Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto
Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: O Evangelho
em Gálatas
Estudo nº 01 – Paulo: apóstolo dos
gentios
Semana de 24 de setembro a 1º de outubro
Comentário
auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de
Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este
comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para
memorizar: “Ouvindo isso, não
apresentaram mais objeções e louvaram a DEUS, dizendo: ‘Então, DEUS concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!’”
(Atos 11:18, NVI).
Introdução de sábado à tarde
Há duas
possibilidades mais frequentes de perseguição: pessoas erradas pensando
sinceramente estarem corretas perseguindo pessoas que são corretas; e pessoas
erradas, intolerantes, sabendo que estão erradas, perseguindo as pessoas que
são corretas. Essas são as duas situações mais frequentes em se tratando de
perseguição religiosa, principalmente no cristianismo. Via de regra,
perseguidas eram as pessoas de vida correta diante de DEUS.
Paulo era do
primeiro tipo. Ele fora educado nas boas escolas judaicas. Aguardava o Messias,
como todos os judeus. E jamais aceitou que Aquele homem pobre, que finalmente
foi pregado e morto numa cruz, fosse de fato o Messias. Era sincero em seus
pensamentos. E de tão zeloso, mas com um zelo sem equilíbrio e mal
fundamentado, descobriu-se militando por uma causa errada, falsa e perdedora. Na
verdade estava lutando contra DEUS, pensando estar ao lado de DEUS. Assim
pensam muitos hoje em dia. E
quando se adiciona mais um ingrediente, o do fanatismo, então facilmente se faz
o que Paulo consentia em se fazer: prender pessoas e levá-las para a cadeia, e
até matá-las.
Mas Paulo de sinceramente errado passou a
sinceramente esclarecido, e se tornou no mais esforçado dos apóstolos,
sendo que nunca fez parte do grupo dos apóstolos no tempo de JESUS. É possível
que ele nunca tenha visto JESUS, embora tenha estudado em Jerusalém “aos pés de Gamaliel”, onde foi educado
“segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos
mais importantes rabinos judeus. Ele era “acatado por todo o povo” (Atos
5:33-39).
Paulo disse de si mesmo: “Eu sou judeu, natural de
Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39), “da linhagem de
Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp
3:5). Chamou a si de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de
Benjamim” (Rm 11:1). Mas ele se mostrava arrependido em profundidade por ter
perseguido a igreja: “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu, “. . .
pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se
denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a
igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13). “Saulo, porém, assolava a igreja,
entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere”
(Atos 8:3).
Esse homem, na tendência um perigo para o futuro
da igreja, tornou-se um poder de DEUS para levar a mensagem aos gentios. Quando
estamos sinceramente errados, e se ao descobrirmos formos humildes,
continuaremos sendo sinceros, mas mundando para o certo.
- Primeiro dia: Perseguidor dos cristãos
Não é como
começamos a vida que interessa, e sim, como continuamos. Paulo, no livro de
Atos, começou aparecendo como feroz perseguidor dos cristãos. Mas ele
assim não continuou. No restante do livro de Atos, aparece como o principal
pregador do evangelho de JESUS. Tanto que, em vez de Atos dos apóstolos, quase
se poderia mudar o nome do livro para Atos de Paulo. Assim como DEUS mudou o
nome de Abrão para Abraão, o nome de Jacó para Israel, mudou o de Saulo para
Paulo. E quando DEUS muda o nome, algo importante acontece na vida dessa
pessoa. Um dia todos os que forem salvos terão seus nomes mudados.
Saulo, depois
de ter estudado em Jerusalém, tornou-se forte opositor do que chamavam de nova
seita. Essa seita parecia minimizar a importância do templo, que os judeus
tanto prezavam. O Salvador esteve nesse templo, mas ao Salvador não viram, ao
templo sim. O templo tinha a sua importância, mas não acima de quem ali era
anunciado.
Eles prezavam
também a lei, em especial, os fariseus, e Saulo era um deles. Todo aquele que
ensinasse sobre JESUS, e afirmasse que Ele havia ressuscitado, e que fora ao
Céu, e que voltaria, se tornava inimigo do templo e da lei. Acontece que os
principais do templo, os membros do Sinédrio, que defendiam o templo, foram os
que haviam condenado JESUS como digno de morte. Eles é que levaram a Pilatos a
mandar pregar JESUS na cruz. Assim, esses homens procuravam acusar todo aquele
que ensinasse a respeito de JESUS que este seria inimigo do templo e da lei.
Que ironia, pois na verdade eram bem estes que defendiam a lei, e que
respeitavam o templo. “Sinédrio estava fazendo o máximo para deter o progresso
do evangelho. Por ele foram escolhidos homens para seguirem os apóstolos,
especialmente Paulo, e por toda a maneira possível opor-se a sua obra. Se os
crentes em Cristo fossem condenados pelo Sinédrio como quebrantadores da lei,
seriam levados a sofrer imediata e severa punição como apóstatas da fé judaica”
(Atos dos apóstolos, 404 e 405).
- Segunda: A conversão de Saulo
“Duro é
recalcitrar contra os aguilhões” (Atos 9:5), foi o que JESUS mesmo disse a
Saulo. Que sermão melhor seria o de Estêvão enquanto morria! Ele falou sobre
JESUS, e foi morto por isso, e Saulo estava lá, segurando as vestes dos
matadores. E o semblante desse homem justo, sem ódio, pronunciando palavras de
perdão, nada disso fez Saulo pensar que talvez estivesse fazendo a coisa
errada. E certamente houve outras situações que Saulo poderia ter mudado de
atitude, mas não mudou. Essa frase de JESUS dá claramente a entender que Saulo
já obtivera informações suficientes e já deveria ter-se arrependido de seus
atos. Mas não o fez. Por fim, ele estava tendo ao que parece a última
advertência de não continuar nesse caminho. Foi o próprio Senhor JESUS quem foi
ao encontro de Saulo, e o derrubou do cavalo. Quando Saulo perguntou: “quem és,
Senhor?” a voz do Céu lhe disse: “Eu Sou JESUS, a quem tu persegues” (Atos
9:5).
Mais claro e
evidente que essa afirmativa não poderia haver. JESUS conhecia a motivação de
Saulo. Sabia que ele era zeloso, que era
sincero em seus atos, mas que estava cego pelo ódio, pois ele era um destruidor
fanático. Tornara-se num homem disposto a exterminar a nova seita, se
possível; matar todos. Mas havia algo promissor: ele fazia isso por zelo,
querendo acertar. Se ele soubesse que estava completamente errado, mudaria. No
entanto, as mensagens anteriores a essa não foram eficazes, pois o seu lado
zeloso estava cegado pelo ódio.
O pior é quando fazemos a coisa errada,
sabemos que estamos errados, e insistimos em permanecer assim. Também é uma
desgraça quando descobrimos que estamos errados, mas por orgulho, não queremos
admitir, e também insistimos em permanecer no erro. Mas Saulo era do tipo
que, descobrindo estar no erro, pela sua sinceridade e traços de humildade,
teve a nobreza de fazer a mudança em sua vida. Por esse motivo DEUS o perdoou. E
assim, de perseguidor tornou-se um aliado dos cristãos, e motivo de perseguição
da parte de seus antigos aliados. Ele literalmente mudou de lado. O que ele
levou de seus antigos tempos era a sinceridade.
- Terça: Saulo em Damasco
Que momentos
de altas perplexidades passaram viárias pessoas em Damasco. Sabiam
que Saulo vinha para exterminá-los. Ele se tornara um dos principais
perseguidores, aliados ao grupo de ferozes inimigos de JESUS, que O haviam
mandado para a cruz. Mas agora ele era um homem arrependido, e o arrependimento
acontecera no caminho, já próximo a Damasco. É uma típica história para ninguém
acreditar, mais parecendo algum tipo astuto de emboscada. O que se passava na
cabeça de Saulo, na casa de seu hospedeiro? Antes, cego espiritual, agora, cego
físico. Como cego espiritual, podia perseguir aos seguidores de JESUS, agora
como cego físico, estava tendo tempo para refletir sobre muitas coisas. Ele
teve tempo para pensar nas palavras e atitude de Estevão, de outros, e
principalmente de JESUS. Percebeu que não havia atentado às mensagens
anteriores a de JESUS. E se não
atentasse a essa mensagem? Qual seria o seu futuro? Tudo o que Saulo não queria era lutar contra DEUS, mas era exatamente
isso que ele estava fazendo. Ele estava do lado dos assassinos de
JESUS. E descobriu isso de uma forma radical, prostrado ao solo. Ele foi um
tição tirado do fogo, para não ser consumido pelo fogo de satanás, no inferno
de seu destino.
Saulo era
dedicado à sua missão. Ele fazia o seu trabalho com grande esforço. Queria em
pouco tempo eliminar os seguidores de JESUS, que considerava morto. Mas, de um
momento para outro, em questão de minutos, estava mudando de atitude. Agora a
missão de Saulo seria levar a mensagem da cruz e da ressurreição de JESUS aos
gentios. Essa era a verdadeira missão de Saulo. Muitas vezes certamente ele
fora advertido de sua errada militância, mas, afinal, diante do próprio Senhor que ele perseguia, percebeu o erro e decidiu
pela mudança de sentido em sua vida, de perseguidor a aliado de JESUS. Ele aproveitou corretamente o que
possivelmente seria a sua última oportunidade.
- Quarta: O evangelho vai aos gentios
Foi em
Atioquia que o registro bíblico relata o primeiro sermão de Paulo. Talvez tivesse
falado a público antes disso, mas não se sabe. Ele foi convidado por Barnabé,
que era fervoroso seguidor de JESUS, vindo da ilha de Chipre.
Antioquia era
a terceira cidade em importância no Império Romano. “Flávio Josefo descreve Antioquia como tendo sido a
terceira maior cidade do império romano, menor que Roma e Alexandria, e também
do mundo, com uma população estimada em mais de meio milhão de habitantes.
Cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e industrial da Síria
Romana. Era considerada como a porta para o Oriente. César, Augusto e Tibério
utilizavam-na como centro de operações. Era também chamada de "Antioquia,
a bela", "rainha do Oriente", devido às riquezas
romanas que a embelezavam, desde a estética grega até o luxo oriental”
(Wikipédia).
O ESPÍRITO
SANTO cuidou dos fatos. Havia em Antioquia cidadãos de vários lugares do mundo.
Era uma importante rota comercial, de afluxo de pessoas de vários lugares do
mundo. Sua importância no cenário político também era importante no Império Romano.
Por esses motivos, para lá iam pessoas de quase todos os lugares e saíam
pessoas para quase todo os lugares. Assim sendo, fundar uma igreja nessa cidade
era uma decisão estratégica, que facilitaria a disseminação da mensagem de
CRISTO ao mundo todo. E era bem favorável, pois já os judeus cristãos haviam
fugido de Jerusalém para essa cidade. Portanto, havia nela um núcleo de
cristãos, o que faltava era organizar a igreja e dar-lhe ímpeto missionário.
Para esse fim, Barnabé percebeu com toda a clareza, iluminado pelo ESPÍRITO
SANTO, que o homem certo seria Paulo, com sua energia e zelo, com sua coragem e
determinação de fazer tudo de modo correto e completo. Pois Antioquia foi a
cidade pólo das viagens missionárias de Paulo, e ela se tornou como um
trampolim para a evangelização de muitos lugares do mundo.
- Quinta: Conflitos dentro da igreja
Houve polêmica
na igreja primitiva. Era um conflito negativo, que prejudicou o andamento da
igreja, e aos poucos a enfraquecia. Uma organização dividida sempre enfraquece,
mesmo que isso leve tempo. Uma organização já enfraquecida por divisões, nunca
consegue recobrar a força, se não mudar de atitude. Eles, naquela época,
enfraqueceram. Levou algumas décadas, pois os líderes originais, que aprenderam
de CRISTO, e outros que aprenderam destes, eram poderosos e indestrutíveis pois
possuíam o poder de DEUS. Mas a terceira geração de pregadores, que vieram
depois do ano 100, já não possuíam mais o mesmo poder. E assim a igreja foi
enfraquecendo para no quarto século depois de cristo, entrarem heresias
terríveis, entre elas, a santificação do domingo.
Que grande
polêmica surgiu já na primeira década após o Pentecostes? Foi a questão da
circuncisão dos gentios. Não ficou claro para muitos que nem judeus nem gentios
não precisavam mais ser circuncidados na carne, e sim, em espírito, isto é,
pela transformação do caráter. A par disso, havia preconceito contra os
gentios, porque não eram judeus. Esse preconceito também se estendeu sobre os
pregadores que iam aos gentios, dentre eles, Pedro e Paulo, além de outros.
Quando enfim a questão foi esclarecida no concílio de Jerusalém (vide em Atos
cap. 15), mesmo assim, muitos não aceitaram.
“Antes de sua
conversão, Paulo se havia considerado como irrepreensível "segundo a
justiça que há na lei". Filip. 3:6. Mas desde sua mudança de coração, ele
havia alcançado uma clara concepção da missão do Salvador como Redentor da raça
toda, judeus e gentios, e aprendera a diferença entre uma fé viva e um
formalismo morto. À luz do evangelho, os antigos ritos e cerimônias confiados a
Israel haviam ganho uma nova e mais profunda significação. Aquilo que haviam
prefigurado tinha-se cumprido, e os que estavam vivendo sob a dispensação
evangélica tinham ficado livres de sua observância. A imutável lei de Deus, dos
Dez Mandamentos, entretanto, Paulo ainda guardava no espírito bem como na
letra. Na igreja de Antioquia, a consideração do assunto da circuncisão deu em
resultado muitas discussões e litígio. Afinal, os membros da igreja, temendo
que o resultado de continuada discussão fosse uma divisão entre eles, decidiram
enviar a Jerusalém Paulo e Barnabé, juntamente com alguns homens de
responsabilidade na igreja, a fim de exporem a questão perante os apóstolos e
anciãos. Ali deviam eles encontrar-se com delegados de diversas igrejas e com
os que tinham ido a Jerusalém para assistir às próximas festas. Enquanto isto,
toda a discussão devia cessar até que fosse pronunciada a decisão do concílio
geral. Esta decisão devia ser então universalmente aceita pelas várias igrejas
em todo o país” (Atos dos Apóstolos, 190).
Quando não se
aceitam decisões tomadas em conselho, pela igreja, a situação se torna,
digamos, gravíssima: ou quem não aceita está totalmente errado, ou o conselho
está totalmente errado. Havendo essas possibilidades a solução não é declarar
guerra, e sim, buscar mais esclarecimento, mais estudo, mais diálogo honesto
com mais oração, até que a questão se esclareça. É óbvio que nem sempre vai
haver consenso, pois nem sempre pessoas estão dispostas a recuar, como
aconteceu com o Dr. Kellog no caso de sua argumentação em favor da teoria que
resultou no movimento “alfa da apostasia”, assim como hoje já atua o movimento
“ômega da apostasia”. Enquanto o
conflito de ideias está se desenrolando em bases honestas, pela busca da
verdade, DEUS atenta e abençoa, mas, quando a situação se radicaliza e se torna
um conflito imprudente e preconceituoso, não há como a igreja não enfraquecer.
A radicalização é mais frequente do lado daqueles que defendem pontos de vistas
errados, mas também pode ser vista do lado dos que defendem a verdade. Aí entra
o conceito de “equilíbrio”, que nada tem a ver com concessão ou conformação,
que são aberturas para o erro.
“O concílio
que decidiu este caso era composto dos apóstolos e mestres que se haviam
salientado no trabalho de levantar igrejas cristãs judaicas e gentias,
juntamente com delegados escolhidos de vários lugares. Estavam presentes
anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas mais influentes
estavam representadas. O concílio se conduziu de acordo com os ditames de
iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela vontade
divina. Como resultado de suas deliberações, todos eles viram que o próprio
Deus havia dado resposta à questão em apreço, concedendo aos gentios o Espírito
Santo; e sentiram que era sua parte seguir a guia do Espírito.
“Não foram
convocados todos os crentes para votarem sobre a questão. Os "apóstolos e
anciãos" (Atos 15:23), homens de influência e bom senso, redigiram e
expediram o decreto, que foi logo aceito pelas igrejas cristãs. Nem todos,
entretanto, ficaram contentes com a decisão; havia uma facção de irmãos
ambiciosos e possuídos de presunção que a desaprovaram. Esses homens
pretensiosamente tomaram a decisão de se empenhar na obra sob a própria
responsabilidade. Entregaram-se a muita murmuração e crítica, propondo novos
planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens a quem Deus ordenara ensinassem
a mensagem do evangelho. Desde o início teve a igreja tais obstáculos a
enfrentar, e há de tê-los até a consumação do tempo” (Atos dos apóstolos, 196 e
197).
Enfim, a
situação da radicalização foi uma experiência dos primeiros cristãos. Eles eram
contra Paulo e o que ele pregava. Mas usavam da circuncisão para formarem mais
base nessa oposição. E quando a questão da circuncisão foi resolvida, a
oposição a Paulo no entanto continuou, e até se tornou mais forte. Paulo não
foi prudente em futuramente retornar a Jerusalém. Isso gerou algo mais que
polêmica, foram envolvidos em agressão física, e sabe onde? Dentro do templo.
Paulo, assim como JESUS, era acusado de pregar contra o templo, de profanar o
templo levando para ali gentios. Paulo estava certo em suas pregações, mas poderia
ter tido um pouco mais de calma e dar mais tempo ao tempo, buscando que outros
líderes cuidassem da situação até que aqueles judeus mais radicais se acomodassem,
ou se volvessem para o correto. Talvez isso nunca acontecesse. Mas é muito
importante se evitar a agressão física, ainda mais, dentro do templo do Senhor,
pois é bem isso que satanás deseja.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Qual, enfim,
foi a verdadeira motivação da feroz oposição a Paulo, por parte de um grupo de
judeus? Os motivos alegados foram superados, mas a oposição só aumentou. O
verdadeiro motivo está na citação de EGW, na parte de sexta-feira dessa lição.
Paulo era promissor aos oponentes de CRISTO. Aliás, ele era o mais promissor.
Era homem inteligente, com bom estudo na principal escola em Jerusalém, fariseu
convicto, de uma capacidade de oratória e argumentação poderosa, a ponto de
derrotar qualquer tipo de ideia contrária a dele. Só perdeu para uma pergunta
bem direta: “porque Me persegues?”.
Agora imagine,
alguém assim tão poderoso mudar de lado! A sua capacidade de defesa de idéias
pode ser vista em seus escritos. De todos os escritores do Novo Testamento, e
de toda a Bíblia, os escritos de Paulo são frequentemente um debate de ideias e
argumentos. Muitas vezes de difícil leitura. Mas Paulo arrasa com veemência as
ideias erradas. Esse poderoso homem, sincero tanto quando estava errado como
quando descobriu seu erro, homem decidido, pois ao descobrir sua militância
errada, mudou completamente (nesse sentido vemos nele a disposição de Davi, em
aceitar o erro), era útil tanto a satanás como a DEUS. O inimigo disputava por
ele, mas DEUS o conquistou. Agora o inimigo não podia admitir tamanha derrota
como também não conseguia aceitar sua ação poderosa ao lado de DEUS. Uma pessoa
talentosa, e com o poder de DEUS, pode muito, como foi o caso de Paulo. “O homem iletrado que é consagrado a ‘DEUS’
e aspira a abençoar a outros, pode ser e é utilizado pelo SENHOR em Seu
serviço. Mas os que, com o mesmo espírito de consagração, tiveram o
benefício de uma instrução completa, podem fazer obra muito mais extensa para
‘CRISTO’. Estão em posição vantajosa.” (Parábolas de JESUS, 333, grifos
acrescentados).
Que no final
da história do pecado, esse lado da experiência de Paulo seja também a nossa
experiência, não importando a nossa expressão ou fama, mas sim, a determinação
como a de Paulo em atender ao chamado de CRISTO.
“Paulo
dedicara sua pessoa e todas as suas faculdades ao serviço de Deus. Havia recebido
as verdades do evangelho diretamente do Céu, e em todo o seu ministério
mantivera vital ligação com os instrumentos celestiais. Tinha sido ensinado por
Deus com respeito a impor encargos desnecessários aos cristãos gentios; assim,
quando crentes judaizantes introduziram na igreja de Antioquia a questão da
circuncisão, Paulo conhecia o pensamento do Espírito de Deus com respeito a tal
ensino, e tomou decisão firme e inabalável, que libertou as igrejas de ritos e
cerimônias judaicos” (Atos dos Apóstolos, 200).
escrito entre 29 e 31/08/2011
revisado em 31/08/2011
corrigido por Jair
Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo
Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO
como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda
de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a
imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam
estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na
integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como
um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada
por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e
texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que
há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos
se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este
mundo.
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