou sexualmente de sua filha de 30 dias. Esse é um mundo pornográfico, que impulsiona a esse tipo de comportamento.
O nosso melhor exemplo humano para nos precavermos contra esse tipo de vício é José, aquele do Egito. Ou seja, evite a primeira vez, pois, se experimentar algo errado, vai querer mais, e já se tornou dependente. Do mesmo endereço acima, vamos transcrever o relato como uma jovem senhora se tornou dependente de sexo, mesmo sendo casada. Perceba o seguinte: tudo começa por apenas uma idéia acariciada, que parece atraente e inocente. Do mesmo modo também Lúcifer caiu, com uma idéia de ser como DEUS, que foi cultivada até que se tornou uma obsessão, ficou dependente dela, e fez o que sabemos. O nome da mulher foi alterado.
“A advogada Ângela, de 37 anos, começou as suas "escapadas" via internet. "Depois do trabalho, entrava em bate-papos por distração", conta. Com o tempo, passou a marcar encontros com os homens que conhecia on-line. "No começo, levava um tempo para me acertar com eles, até ir para a cama. Só que esse tempo foi diminuindo e passei a marcar encontros só para sexo fácil, rápido, sem vínculos ou armadilhas", relata a advogada. As "escapadas", como diz, que ocorriam uma ou duas vezes por semana, começaram a atropelar a sua vida. "Para uma pessoa que é casada, trabalha, tem responsabilidade e rotina, dedicar-se a isso exige um esforço significativo. Perdia noites de sono na internet, à busca de pessoas disponíveis, desmarcava compromissos e sem querer afastei-me do meu marido e da minha vida. Eu considerava que tinha um casamento bacana, uma vida sexual legal com o meu marido, mas, mesmo assim, tinha outra vida, cheia de riscos", declara.”
Deu para entender? Essa mulher não queria trair seu marido, estava satisfeita com ele, porém, ela só queria “se distrair”, e levada pela curiosidade, foi cada vez mais longe. Satanás é astuto; ele pega a pessoa por algo quase insignificante, quase inocente, como um bate-papo na internet. É só um bate-papo com outra pessoa cujas intenções não conhecemos. E vai avançando até que não haja mais retorno. E nesse assunto, de sexo, o afastamento pode ser para uma distância que a pessoa nem queira mais retornar. A todos nós, o exemplo de vida é José. Não deixe sequer que um pensamento imoral se prolongue em sua mente.

  1. Terça: Jogo
Há uma avalanche de oportunidades de jogo à disposição nesses dias finais. No Brasil, que saiba, em loterias há pelo menos sete: Loteria, Loteca, MegaSena, LotoMania, LotoFácil, DuplaSena, Quina. Essas que encontrei na internet. Mas há ainda os caça-níqueis e cassinos, proibidos em nosso país. Há outros jogos que envolvem apostas, como os bingos, jogo do bicho, rifas, ação entre amigos, boliche, corridas de automóveis, rinhas de galo e outras, corridas de cavalos, etc., tudo incluindo apostas para ganhar mais. O alerta que se deve dar nesse estudo da lição não é só contra o jogo que nós, do povo de DEUS, geralmente não participamos, mas daquelas modalidades que muitos, inocentemente, participam. Deixou para Ellen G. White alertar sobre algo que havia naqueles tempos, e que ainda ocorre hoje:
“Vemos as igrejas dos nossos dias incentivando festejos, glutonaria e dissipação por meio de ceias, quermesses, danças e festivais realizados com o fim de ajuntar meios para a tesouraria da igreja. Eis um método inventado por mentes carnais para conseguir recursos sem sacrifício. ...
“Tal exemplo faz certa impressão na mente da juventude. Notam que os bingos, quermesses e jogos são aceitos pela igreja, e pensam haver algo fascinante nessa maneira de obter recursos. O jovem está rodeado de tentações. Entra na pista de boliche, no salão de jogo, para ver o esporte. Vê que o dinheiro é embolsado pelo que ganha. Isso parece tentador. Parece um modo mais fácil de obter dinheiro que pelo trabalho árduo, que requer perseverante energia e economia estrita. Imagina não haver nisso nenhum mal, pois se tem recorrido a jogos semelhantes visando a obter recursos em benefício da igreja. Então, por que não deveria ele ajudar a si mesmo dessa maneira?
“Dispõe de uns poucos meios que aventura investir, pensando que eles podem trazer uma boa quantia. Quer ganhe ou perca, está na estrada descendente que conduz à ruína. Mas foi o exemplo da igreja que o levou ao caminho falso” (Conselhos sobre Mordomia, 201).
A Bíblia não condena nem aprova, diz o redator da lição. Não posso partilhar desse pensamento, pois é o contrário. Assim como nada consta na Bíblia sobre usar crack, sabemos que devemos evitar pois consta na Bíblia que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, e que devemos preservar a sua saúde. Do mesmo modo a Bíblia é farta em princípios de vida quanto a como obter o sustento e até como enriquecer, que é sempre pelo trabalho, nunca por meio da chamada sorte. Portanto, a Bíblia não contém todas as proibições nem todas as coisas lícitas, mas nos apresenta suficientes princípios de vida para sabermos distinguir o que convém do que não convém. Isso se chama sabedoria espiritual. E nós, do povo de DEUS, devemos possuir essa sabedoria, aplicá-la em nossa vida e ensiná-la a outros, principalmente pelo exemplo prático.

  1. Quarta: O amor do dinheiro
Numa das crises econômicas em que as ações das bolsas de valores caem muito, um empresário inglês perdeu, em um dia, US$500 milhões. Ele não suportou o volume dessa perda, e se suicidou. Duas semanas depois a bolsa se havia recuperado, mas o homem não ressuscitou mesmo assim. Tivesse esperado uns dias, teria aquele dinheiro de volta, mas por amar demais as riquezas, precipitou-se e perdeu tudo.
O deus desse mundo é o amor ao dinheiro. É por meio desse deus que satanás está unindo as igrejas. A idéia é salvar o mundo de sua tendência catastrófica para viabilizar a globalização dos negócios em um ambiente de paz e segurança. Assim ele consegue apoio dos gananciosos para a santificação do domingo. Disso estão participando desde políticos a empresários, incluindo muitos religiosos, cientistas e outras pessoas influentes. Todo o esquema da unidade das religiões e filosofias do mundo está em torno dessa idéia: garantir as condições para que se possa continuar negociando nesse terceiro milênio e ganhar muito dinheiro.
O amor ao dinheiro chama-se ganância. E as últimas crises econômicas, para quem entende do assunto, deixam bem claro que têm sido motivadas, em grande parte, pela ganância. A crise de 2008, que já passou, fez quebrar alguns grandes bancos porque milhões de famílias americanas resolveram negar os princípios de seus ancestrais, pelos quais esse país se tornou uma grande e poderosa nação, e gastaram mais que ganhavam. E os bancos, também gananciosos, emprestaram muitas vezes sem garantia real de pagamento. A gastança estimulou o mercado global, e outros países, principalmente a China, venderam para os consumidores americanos, que depois, de tão endividados, não conseguiram pagar as prestações de aquisições de grande valor, como apartamentos e casas. Os bancos que fizeram esses empréstimos não receberam o dinheiro de volta, e o volume era tão alto que os acionistas resolveram se desfazer das ações desses bancos, que, por sua vez, já haviam vendido as hipotecas a outros bancos da Europa e da Ásia. Para evitar uma quebradeira global e uma depressão econômica (crise aguda com muito desemprego e fome), os governos gastaram quase US$12 trilhões. Agora o que acontece no mundo são governos de países ricos endividados, por essa causa e mais outras, como a guerra e os gastos inúteis. A situação financeira no mundo está bem ruim, embora não perceba quem não estiver atento. O desfecho, como o decreto dominical, virá em meio a um cenário de grave crise econômica, certamente uma depressão. E essa crise se desencadeará por causa do incontrolável amor ao dinheiro, seja por parte das pessoas, seja por parte das empresas e corporações, seja também por parte dos governos. Essa é uma via a evitar por parte daqueles que honestamente desejam ser salvos.

  1. Quinta: Imagem pessoal
O autor hoje foi muito feliz em seu texto. Em poucas palavras disse o essencial. Creio que esse é um tema que nesses últimos 20 anos quase já não se trata mais na igreja. Afinal, como um ministro irá abordar o assunto se a esposa de seu presidente se pinta, ou se a sua própria esposa se pinta, e a cada pouco, à moda dos camaleões, aparece diferente na igreja? Eis o início da situação. Se líderes caem na armadilha da beleza artificial, o que se poderia esperar dos demais membros, menos instruídos?
Na Bíblia encontramos as orientações de simplicidade e humildade. No Espírito de Profecia também. É fácil descobrir tais orientações. Mas o poder da indústria da beleza, por meio da propaganda é imenso, e as pessoas se moldam para outro tipo de beleza, não a natural, mas a artificial, que foca para o “eu”. Assim transformam seu corpo em ídolo. A sucessão da beleza artificial em nosso meio foi mais ou menos assim: Primeiro, algumas mulheres foram pintando o cabelo (hoje isso é visto como normal, mesmo nas cores mais radicais e chamativas). Depois algumas foram pintando as unhas ou em torno dos olhos. Então vieram os cosméticos para a face, seguidos por um conjunto de outros esquemas mais recentes, tais como botox, cirurgias plásticas, infiltrações, silicone, próteses, lipoaspiração, etc. Vamos dar um desconto para os casos de correções por acidentes e cirurgias, quando o bom senso requer. Mas agora, tal como as mulheres, os homens, em nossa igreja, também já passaram a alimentar a indústria da vaidade, que foca no “eu”. E alguns dizem: “eu me sinto bem assim, portanto, não vejo mal algum”.
Pois bem, cada um faça o que desejar, é livre para isso. Em nossa casa, porém, temos estudado o assunto fundamentado na Bíblia e nos escritos de EGW (que poucos ainda aceitam, mesmo aqui no Brasil), e seguimos as orientações que nos preparam para sermos cidadãos do reino celeste. Nele se vive modestamente, porque lá, qualquer coisa que se fizesse para melhorar a aparência, só pioraria flagrantemente. Aliás, aqui na Terra também é assim (exceção para os casos de deformação física, que requerem as devidas correções óbvias). Como esposo, consagrado a ancião há algumas décadas, sinto a responsabilidade diante de DEUS de, junto com a esposa, dar bom testemunho aos demais membros. Jamais exigi de minha esposa que ela se produzisse. Não quero uma esposa parecida com as mulheres da televisão, quero uma mulher autêntica, e jamais farei algo para ela perder a vida eterna (e se fizesse, perderia a minha vida também), mas tenho feito algo para ela se salvar. Não consigo imaginar como ela poderia ser mais bela do que é do modo como DEUS a criou. Sejamos sinceros: por exemplo, existe no mercado alguma tinta que seja mais bonita que as cores de cabelo que temos ao natural? Temos buscado melhorar nosso estilo de alimentação? Isso sim, produz beleza, principalmente na pele. Com uma certa satisfação, a aparência de minha esposa é no mínimo uns dez anos mais nova que as mulheres que usam de recursos artificiais. E é isso que vale: a beleza natural, que vem de seguir as orientações que DEUS nos deu. DEUS ama o belo, e quer que sejamos bonitos, em especial as mulheres, feitas para serem lindas. Mas Ele, como também todo homem verdadeiramente convertido, ama só o belo natural, não o artificial que muitas vezes deixa feio e até deforma as medidas naturais. Você pode ter em sua casa um elegante pote de flores artificiais, mas elas nunca irão competir com as naturais, que são vivas. Nunca! Esse é o ponto em que nós, adventistas, deveríamos ser mais criativos, e não tão copiadores do que o mundo considera belo. Por quê perdemos a originalidade e a criatividade? Por que razão temos que viver ao sabor dos critérios do mundo? Onde está a nossa competência intelectual que DEUS nos deu, e que Ele quer dirigir? Poucos entre nosso meio têm condições de darem respostas corretas a essas questões. Como é no mundo, muitos de nós estão focando no “eu”, não em DEUS.
No grupo que frequento uma senhora tem cabelo quase branco, e é natural. Dentre todas de sua faixa de idade, o cabelo dela é o mais bonito. As outras, que pintam, tem todas uma cor de mau gosto. Mas como a propaganda disse que assim é bonito, então vale o que disse essa propaganda. DEUS, porém, acha bonito as cãs (Provérbios 20:29), quando vierem (em mim já vieram, e gosto assim, minha esposa também). Então, se Ele acha bonito, quem é a indústria da pintura do cabelo para dizer: é feio?
Vou passar adiante a receita que ouvi de um pastor nosso, já jubilado, de como ele, e principalmente a sua esposa fazem para manterem a beleza adequada à idade. Tomam com frequência sucos, em especial de cenoura, que é bom para a pele (e uma pele bonita faz diferença...). São vegetarianos e se alimentam de forma equilibrada, pois uma boa saúde garante a beleza em todo o corpo. Eles também cultivam a beleza interior (não estou falando do que se vê numa endoscopia), ou seja, estão de bem com DEUS e com a vida; portanto, vivem felizes, costumam rir muito, o que gera no corpo uma química altamente favorável à beleza natural, sempre superior à artificial, impossível de ser imitada. Cuidam bem das horas de sono e do equilíbrio nas tarefas diárias. E em especial, amam-se mutuamente, amam o próximo e amam a DEUS. E ninguém imagina a verdadeira idade que eles têm - bem mais que a aparência. Ou seja, aparentam entre 10 a 15 anos menos que o real.
Ficam umas perguntas: por quê não podemos nós, povo de DEUS, ser originais? Por quê temos tanta atração pelo que o mundo diz ser bom ou ser bonito? Por quê temos que copiar dos que vão se perdendo?
Em nossa casa, não iremos arriscar a vida eterna por tão pouco. Aqui, essa vida vale nada diante da eternidade, que, sinceramente, se formos inteligentes, não arriscaremos a eternidade pelo pouco daqui, que, além de tudo, nem é bonito.
Aqui vai um desafio: torne-se uma pessoa a cultivar a beleza natural, aquela que DEUS aprova, e depois me conte, se a vida não é bem superior, se a consciência que está em paz com DEUS, produz ou não uma felicidade interior que até é difícil de explicar. Só sabem aqueles que assim vivem.
Mas, enfim, quem não concordar com essa análise, continuemos amigos, até o dia em que nos separarmos para sempre.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Muito bem escolhida a citação de EGW, para a conclusão desse estudo. Em resumo, aquilo que somos no interior, demonstramos no exterior, pode ser em palavras, em atos, na aparência, no vestir, na alimentação, no que fazemos nas horas de folga, no tipo de conversa que sustentamos, nas amizades, nos locais que frequentamos, e assim, em tudo. É simples de entender: são os nossos desejos íntimos que formam os nossos hábitos, e estes determinam o que iremos escolher. Portanto, o nosso exterior serve para nós mesmos descobrirmos o que tem valor em nosso interior, e se há a necessidade de alguma reforma. Provavelmente sim.
O assunto dessa semana tem muito a ver com o “eu”. Podemos refletir sobre como JESUS, o nosso exemplo superior, tratava da questão do “eu”, na passagem sobre esse assunto:
         Jesus, o divino Mestre, sempre exaltou o nome de Seu Pai celestial. Ele ensinou Seus discípulos a orar: "Pai nosso que estás nos Céus, santificado seja o Teu nome." Mat. 6:9. E eles não deviam esquecer de reconhecer: Tua é "a glória". Mat. 6:13. Tão cuidadoso foi o grande Médico em desviar a atenção de Si mesmo para a Fonte de Seu poder, que a maravilhada multidão "vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver", não O glorificavam a Ele, mas "glorificavam o Deus de Israel". Mat. 15:31. Na maravilhosa oração que fez pouco antes de Sua crucifixão, Cristo declarou: "Eu glorifiquei-Te na Terra". "Glorifica a Teu Filho", suplicou, "para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti". "Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu Te conheci; e estes conheceram que Tu Me enviaste a Mim. E Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja." João 17:1, 4, 25 e 26” (Profetas e reis, 69, grifos acrescentados).

            Obs.: Sobre essa lição, podem encontrar material anexo no site, para obtê-los, veja onde está Anexo 01; 02 e 03.



escrito entre 13/01 e 01/02/2011
revisado em 02/02/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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