sábado, 14 de maio de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 8 - 2º Trim. 2011

Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Segundo Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Vestes da Graça
Estudo nº 08 – Vestes de Esplendor
Semana de 07 a 14 de maio
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu DEUS! Pois Ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça, qual noivo que adorna a cabeça como um sacerdote, qual noiva que se enfeita com jóias” (Isaías 61:10).

Introdução de sábado à tarde
Isaías atuou num tempo espiritual e politicamente muito turbulento. Ele trabalhava no reino do sul, Judá. Em seu tempo foi que o reino do norte, Israel, capitulou diante dos Assírios. Em Israel o profeta era Oséias, que tentou, em vão, fazer aquele povo entender o quanto DEUS os amava, e os queria de volta. Antes dele, Amós, o camponês, advertia e denunciava o reino de Israel. Mas não deram ouvidos a nenhum dos dois. No sul, em Judá, Isaías fazia o mesmo. Era o tempo dos reis Uzias (ou Azarias), Joatão (ou Jotão), Acaz e Ezequias. Paralelamente a Isaías, em Judá também atuava o profeta Miquéias, denunciando Samaria e Jerusalém. Isso foi mais ou menos entre os anos 750 e 700 aC. Foi nos últimos anos de Isaías e de Miquéias, e do rei judeu Ezequias que Senaqueribe, imperador assírio, cercou Jerusalém, quando o rei se humilhou perante DEUS, e foi salvo com seu povo. O comandante assírio zombou do DEUS de Israel, o anjo do Senhor saiu numa noite e matou, dentre os assírios, 185 mil soldados, e Senaqueribe foi embora com os que sobraram (2 Reis 19:35).
É de se lembrar que, antes de Isaías, Elias combateu fortemente, em Israel, as ações idólatras da rainha Jezabel com seu marido Acabe, no reino do Norte. Esses dois afundaram esse reino na idolatria. Eles tiveram uma filha, Atalia, que se tornou tão ou mais idólatra que sua mãe. Ela casou-se com Jeorão, rei de Judá, filho de Josafá. Ela quase exterminou a dinastia de Judá quando mandou matar todos os descendentes reais, menos um, que uma empregada conseguiu esconder sendo ele ainda bebê. Ele foi o rei Joás, um rei reformador em Judá, isso antes que viesse o profeta Isaías. Outra coisa, antes de Joás governar, aos 7 anos de idade, a própria Atalia governava Judá. Ela era uma agente do demônio dominando sobre o povo de DEUS. Depois desses fatos, passando-se quase um século das ações da má Atalia, é que Isaías apareceria em cena. Então tente imaginar a herança do povo de DEUS em meio a esses anteriores maus líderes políticos que levavam a nação para os caminhos de satanás.
Por essas poucas informações dá para ter uma ideia do quanto foi conturbado o tempo de Isaías. O reino de Israel se corrompeu tanto que foi desmantelado pelos assírios, e o de Judá ia pelo mesmo caminho, e seria, mais tarde, uns 200 anos depois, derrotado pelos babilônios, durante o tempo do profeta Jeremias. Depois de Jeremias, já no exílio, entraria em ação o profeta e estadista Daniel e o profeta Ezequiel. Os últimos profetas seriam Ageu, Zacarias e bem depois, Malaquias. No tempo desses, os judeus estavam, aos poucos, retornando do exílio. Esse retorno iniciaria no finalzinho dos dias de Daniel, que foi levado a Babilônia e viu a queda desse império, alcançando ainda o tempo de Zorobabel comandar o retorno dos primeiros judeus à Jerusalém.
Esses todos foram profetas reformadores. Vieram depois de Elias, o primeiro dos grandes reformadores no povo de DEUS. Esse Elias e depois Eliseu, viveram em torno de uns 100 anos antes de Isaías.


  1. Primeiro dia: Não tragam mais sacrifícios inúteis
O povo de DEUS, os de Judá, achavam-se nos dias de Isaías, em situação parecida com a nossa de hoje. Eles estavam por ser sacudidos fortemente pelo Império Babilônico. Estavam indo em direção à perda da soberania nacional e da perda do templo, onde ainda adoravam. Eles se tornaram fortemente reprováveis. Que paralelo podemos traçar do texto escrito por Isaías para eles, que também serve para nós! Eles se envolveram, além da idolatria, também no mundanismo da época. Que tal parafrasear Isaías 3:16 a 23, para os nossos dias? Vamos fazê-lo, e ver no que vai dar.
Diz ainda mais o Senhor: Visto que são vaidosas as filhas da igreja, e andam de pescoço empinado, de olhares sedutores, andam a passos curtos, como desfilando numa passarela, mostrando os saltos exageradamente altos, o Senhor fará nojenta a cabeça das filhas da igreja, o Senhor porá a descoberto as suas vergonhas.
Naquele dia [o dia da sacudidura final] tirará o Senhor os enfeites dos anéis dos dedos, os brincos e argolas dos braços, e os chapéus extravagantes, o vestuário e as correntinhas, as jóias, as cintas baixas demais e os caros perfumes, os piercings, as tatuagens, os brincos, os silicones (não corretivos), os cabelos, unhas, lábios e olhos pintados, os vestidos caros e sensuais (apertados e muitas vezes transparentes), mantos e bolsas de marcas ostensivas que chamam atenção ao “eu”, as pastas com todo tipo de material de enfeites (Isaías 3:16 a 23, parafraseado para os dias atuais).
DEUS se cansou do culto formal deles. É um culto de rotina, não de conversão e de louvor. É um culto de orgulho, quase nunca se assiste à Escola Sabatina; é um culto social para ouvir um pregador que pregue bem, apenas isso.
DEUS chegou a dizer: “estou farto dos holocaustos...” “Não posso suportar a iniquidade associada ao ajuntamento solene”. Hoje seria: não posso suportar os cultos barulhentos oferecidos por pessoas que nada querem saber de conversão, mas que gostam de se exibir nos grandes congressos poluídos de som mundano. E DEUS já nem ouvia mais as orações deles, mas Ele enfatizou, “se quiserdes, e me ouvirdes, comereis do melhor desta terra”. DEUS ainda ama o Seu povo rebelde e indiferente à Sua vontade.
Ele, DEUS, denunciou pelo profeta os líderes da nação, como príncipes rebeldes, ladrões, que amam o suborno e a recompensa, idólatras, orgulhosos, altivos e arrogantes. E disse “ai dos que reúnem casa a casa e campo a campo, até que não haja mais lugar e ficam como únicos moradores no meio da Terra.” “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem chamam mal...”. Tudo isso está no capítulo 3 de Isaías, cuja leitura é fortemente recomendada.
Em nossos dias, o poder da riqueza, mais que em todos os tempos, se tornou um ídolo poderoso. Nada há de errado em ser rico, ou muito rico, não é essa a questão. Mas correr a todo custo atrás da riqueza, e de suas benesses, é a isso que DEUS Se refere. Então, mesmo alguém bem pobrezinho, mas que passa o tempo sentindo o desejo de ter mais, um desejo doentio, esse também está querendo acumular “casa a casa” e “campo a campo”, mesmo só na imaginação. Para hoje DEUS talvez também dissesse: ai de vocês, que jogam nas loterias querendo ganhar de maneira fácil, e enriquecer às custas dos outros. E talvez Ele ainda dissesse: ai dos que, com pouco ou com muito dinheiro, fazem tudo para chamar a atenção a si mesmos, e buscam tornar-se o centro dos olhares dos demais.
Essas advertências escritas por Isaías ecoam a nós, nos dias de hoje. De nada adianta estudar essa lição e não entender o que ela diz à nossa realidade como povo de DEUS. Será que nós, o último povo de DEUS, estamos dando um testemunho verdadeiro, como seguidores de JESUS? Será? Todos não, alguns sim.

  1. Segunda: Lábios impuros
Hoje estudaremos o chamado de Isaías. Ele era provavelmente um rapaz, talvez saindo da adolescência, pois seu trabalho foi longo, de muitos anos. E DEUS costuma chamar adolescentes para profetas, ou até mesmo crianças, que são mais puras que os adultos.
Isaías encontrava-se numa visão. Em visão, uma pessoa percebe tudo como sendo absolutamente real. Ele viu-se como próximo ao trono de DEUS. Ele viu DEUS. Viu as vestes de DEUS, o Seu trono, Sua nobreza. Viu os serafins com suas asas. Com duas eles cobriam o rosto diante da majestade do santo DEUS. Com outras duas cobriam os pés, e com duas voavam. Era uma atitude de respeito a DEUS, seu Criador. Quem sabe devemos aprender aqui lições de respeito dentro da igreja, não importando o horário em que entremos ali. Mas especialmente durante qualquer cerimônia.
Vendo a infinita santidade do Criador, ele sentiu o contraste com a sua própria situação de pecador. Então exclamou, assustado, dizendo: “Ai de mim, estou perdido, porque sou homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isa. 6:5).
Ele confessou sua situação de pecador. De imediato, um anjo, tomou uma brasa com uma tenaz, e com ela tocou os lábios de Isaías. Com isso aqueles pecados que o atemorizavam, que havia confessado, dos quais se arrependera, foram tirados e Isaías agora estava purificado. Ele não era mais impuro.
Então, o próprio Senhor falou, e fez uma pergunta: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?” E Isaías, agora purificado, logo respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Isa. 6:8).
Com isso aprendemos que devemos nos aproximar de DEUS, confessar e ser perdoados. Depois, de imediato, estaremos prontos a ir em direção dos outros, aqueles descritos por Isaías como povo de impuros lábios, para levá-los a uma mudança de vida, de afastamento da impureza para a vida eterna.
Perdoados, cheios do ESPÍRITO SANTO, poderosos em DEUS, então iremos como jamais se pôde imaginar, em busca de pessoas que ainda permanecem no pecado.
“Quando a alma se rende inteiramente a ‘CRISTO’, novo poder toma posse do coração. Opera-se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana. A alma se rende a ‘CRISTO’, torna-se Sua fortaleza, mantida por Ele num revoltoso mundo... Uma alma assim guardada pelos seres celestes, é inexpugnável aos assaltos de Satanás.” (O Desejado de Todas as Nações, 324).   “Quando pedis as bênçãos de que necessitais a fim de aperfeiçoar um caráter segundo a imagem de CRISTO’, o SENHOR vos garante que pedis em harmonia com uma promessa que se cumprirá.” (O Maior Discurso de CRISTO, 130).   “...a palavra de ‘DEUS’, que é uma folha da árvore da vida para a saúde das nações.” (3 Testemunhos  Seletos, 219, grifos acrescentados).
Os defensores desta foram compelidos à Sagrada Escritura para defender a validade do quarto mandamento. Homens humildes, armados unicamente com a Palavra da verdade, resistiram aos ataques de homens de saber, que, com surpresa e ira, perceberam a ineficácia de seus eloquentes sofismas contra o raciocínio simples, direto, daqueles que eram versados nas Escrituras ao invés de sê-lo nas subtilezas filosóficas.” (O Grande Conflito, 455, grifos acrescentados).

  1. Terça: Vestes que não duram
Parece que faz tão pouco tempo que eu era menino! E agora já estou passando dos 60 anos. Lembro bem dos tempos de criança. Aos 5 anos ensinei meu irmão a andar. Segurava-o pelos braços, para que não caísse. Agora, mais 20 ou 30 anos, e lá vamos nós, para onde todos vão. Talvez não, pois temos a convicção de que JESUS volta antes de envelhecermos demais.
O que são 80 ou 90 anos de vida? Em relação à eternidade, não são nada, ou, quase nada. É uma fração de tempo diante da eternidade. Tente dividir a nossa idade média de 67 anos, por exemplo, pelos 6 mil anos de criação, que ainda é um número pequeno em relação a eternidade. Isso dá uma vida de 1,1% da idade da criação na Terra. Veja só outro exemplo, em relação à idade que alcançou Adão. Isso dá 7,4%, ou seja, nós, hoje em dia, vivemos em média 7,4% do que viveu nosso primeiro pai. Vivemos pouco, não é mesmo?
A Terra também está envelhecendo. Depois que o pecado entrou no mundo, pela separação do homem de DEUS, a Terra também ficou separada do Criador. E pela maldade do homem, a Terra acelera cada vez mais esse envelhecimento. Hoje vivemos num planeta instável, sem termos condições de saber onde e quando ocorrerá a próxima catástrofe. O planeta já não suporta mais a sua idade, nem a ação do ser humano.
Com o pecado o homem passa, até a Terra está passando, e a existência fica para trás. Nossos tataravós já dormem. Os bisavós, muitos também. Muitos não tem mais seus avós, e outros, nem mais os pais. Somos seres passageiros, duramos pouco.
Mas DEUS diz que Ele nem muda nem passa, vive eternamente e não necessita de outro para ser eterno. É dEle que vem a eternidade, ela está com Ele, DEUS é eterno em si. E quem está com ele pode viver para sempre. Esse é o motivo porque fazemos esses comentários – ajudar a muitos a irem para a vida eterna.
Assim como DEUS, a Sua justiça é eterna. Os seus princípios nunca mudam. Isso é assim porque DEUS, além de eterno, é também perfeito, e o que está nessa condição não necessita mudar. Se mudasse, o que é perfeito se tornaria imperfeito, o que aconteceu com Lúcifer. Mas DEUS nunca muda porque em Sua essência, no âmago de Seu ser, Ele é total e puro amor. E contém em si todo o poder existente, pois Ele pode tudo. Ele vem da eternidade, não sabemos como, e vai para a eternidade. E quem estiver com Ele, pode permanecer junto com DEUS (Ele pode estar em todos os lugares desse Universo) durante a eternidade. Para isso, temos que viver os mesmos princípios pelos quais Ele vive e faz todas as coisas. Temos que ter em nós o amor que Ele nos dá.
Para nos tornarmos eternos, como DEUS é eterno, só estando nEle. É a única alternativa de viver sempre. Para isso, temos que ser salvos da morte, e então permanecer com Ele. Enfim, viver sempre em plena felicidade, esse sempre foi o plano de DEUS, quando nos criou, desde a eternidade.



  1. Quarta: Vestes de esplendor
Se lermos o livro de Isaías, bem como o de Jeremias, veremos ameaças seguidas de mais ameaças. A nação mais ameaçada por DEUS é a do Seu povo. Curiosamente temos a propensão de atentarmos mais para as ameaças. Mas se tivermos um pouco de cuidado, veremos, sempre, após essas ameaças, convites de DEUS para Seu povo se arrepender. E se atentarmos mais um pouco, veremos também promessas de fartura, de vida abundante, de proteção, de eliminação dos inimigos, e por fim, de vida eterna.
Mas que coisa curiosa é essa: uma mistura de notícias ruins com notícias boas! Quem ler esse dois livros com atenção maior, vai perceber que DEUS quer evitar que aconteçam as ameaças, e que Ele faz questão de favorecer Seu povo, em sua vida.
Então cabe a pergunta: porque as muitas ameaças de DEUS? Ele quer evitar que o povo se perca para o mundo, e assim, morra para sempre. DEUS nos criou livres, e quer nos ver sempre livres. Mas como o Seu povo tende a fazer escolhas erradas, que causarão problemas a esse povo, DEUS avisa: isso não vai dar certo. Isso os levará a tais e tais problemas, e no final, sofrerão e morrerão. É o que nós entendemos por ameaças, mas na verdade, são advertências para que o pior não aconteça conosco.
Não devemos entender esses avisos como ameaças de DEUS, e sim, como advertências do que Ele quer evitar que aconteça com Seu povo. Na verdade, para DEUS até dói fazer essas advertências, mas melhor assim que nos perder a todos. O que Ele quer é nos revestir com roupa nova, de esplendor, roupa que nos dê a dignidade celeste. Ou seja, Ele quer mudar o nosso caráter, nos transformando em pessoas capazes de aqui mesmo, na Terra, viver mais felizes, com a esperança da vida eterna em nossa mente, todos os dias.

  1. Quinta: As vestes da salvação
O que foi que JESUS leu para os membros da sinagoga de Nazaré, terra em que viveu sua adolescência e juventude? Todos dali O conheciam. O que foi que Ele leu? Vejamos em tópicos:
a) O Espírito do Senhor está sobre Mim;
b) Ele Me ungiu para evangelizar aos pobres;
c) para proclamar libertação aos cativos;
d) e restauração aos cegos;
e) para pôr em liberdade os oprimidos;
f) e apregoar o ano aceitável do Senhor.
Os presentes sabiam que esse trecho de Isaías se referia à vinda do Messias. Eles aguardavam ansiosamente essa vinda. Queriam a libertação do jugo romano. E quando JESUS leu o trecho, gostaram da leitura. JESUS devolveu o livro ao assistente, e se assentou para falar (naqueles tempos se falava assentado). E eles ficaram perplexos, espantados e céticos quando JESUS disse assim: “Hoje se cumpriu a escritura que acabais de ouvir.” Ellen G. White descreve o que se sucedeu:
“E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-Se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nEle. ... E todos Lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da Sua boca." Luc. 4:18-20 e 22.
“Jesus Se postou diante do povo como vivo expositor das profecias concernentes a Si próprio. Explicando as palavras que lera, falou do Messias, como de um libertador dos oprimidos e dos cativos, médico dos aflitos, restaurador de vista aos cegos e revelador da luz da verdade ao mundo. Sua maneira impressiva e a maravilhosa significação de Suas palavras arrebataram os ouvintes com um poder nunca dantes por eles experimentado. A corrente de influência divina derribou todas as barreiras; viram, qual Moisés, o Invisível. Sendo seu coração movido pelo Espírito Santo, respondiam com fervorosos améns e louvores ao Senhor.
“Mas quando Jesus anunciou: "Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos" (Luc. 4:21), foram de repente levados a pensar em si mesmos, e nas declarações dAquele que lhes dirigia a Palavra. Eles, israelitas, filhos de Abraão, haviam sido representados como em servidão. Tinha-Se-lhes dirigido como presos a serem libertados do poder do mal; como em trevas e necessitados da luz da verdade. Seu orgulho ficou ofendido, despertaram-se-lhes os temores. As palavras de Jesus indicavam que Sua obra por eles havia de ser de todo diversa do que desejavam. Seus atos deviam ser intimamente examinados. Não obstante sua exatidão nas cerimônias exteriores, recuaram da inspeção daqueles puros, penetrantes olhos.
“Quem é esse Jesus? indagaram. Aquele que reclamara para Si a glória do Messias, era o filho de um carpinteiro e trabalhara no ofício com José, Seu pai. Tinham-nO visto labutando acima e abaixo das colinas, conheciam-Lhe os irmãos e as irmãs, bem como Sua vida e labores. Haviam-Lhe acompanhado o desenvolvimento da infância à mocidade, e desta à varonilidade. Conquanto Sua vida houvesse sido sem mancha, não queriam crer que fosse o Prometido” (O Desejado de todas as nações, 237).
Eles esperavam um Ser miraculoso, alguém poderoso, como o rei Davi, para os libertar da opressão romana. Agora vem um humilde filho de carpinteiro, que viveu entre eles desde a infância, e que também era carpinteiro, dizer que Ele é O Messias! Aí O levaram para fora da cidade para o matar, mas Ele escapou.
Nós hoje devemos ser tais como JESUS. O nosso poder para concluir a pregação não vem da marca das vestes que usamos, não vem de algum status, não vem de títulos acadêmicos, muito menos viria por um pouco de mundanismo na igreja, mas vem pelo revestimento do poder do ESPÍRITO SANTO, sobre pessoas humildes, como foi JESUS.
“[O Senhor] convidará homens a que deixem o arado e outras ocupações, para fazerem soar a última advertência para as almas que perecem. Muitas maneiras há de trabalhar para o Mestre; o grande instrutor despertará a inteligência desses obreiros e lhes fará ver em Sua Palavra coisas maravilhosas” (3 Testemunhos Seletos, 369). “Ele suscitará homens que não possuem tanta sabedoria do mundo, mas que estão ligados com Ele, e buscarão conselho e forças do alto” (2 Testemunhos Seletos, 162).
As vestes da salvação serão postas sobre homens e mulheres humildes. O poder deles virá não do mundo ou daquilo que faz o mundo ter seu poder, mas do alto, que fará o mundo tremer. É digno de destaque, esse poder virá sobre aquelas pessoas que entregarem tudo a DEUS.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
O autêntico cristão deve manter coerência entre a beleza interior e a beleza exterior. E é do interior que será moldado o exterior.
A beleza interior é um bom caráter, fiel aos mandamentos de DEUS, uma pessoa humilde e que se distingue como cidadã de outro reino, não daqui da Terra. Ela reflete isso em sua beleza exterior, por meio das vestes que usa. Elas serão simples, de bom gosto, como mantos de justiça.
Mas quando não há beleza interior a mostrar, então a pessoa tende a se vestir como manda o figurino do mundo, numa tentativa, como de Adão e Eva, de esconder o seu reprovável caráter interior. Já as suas vestes e a sua aparência exterior não será simples e de bom gosto, mas segundo os estilistas mundanos, sempre afoitos por novidades para saciar a fome por lucros da indústria da moda.
As vestiduras daqueles que serão salvos, e a sua aparência, desde a altura da cabeça até a ponta dos pés, será para chamar a atenção, não a si mesmos, mas a DEUS. Por isso essas serão sempre humildes de coração, pois só assim, com humildade, o ESPÍRITO SANTO poderá transformar gradativamente, todos os dias, o caráter delas. E elas serão cada vez mais coerentes entre o seu interior e o seu exterior.
E como tornar-se humilde? Tem que praticar a humildade. Começa pelo modo de vestir, usando trajes simples, não de marcas famosas, vivendo de modo simples, entrando nas casas de pessoas simples, convivendo com elas sempre que necessário ou oportuno, tendo um automóvel simples, e assim por diante. É renunciar a tudo o que possa significar ostentação. A humildade não se desenvolve só com boa vontade e oração, tem que fazer alguma coisa, tem que praticar, até se tornar humilde. Aprendemos isso de JESUS. Ele era humilde e praticava a humildade, em todos os dias de Sua vida. Importante é dizer que só os humildes serão transformados. Os vaidosos e os orgulhosos, enquanto permanecerem assim, não serão transformados e nem serão salvos para a vida eterna.
E na verdade é tão fácil ser humilde! É só fazer uma entrega total a JESUS CRISTO. Entrega total é tudo mesmo: gostos, maneira de viver, atitudes, forma de se alimentar, forma de se vestir, relacionamentos, e por aí vai. Entregar tudo mesmo.

escrito entre 06 e 12/04/2011
revisado em  13/04/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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