Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro
Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Adoração
Estudo nº 12 – Adoração na Igreja Primitiva
Semana de 10 a 17 de setembro
Comentário
auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este
comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para
memorizar: “Ainda que eu fale a
língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa
ou como o címbalo que retine” (1 Cor. 13:1).
Introdução de sábado à tarde
Hoje muitas
igrejas enfatizam o dom de línguas. Mas a Bíblia não dá grande ênfase a esse
dom. Se lermos I Coríntios, nos capítulos 12 a 14, veremos, por exemplo, o dom
da fé como mais importante que o dom de línguas. Especialmente nesses dias
finais, o dom da fé é vital, pois, da sacudidura em diante, viveremos
exclusivamente pela fé.
O verso básico
dessa semana refere-se a ser o amor mais importante que qualquer dom, superior
ao dom da fé e da esperança. Poder-se-ia dizer que, todos os dons são nada se
não houver amor. De fato, qual é o
sentido de qualquer qualidade humana, se as pessoas não se amam? Qual é a
importância dos feitos da ciência, se as pessoas fazem a guerra porque se
odeiam, e há desconfiança entre elas? Qual é o valor de um bem estudado e bem
apresentado sermão, se o pregador não ama? Qual é o propósito de estudos
bíblicos, se quem os dá, não ama seus mais íntimos? Qual é o resultado de uma
série de conferências, se o conferencista não ama nem a sua esposa?
JESUS não veio
morrer por nós através da fé, Ele veio movido pelo amor, e suportou tudo porque
nos amava acima de Suas provações. O amor impediu que JESUS renunciasse a cruz,
e impediu que Ele descesse dela. Porque nos amava, Ele foi até o fim.
Podemos falar
as línguas dos homens ou dos anjos, podemos até fazer milagres, curar enfermos,
mas se não tivermos amor para com as pessoas e para com DEUS, tudo isso será
nulo, pura vaidade, sem valor prático. Sem amor somos frios, valorizamos os números,
as estatísticas, os relatórios, a burocracia, os procedimentos, as promoções,
os elogios. Mas tudo isso é frio e sem efeito relacional que muda os corações.
Se não
soubermos falar aos corações, se não soubermos influenciar os sentimentos, se
não entendermos os problemas das pessoas, se não tivermos empatia para com as
dificuldades e as lutas das pessoas, tudo o que fizermos será ligado a nós, ao
reconhecimento nosso e a autopromoção. Foi por essa via que satanás caiu.
Só ama quem
humildemente sente como as pessoas sofrem, temem, cansam e vivem em busca,
muitas vezes, nem sabem de quê. JESUS foi aquele que entendeu a humanidade, e a
amou infinitamente. Antes de tudo, que esteja o nosso coração cheio de amor
para dar, pois assim, tudo o que fizermos, por pequeno que seja, dará
resultados amplificados porque DEUS estará nesse trabalho.
- Primeiro dia:
Muitas provas
A mente dos
discípulos, assim como de todo o povo de Judá, estava voltada inteiramente à
conquista da independência pelo povo de DEUS do jugo romano. Era o que esperavam
de JESUS. Os líderes judeus nem tanto, pois eram muito favorecidos pelos romanos.
Era assim que esse império dominava os povos: seduzia os líderes locais a seu
favor para controlar o povo.
Na véspera da
morte de JESUS, no momento da última ceia, ainda os discípulos discutiam quem
seria o maior no reino de JESUS, aqui na Terra, que supunham estava próximo de
ser implantado. Judas imaginava ser depois honrado por ter apressado o processo
de conquista da liberdade de Roma, ao entregar JESUS aos Sinédrio e romanos. Pensava
que assim desencadearia o conflito entre os romanos e JESUS. O Mestre reagiria,
e com o Seu poder, destruiria os romanos, e finalmente se tornaria rei. Ele,
Judas, seria reconhecido como muito inteligente por ter precipitado fatos tão
promissores.
Quando JESUS
foi preso, ficaram perplexos. Judas ficou tão frustrado, e num misto de culpa e
derrota, se enforcou, pois seu plano fora um tremendo fracasso. Os demais discípulos
ficaram sem entender nada. Apenas João, com dó do Mestre, porque O amava muito,
ficou ao seu lado, até à morte.
Aquele sábado,
em que JESUS estava morto, foi o pior dia da vida dos apóstolos e demais
discípulos. Estavam desolados, pois foi por água abaixo o sedutor plano de
vencer os romanos. Quer dizer, o Mestre falhou; não era assim tão poderoso.
Parecia ser mais forte do que de fato foi diante dos líderes judeus e diante
das autoridades romanas. Como é que aquele inteligente Mestre, aquele poderoso
homem, não falou uma palavra em Seu favor, e não moveu um dedo pela Sua
libertação? Totalmente submisso, deixou que O batessem, que Lhe dessem
chibatadas ultrajantes, que zombassem dEle, que cuspissem nEle, que O fizessem
carregar uma cruz, que O pregassem nessa cruz, entre dois ladrões. Que
fracasso, principalmente quando tudo ia tão bem, na direção certa. É o que
pensavam.
Todos viram em
JESUS um fracassado. Até satanás deve ter pensado assim. O que ele precisava
agora era segurar JESUS na tumba, para sempre.
Os líderes judeus
alegravam-se entre si, finalmente livres de quem tirava deles a audiência do
povo. O povo estava confuso e perplexo. A maioria dele estava até alegre, pois
ao lado dos líderes, gritaram a Pilatos: crucifique-O! Mas alguns, os
discípulos, os mais íntimos, que amavam a JESUS, e tinham esperança de que Ele proclamaria
a libertação do país da submissão romana, esses estavam perplexos e com
sentimentos de derrota, se saber nem o que pensar. O que se passava na mente
deles era o que temos no relato dos dois homens que JESUS encontrou no caminho
para Emaús (Lucas 24:13 a 35), no domingo à tarde, e discutiam sem entender
nada, sobre a morte de JESUS na sexta-feira.
Então, por 40
dias JESUS aparecia a eles. Agora Ele era um vencedor. A vitória de JESUS não foi do tipo das que ocorrem na Terra, mas Ele
permaneceu obediente à Lei de DEUS, amando as criaturas em todas as condições,
desde os que também O amavam, e também aqueles que gritaram contra Ele, aqueles
que O maltrataram e que zombaram dEle. Tinha
que morrer fiel aos mandamentos, e foi o que fez. Durante esses 40 dias
tornou-Se convincente aos Seus bons amigos, pois tudo o que prometera aconteceu.
Havia dito que ressuscitaria ao terceiro dia, e assim foi.
Mas ainda
havia uma poderosa obsessão na mente deles: proclamar a libertação do povo de
DEUS do jugo romano. Perguntaram: “será
esse o tempo em que restaures o reino de Israel?” (Atos 1:6). Ainda
pensavam assim, mas foi a última vez que tiveram esse pensamento. Então JESUS
lhes explicou que esse não era tal tempo (v. 7) mas que receberiam poder do
ESPÍRITO SANTO (a Chuva Temporã), e ensinariam as pessoas de todo o mundo, até
os confins da Terra, sobre o verdadeiro Reino de DEUS. Eles deveriam esperar a
promessa do Pai reunidos em Jerusalém. Essa promessa era poder do alto. Seriam
batizados pelo ESPÍRITO SANTO.
Então, tendo-lhes
dado as últimas instruções, de permanecerem unidos em Jerusalém para aguardarem
o recebimento do poder, Ele Se elevou rumo ao Céu, e numa nuvem desapareceu.
Agora, era esperar o outro, o Consolador. Para que pudesse vir esse outro,
deveriam estar perfeitamente unidos entre si, sem divisão alguma. Hoje é o
mesmo: devemos alcançar perfeita unidade, em nossos lares e na igreja. Isso vai
ocorrer por meio da reforma e reavivamento que está sendo conduzida pelo atual
presidente mundial, Pr. Ted Wilson. A igreja adventista está, nesse momento, em
igual situação à que estavam aqueles seguidores de CRISTO, durante os dez dias
em que permaneceram em Jerusalém para receberem o poder do ESPÍRITO SANTO.
Devemos nos tornar unidos num só propósito, concluir a pregação da mensagem ao
mundo todo.
“Estes
discípulos se prepararam para a obra. Antes do dia de Pentecoste se reuniram e
tiraram dentre eles todas as desinteligências. Estavam de um mesmo sentimento. Acreditavam
na promessa de Cristo, de que a bênção seria dada, e oravam com fé. Não pediam
a bênção apenas para si; estavam preocupados com a responsabilidade quanto à
salvação de almas. O evangelho devia ser levado até aos confins da Terra, e
eles reclamavam a doação do poder que Cristo prometera. Foi então que o
Espírito Santo foi derramado, e milhares se converteram num dia.
“Assim pode
ser agora. Em vez das especulações dos homens, seja pregada a Palavra de Deus.
Tirem os cristãos do meio deles as dissensões, e entreguem-se a si mesmos a
Deus para salvação dos perdidos. Peçam a bênção com fé, e ela há de vir. O
derramamento do Espírito, nos dias apostólicos, foi a "chuva temporã"
(Joel 2:23), e glorioso foi o resultado. Mas a "chuva serôdia" será
mais abundante” (O Desejado de Todas as Nações, 827).
- Segunda: A pregação da palavra
“"E
cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de
repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu
toda a casa em que estavam assentados." Atos 2:1 e 2.
“O Espírito
veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude que
alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder à Sua igreja. Era
como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se
regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito.
E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão
misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas
palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da
sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os
apóstolos exclamaram: "Nisto está a caridade!" I João 4:10. Eles se
apossaram do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito,
de novo afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através
da incredulidade. Milhares se converteram num dia.
“Disse Cristo
a Seus discípulos: "Digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque,
se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for,
enviar-vo-Lo-ei." "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele
vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o
que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir." João 16:7 e 13.
“A ascensão de
Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a
bênção prometida. Por ela deviam esperar antes de iniciarem a obra que lhes
fora ordenada. Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio
à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito Santo
desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado
com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento
pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia
sido feita. De conformidade com Sua promessa, Jesus enviara do Céu o Espírito
Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei,
recebera todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo.
(...)
“"E em
Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que
estão debaixo do céu." Atos 2:5. Durante a dispersão os judeus tinham sido
espalhados por quase todas as partes do mundo habitado, e em seu exílio tinham
aprendido a falar várias línguas. Muitos desses judeus estavam nessa ocasião em
Jerusalém assistindo às festas religiosas que então se realizavam. Cada língua
conhecida estava por eles representada. Esta diversidade de línguas teria sido
um grande embaraço à proclamação do evangelho; Deus, portanto, de maneira
miraculosa, supriu a deficiência dos apóstolos. O Espírito Santo fez por eles o
que não teriam podido fazer por si mesmos em toda uma existência. Agora podiam
proclamar as verdades do evangelho em toda parte, falando com perfeição a
língua daqueles por quem trabalhavam. Este miraculoso dom era para o mundo uma
forte evidência de que o trabalho deles levava o sinete do Céu. Daí por diante
a linguagem dos discípulos era pura, simples e acurada, falassem eles no idioma
materno ou numa língua estrangeira” (Atos dos Apóstolos, 37 a 40).
- Terça: Paulo no Areópago
Paulo chega a
Atenas. E o que ele faz? Um reconhecimento da cidade, da cultura local, dos
deuses e das formas de culto. O seu espírito o importunava, pois o que descobriu
foi idolatria com deuses que nada podiam fazer. Ansiava ensinar aquelas
pessoas. E foi o que começou a fazer. De boa eloquência, logo conquistou
público de um povo que apreciava discursos. O seu assunto se espalhou, e foi a
novidade na cidade. Vieram a ele alguns homens que gostavam de debates, o
convidaram a lhes falar no Areópago, um local de debates públicos, de
julgamentos, de reuniões para tratar dos assuntos da cidade.
Lá Paulo falou
a filósofos. “A experiência do apóstolo Paulo ao defrontar-se com os filósofos
de Atenas encerra uma lição para nós. Ao apresentar o evangelho no Areópago,
Paulo enfrentou a lógica com a lógica, ciência com ciência, filosofia com
filosofia. Os mais sábios de seus ouvintes ficaram atônitos e emudecidos. Suas
palavras não podiam ser controvertidas. Pouco fruto, porém, produziu seu
esforço. Poucos foram levados a aceitar o evangelho. Daí em diante Paulo adotou
uma diversa maneira de trabalhar. Evitava os argumentos elaborados e as
discussões de teorias e, em simplicidade, encaminhava homens e mulheres a
Cristo como o Salvador dos pecadores” (A Ciência do Bom Viver, 214).
Ele havia
falado de um DEUS desconhecido, que poderia ser qualquer outro que eles não
conheciam, inclusive o Criador. Nisso Paulo foi sábio, e eles se interessaram
em ouvi-lo. Mas Paulo não se deu bem por utilizar argumentos da cultura deles,
bem poucos foram os conversos. Isso indica que, se nós decidimos trocar os
argumentos simples, diretos mas poderosos da Bíblia, aos quais se associa o
ESPÍRITO SANTO, podemos estar inventando métodos que não produzem bons
resultados. Também Paulo foi muito cedo a assuntos que eles não queriam saber,
como sobre a necessidade de arrependimento por causa do pecado e do juízo, e
sobre a ressurreição. Eles não criam na morte, entendiam, desde há muito, da
existência de uma alma imortal. Isso afastou o interesse da maioria dos atenienses
em ouvir mais alguma coisa dele.
Nós, hoje, não
precisamos inventar métodos humanos, muito menos copiar métodos do mundo. Para
alcançar qualquer tipo de pessoa, o que necessitamos é do poder do ESPÍRITO
SANTO. Devemos tão somente ser humildes e obedientes a DEUS, dando um bom testemunho
de nossa fé, e o que falar DEUS suprirá. O que nos falta, ainda, é poder do
alto.
- Quarta: Adoração “contrária à lei”
O ritual do
santuário era importante? Sim! A lei era ou é importante? Sim! A profecia é
importante? Sim! Participar dos cultos é importante? Sim! Fazer trabalho pela
salvação de outros é importante? Sim!
Mas nada disso é o fim em si. Podemos ser
cuidadosos em tudo isso, e mesmo assim, podemos estar afastados da salvação.
Se não
estivermos andando com JESUS, como Enoque, podemos dedicar todo o nosso tempo à
igreja, e perder a vida eterna, mesmo que pelo nosso esforço muitos sejam
salvos.
No estudo de
hoje esse é o assunto: fazer tudo certo e mesmo assim estar errado.
Vamos ao ponto, para entender. Estamos justo nesses dias entrando no debate
profundo sobre os Dez Mandamentos e sobre o sábado em relação ao domingo,
quanto a santificação. Podemos ser em extremos zelosos em santificar o sábado,
mas podemos, ao mesmo tempo, nos desqualificar para a vida eterna.
Está difícil
de entender? Então vamos facilitar. Isso tudo são obras, a obediência também é
obra. Ela não é a finalidade da vida de um cristão. A finalidade é a pessoa ser
transformada pelo poder de DEUS. Portanto,
o fim de todas aquelas obras é levar a pessoa a JESUS crucificado, e
entregar-se a Ele. Se a pessoa não for a JESUS e não se entregar a Ele,
pode fazer tudo o que a lei pede, e mesmo assim, vai se perder.
Foi o que
aconteceu com aqueles judeus que acusavam Paulo. Eram zelosos quanto a lei, até
aí, tudo correto. Mas não aceitavam a JESUS. O fim da Lei é JESUS, e até mesmo hoje, pode acontecer, de praticarmos
muito bem os Dez Mandamentos, mas não conhecermos a JESUS.
- Quinta: O
amor supera tudo
“Não vou mais
à igreja porque lá tem muita coisa errada.” “Saí da igreja porque lá tem gente
pior que no mundo.” “O pastor nunca me visitou.” “Conheço irmãos que dão mau
testemunho, e alguns até não são confiáveis nos negócios.” E assim por diante.
Essas afirmações são frequentes. E muitas vezes são verdadeiras. Contudo,
existe um “MAS”
Onde está
escrito na Bíblia que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é formada por gente
perfeita? Onde DEUS exige que seus membros nunca cometam pecado algum?
Esta é uma
igreja que foi constituída nesse mundo, num planeta cheio de problemas. Ela
abriga pessoas que vieram desse mundo problemático. E uma das coisas que a igreja faz, por meio do ensinamento, é curar o
mal dessas pessoas. Mas nem todas querem ser curadas, outras querem, e são
curadas logo, e ainda outras, também querem, mas o tratamento é demorado. E as
pessoas que não querem receber o bom tratamento, não devem, por isso, serem
excluídas, exceto se o que fazem seja clamorosamente prejudicial à comunidade
de crentes. Um dia DEUS irá julgar a todos. Até lá, todos devem ter
oportunidade de arrependimento. Muitos, de fato, se arrependem.
Vamos ilustrar
isso melhor. Utilizemos o que se passa numa escola, ou numa Universidade. Sou
professor numa Universidade, no curso de Administração. Temos alunos excelentes,
assim como aqueles que não estudam. Assim é na igreja, joio misturado com
trigo. Mas não excluímos os alunos que não estudam. Eles até prejudicam aos
demais, tendem a pressionar a qualidade para baixo. Mas ficam lá. Eles estão
tendo oportunidades, em todas as aulas, de mudarem de atitude. Ao final de cada
disciplina, há uma prova, a decisiva. E eles muitas vezes rodam, e perdem
aquela disciplina. E nem por isso os expulsamos. Continuam tendo oportunidades.
O interessante
é que alguns, poucos é verdade, se tocam de seu mau procedimento, e mudam.
Existem casos assim. E estes se tornam também bons alunos. E como nós, professores,
ficamos felizes quando isso acontece. Ficamos mais felizes do que a satisfação
que nos dão aqueles que sempre foram bons alunos. Os relapsos que mudam geram
uma satisfação do tipo: conseguimos tirar este do fracasso!
A maioria dos
maus alunos continua assim, até o final do curso. E sabe o que acontece nesse
final? Há um trabalho de conclusão, sem o qual, ele não recebe o diploma. Nesse
momento, outros se tocam, e mudam de vida. Mais um momento de satisfação e
realização profissional. Mas outros ainda continuam maus alunos. E sabe o que
acontece com estes? Simples, eles não recebem o diploma, porque não conseguem
fazer um bom trabalho de conclusão de curso. É incrível, mas perderam um curso
que dura 5 anos. Morreram na praia, como se diz. Quase chegaram ao final, mas
perderam tudo. Assim muitos dentro da igreja, estavam no caminho da salvação,
chegaram perto, estavam quase salvos, mas, perderam tudo. Porém outros, que
também eram relapsos, mudaram, e se salvaram.
Na igreja é
parecido como na escola. No final, há um julgamento. Desde 1844 esse julgamento
está em andamento. Um dia chegará o momento do julgamento dos vivos, que pertencem
à igreja de CRISTO. Será perto do dia do fechamento da porta da graça. Então,
aqueles que deram mau testemunho, saberão que por isso se perderam para todo o
sempre.
O que
acontecia na igreja de Corinto? O mesmo que acontece entre nós hoje. Por isso
não devemos focar tanto nos que dão mau testemunho. Os corintos tinham
dissensões, como nós. Eles tinham idolatria, como nós. Eles tinham o falso dom
de línguas, esse não é o nosso caso. Eles eram afetados fortemente pela cultura
do mundo, como nós também somos. Foi a uma igreja com esse tipo de problemas
que Paulo escreveu, resumindo I Cor. 13, “o amor supera tudo”. Certamente havia
naquela igreja pessoas boas, fiéis servos de DEUS. Assim também é hoje, há
membros fiéis a DEUS. Assim como há o joio. Se quisermos nos salvar, devemos
olhar para CRISTO, que foi trigo, e não para aqueles que ainda estão, hoje,
tendo oportunidade de mudar de vida, mas estão resistindo, sendo ainda atraídos
ao mundo. Devemos ser exemplo construtivo ao joio, e não ficar olhando demais
para aqueles que dão mau testemunho, e nos escandalizar e sair da igreja. Vai
que exatamente esse que foi a razão de nossa saída, mude de atitude, e se
salve! E nós, depois no inferno, não o encontraremos, nem ele nos encontrará no
Céu. Que situação irônica, não acha?
Assunto bom
para se pensar bastante.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia
da preparação para o santo sábado:
Para concluir
o estudo dessa semana, a autora nos leva a uma reflexão sobre santidade. E o
que é santidade, conforme a revelação profética? Nos nossos dias, muito se diz
por aí que santidade é um estado de êxtase, quando supostamente o ESPÍRITO
SANTO se apossa da pessoa e ela fica com uma atitude diferente por uns
momentos. Até já acontece em algumas de nossas igrejas. Longe disso o conceito
de santidade.
Na verdade
santidade, ou ser santo, é algo que está ao alcance de todos nós, mesmo sendo
pecadores. Um santo é aquele que decide separar-se do mundo e de suas atrações
que não são edificantes para ao lado de DEUS, dedicar-se a uma vida de amor a
DEUS e ao próximo. Esse irá ser transformado, cada dia um pouco, pelo poder do
ESPÍRITO SANTO. Portanto, é inteira entrega a DEUS, passando a fazer a Sua
vontade. Assim sendo, cada dia vai sentir que algo está mudando em sua vida.
Aquilo que sempre gostava, mas que era inconveniente a um cidadão ou a uma cidadã
do Reino de DEUS, ela passa naturalmente a não gostar mais. Por exemplo, nesses
últimos dias, cada vez mais membros de nossa igreja querem saber, afinal, o que
há de errado em ir ao cinema. Esse é só um exemplo, dentre muitas outras coisas
mais. Quem se entrega todos os dias a DEUS, e anda com Ele, deixa de fazer tal
pergunta. Com o tempo, não só não sente mais atração por cinema, como até sente
repulsa. Há alguém superior,
infinitamente capaz e inteligente, que está participando da condução de sua
vida. E assim, torna-se natural a essa pessoa não ter mais certos desejos que
antes nem conseguia enfrentar. Coisas que antes degradavam a sua vida
espiritual, depois, com o tempo, se tornam inofensivas. E a pessoa não precisa
mais se cuidar para não fazer isso ou aquilo, ela perde o desejo, e esses
atrativos deixam de ser atraentes. Assim a vida de um cristão se torna mais
fácil. Há pessoas assim, sejam elas em idade madura e com experiência de vida,
sejam jovens e cheias de impulsos por novidades, sejam adolescentes ainda sem
referenciais suficientes para a direção da vida. Tais pessoas terão uma direção
segura em tudo o que fizerem. DEUS sempre estará dirigindo a vida delas, e elas
se tornarão firmes em princípios que não são naturais desse mundo aviltado.
Agora pense um
pouco: há pessoas assim, que refletem a semelhança de CRISTO porque estão sendo
recriadas pelo poder de DEUS em sua vida. Elas são ou não são santas?
Experimente; é
bom viver assim. Entregue todos os dias a sua vida a DEUS, e vai ver como a
vida é melhor.
escrito entre 10 a
16/08/2011
revisado em 17/08/2011
corrigido por Jair
Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo
Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como
o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de
todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem
da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao
caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia
como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de
orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E
aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de
todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros
e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um
só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.
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