sábado, 24 de setembro de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 1 - 4º Trim. 2011


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Quarto Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: O Evangelho em Gálatas
Estudo nº 01 – Paulo: apóstolo dos gentios
Semana de    24 de setembro a 1º de outubro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a DEUS, dizendo: ‘Então, DEUS concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!’” (Atos 11:18, NVI).

Introdução de sábado à tarde
Há duas possibilidades mais frequentes de perseguição: pessoas erradas pensando sinceramente estarem corretas perseguindo pessoas que são corretas; e pessoas erradas, intolerantes, sabendo que estão erradas, perseguindo as pessoas que são corretas. Essas são as duas situações mais frequentes em se tratando de perseguição religiosa, principalmente no cristianismo. Via de regra, perseguidas eram as pessoas de vida correta diante de DEUS.
Paulo era do primeiro tipo. Ele fora educado nas boas escolas judaicas. Aguardava o Messias, como todos os judeus. E jamais aceitou que Aquele homem pobre, que finalmente foi pregado e morto numa cruz, fosse de fato o Messias. Era sincero em seus pensamentos. E de tão zeloso, mas com um zelo sem equilíbrio e mal fundamentado, descobriu-se militando por uma causa errada, falsa e perdedora. Na verdade estava lutando contra DEUS, pensando estar ao lado de DEUS. Assim pensam muitos hoje em dia. E quando se adiciona mais um ingrediente, o do fanatismo, então facilmente se faz o que Paulo consentia em se fazer: prender pessoas e levá-las para a cadeia, e até matá-las.
Mas Paulo de sinceramente errado passou a sinceramente esclarecido, e se tornou no mais esforçado dos apóstolos, sendo que nunca fez parte do grupo dos apóstolos no tempo de JESUS. É possível que ele nunca tenha visto JESUS, embora tenha estudado em Jerusalém “aos pés de Gamaliel”, onde foi educado “segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos mais importantes rabinos judeus. Ele era “acatado por todo o povo” (Atos 5:33-39).
Paulo disse de si mesmo: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39), “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Chamou a si de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1). Mas ele se mostrava arrependido em profundidade por ter perseguido a igreja: “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13). “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
Esse homem, na tendência um perigo para o futuro da igreja, tornou-se um poder de DEUS para levar a mensagem aos gentios. Quando estamos sinceramente errados, e se ao descobrirmos formos humildes, continuaremos sendo sinceros, mas mundando para o certo.


  1. Primeiro dia: Perseguidor dos cristãos
Não é como começamos a vida que interessa, e sim, como continuamos. Paulo, no livro de Atos, começou aparecendo como feroz perseguidor dos cristãos. Mas ele assim não continuou. No restante do livro de Atos, aparece como o principal pregador do evangelho de JESUS. Tanto que, em vez de Atos dos apóstolos, quase se poderia mudar o nome do livro para Atos de Paulo. Assim como DEUS mudou o nome de Abrão para Abraão, o nome de Jacó para Israel, mudou o de Saulo para Paulo. E quando DEUS muda o nome, algo importante acontece na vida dessa pessoa. Um dia todos os que forem salvos terão seus nomes mudados.
Saulo, depois de ter estudado em Jerusalém, tornou-se forte opositor do que chamavam de nova seita. Essa seita parecia minimizar a importância do templo, que os judeus tanto prezavam. O Salvador esteve nesse templo, mas ao Salvador não viram, ao templo sim. O templo tinha a sua importância, mas não acima de quem ali era anunciado.
Eles prezavam também a lei, em especial, os fariseus, e Saulo era um deles. Todo aquele que ensinasse sobre JESUS, e afirmasse que Ele havia ressuscitado, e que fora ao Céu, e que voltaria, se tornava inimigo do templo e da lei. Acontece que os principais do templo, os membros do Sinédrio, que defendiam o templo, foram os que haviam condenado JESUS como digno de morte. Eles é que levaram a Pilatos a mandar pregar JESUS na cruz. Assim, esses homens procuravam acusar todo aquele que ensinasse a respeito de JESUS que este seria inimigo do templo e da lei. Que ironia, pois na verdade eram bem estes que defendiam a lei, e que respeitavam o templo. “Sinédrio estava fazendo o máximo para deter o progresso do evangelho. Por ele foram escolhidos homens para seguirem os apóstolos, especialmente Paulo, e por toda a maneira possível opor-se a sua obra. Se os crentes em Cristo fossem condenados pelo Sinédrio como quebrantadores da lei, seriam levados a sofrer imediata e severa punição como apóstatas da fé judaica” (Atos dos apóstolos, 404 e 405).

  1. Segunda: A conversão de Saulo
“Duro é recalcitrar contra os aguilhões” (Atos 9:5), foi o que JESUS mesmo disse a Saulo. Que sermão melhor seria o de Estêvão enquanto morria! Ele falou sobre JESUS, e foi morto por isso, e Saulo estava lá, segurando as vestes dos matadores. E o semblante desse homem justo, sem ódio, pronunciando palavras de perdão, nada disso fez Saulo pensar que talvez estivesse fazendo a coisa errada. E certamente houve outras situações que Saulo poderia ter mudado de atitude, mas não mudou. Essa frase de JESUS dá claramente a entender que Saulo já obtivera informações suficientes e já deveria ter-se arrependido de seus atos. Mas não o fez. Por fim, ele estava tendo ao que parece a última advertência de não continuar nesse caminho. Foi o próprio Senhor JESUS quem foi ao encontro de Saulo, e o derrubou do cavalo. Quando Saulo perguntou: “quem és, Senhor?” a voz do Céu lhe disse: “Eu Sou JESUS, a quem tu persegues” (Atos 9:5).
Mais claro e evidente que essa afirmativa não poderia haver. JESUS conhecia a motivação de Saulo. Sabia que ele era zeloso, que era sincero em seus atos, mas que estava cego pelo ódio, pois ele era um destruidor fanático. Tornara-se num homem disposto a exterminar a nova seita, se possível; matar todos. Mas havia algo promissor: ele fazia isso por zelo, querendo acertar. Se ele soubesse que estava completamente errado, mudaria. No entanto, as mensagens anteriores a essa não foram eficazes, pois o seu lado zeloso estava cegado pelo ódio.
O pior é quando fazemos a coisa errada, sabemos que estamos errados, e insistimos em permanecer assim. Também é uma desgraça quando descobrimos que estamos errados, mas por orgulho, não queremos admitir, e também insistimos em permanecer no erro. Mas Saulo era do tipo que, descobrindo estar no erro, pela sua sinceridade e traços de humildade, teve a nobreza de fazer a mudança em sua vida. Por esse motivo DEUS o perdoou. E assim, de perseguidor tornou-se um aliado dos cristãos, e motivo de perseguição da parte de seus antigos aliados. Ele literalmente mudou de lado. O que ele levou de seus antigos tempos era a sinceridade.

  1. Terça: Saulo em Damasco
Que momentos de altas perplexidades passaram viárias pessoas em Damasco. Sabiam que Saulo vinha para exterminá-los. Ele se tornara um dos principais perseguidores, aliados ao grupo de ferozes inimigos de JESUS, que O haviam mandado para a cruz. Mas agora ele era um homem arrependido, e o arrependimento acontecera no caminho, já próximo a Damasco. É uma típica história para ninguém acreditar, mais parecendo algum tipo astuto de emboscada. O que se passava na cabeça de Saulo, na casa de seu hospedeiro? Antes, cego espiritual, agora, cego físico. Como cego espiritual, podia perseguir aos seguidores de JESUS, agora como cego físico, estava tendo tempo para refletir sobre muitas coisas. Ele teve tempo para pensar nas palavras e atitude de Estevão, de outros, e principalmente de JESUS. Percebeu que não havia atentado às mensagens anteriores a de JESUS. E se não atentasse a essa mensagem? Qual seria o seu futuro? Tudo o que Saulo não queria era lutar contra DEUS, mas era exatamente isso que ele estava fazendo. Ele estava do lado dos assassinos de JESUS. E descobriu isso de uma forma radical, prostrado ao solo. Ele foi um tição tirado do fogo, para não ser consumido pelo fogo de satanás, no inferno de seu destino.
Saulo era dedicado à sua missão. Ele fazia o seu trabalho com grande esforço. Queria em pouco tempo eliminar os seguidores de JESUS, que considerava morto. Mas, de um momento para outro, em questão de minutos, estava mudando de atitude. Agora a missão de Saulo seria levar a mensagem da cruz e da ressurreição de JESUS aos gentios. Essa era a verdadeira missão de Saulo. Muitas vezes certamente ele fora advertido de sua errada militância, mas, afinal, diante do próprio Senhor que ele perseguia, percebeu o erro e decidiu pela mudança de sentido em sua vida, de perseguidor a aliado de JESUS. Ele aproveitou corretamente o que possivelmente seria a sua última oportunidade.

  1. Quarta: O evangelho vai aos gentios
Foi em Atioquia que o registro bíblico relata o primeiro sermão de Paulo. Talvez tivesse falado a público antes disso, mas não se sabe. Ele foi convidado por Barnabé, que era fervoroso seguidor de JESUS, vindo da ilha de Chipre.
Antioquia era a terceira cidade em importância no Império Romano. “Flávio Josefo descreve Antioquia como tendo sido a terceira maior cidade do império romano, menor que Roma e Alexandria, e também do mundo, com uma população estimada em mais de meio milhão de habitantes. Cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e industrial da Síria Romana. Era considerada como a porta para o Oriente. César, Augusto e Tibério utilizavam-na como centro de operações. Era também chamada de "Antioquia, a bela", "rainha do Oriente", devido às riquezas romanas que a embelezavam, desde a estética grega até o luxo oriental” (Wikipédia).
O ESPÍRITO SANTO cuidou dos fatos. Havia em Antioquia cidadãos de vários lugares do mundo. Era uma importante rota comercial, de afluxo de pessoas de vários lugares do mundo. Sua importância no cenário político também era importante no Império Romano. Por esses motivos, para lá iam pessoas de quase todos os lugares e saíam pessoas para quase todo os lugares. Assim sendo, fundar uma igreja nessa cidade era uma decisão estratégica, que facilitaria a disseminação da mensagem de CRISTO ao mundo todo. E era bem favorável, pois já os judeus cristãos haviam fugido de Jerusalém para essa cidade. Portanto, havia nela um núcleo de cristãos, o que faltava era organizar a igreja e dar-lhe ímpeto missionário. Para esse fim, Barnabé percebeu com toda a clareza, iluminado pelo ESPÍRITO SANTO, que o homem certo seria Paulo, com sua energia e zelo, com sua coragem e determinação de fazer tudo de modo correto e completo. Pois Antioquia foi a cidade pólo das viagens missionárias de Paulo, e ela se tornou como um trampolim para a evangelização de muitos lugares do mundo.
                 
  1. Quinta: Conflitos dentro da igreja
Houve polêmica na igreja primitiva. Era um conflito negativo, que prejudicou o andamento da igreja, e aos poucos a enfraquecia. Uma organização dividida sempre enfraquece, mesmo que isso leve tempo. Uma organização já enfraquecida por divisões, nunca consegue recobrar a força, se não mudar de atitude. Eles, naquela época, enfraqueceram. Levou algumas décadas, pois os líderes originais, que aprenderam de CRISTO, e outros que aprenderam destes, eram poderosos e indestrutíveis pois possuíam o poder de DEUS. Mas a terceira geração de pregadores, que vieram depois do ano 100, já não possuíam mais o mesmo poder. E assim a igreja foi enfraquecendo para no quarto século depois de cristo, entrarem heresias terríveis, entre elas, a santificação do domingo.
Que grande polêmica surgiu já na primeira década após o Pentecostes? Foi a questão da circuncisão dos gentios. Não ficou claro para muitos que nem judeus nem gentios não precisavam mais ser circuncidados na carne, e sim, em espírito, isto é, pela transformação do caráter. A par disso, havia preconceito contra os gentios, porque não eram judeus. Esse preconceito também se estendeu sobre os pregadores que iam aos gentios, dentre eles, Pedro e Paulo, além de outros. Quando enfim a questão foi esclarecida no concílio de Jerusalém (vide em Atos cap. 15), mesmo assim, muitos não aceitaram.
“Antes de sua conversão, Paulo se havia considerado como irrepreensível "segundo a justiça que há na lei". Filip. 3:6. Mas desde sua mudança de coração, ele havia alcançado uma clara concepção da missão do Salvador como Redentor da raça toda, judeus e gentios, e aprendera a diferença entre uma fé viva e um formalismo morto. À luz do evangelho, os antigos ritos e cerimônias confiados a Israel haviam ganho uma nova e mais profunda significação. Aquilo que haviam prefigurado tinha-se cumprido, e os que estavam vivendo sob a dispensação evangélica tinham ficado livres de sua observância. A imutável lei de Deus, dos Dez Mandamentos, entretanto, Paulo ainda guardava no espírito bem como na letra. Na igreja de Antioquia, a consideração do assunto da circuncisão deu em resultado muitas discussões e litígio. Afinal, os membros da igreja, temendo que o resultado de continuada discussão fosse uma divisão entre eles, decidiram enviar a Jerusalém Paulo e Barnabé, juntamente com alguns homens de responsabilidade na igreja, a fim de exporem a questão perante os apóstolos e anciãos. Ali deviam eles encontrar-se com delegados de diversas igrejas e com os que tinham ido a Jerusalém para assistir às próximas festas. Enquanto isto, toda a discussão devia cessar até que fosse pronunciada a decisão do concílio geral. Esta decisão devia ser então universalmente aceita pelas várias igrejas em todo o país” (Atos dos Apóstolos, 190).
Quando não se aceitam decisões tomadas em conselho, pela igreja, a situação se torna, digamos, gravíssima: ou quem não aceita está totalmente errado, ou o conselho está totalmente errado. Havendo essas possibilidades a solução não é declarar guerra, e sim, buscar mais esclarecimento, mais estudo, mais diálogo honesto com mais oração, até que a questão se esclareça. É óbvio que nem sempre vai haver consenso, pois nem sempre pessoas estão dispostas a recuar, como aconteceu com o Dr. Kellog no caso de sua argumentação em favor da teoria que resultou no movimento “alfa da apostasia”, assim como hoje já atua o movimento “ômega da apostasia”. Enquanto o conflito de ideias está se desenrolando em bases honestas, pela busca da verdade, DEUS atenta e abençoa, mas, quando a situação se radicaliza e se torna um conflito imprudente e preconceituoso, não há como a igreja não enfraquecer. A radicalização é mais frequente do lado daqueles que defendem pontos de vistas errados, mas também pode ser vista do lado dos que defendem a verdade. Aí entra o conceito de “equilíbrio”, que nada tem a ver com concessão ou conformação, que são aberturas para o erro.
“O concílio que decidiu este caso era composto dos apóstolos e mestres que se haviam salientado no trabalho de levantar igrejas cristãs judaicas e gentias, juntamente com delegados escolhidos de vários lugares. Estavam presentes anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas mais influentes estavam representadas. O concílio se conduziu de acordo com os ditames de iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela vontade divina. Como resultado de suas deliberações, todos eles viram que o próprio Deus havia dado resposta à questão em apreço, concedendo aos gentios o Espírito Santo; e sentiram que era sua parte seguir a guia do Espírito.
“Não foram convocados todos os crentes para votarem sobre a questão. Os "apóstolos e anciãos" (Atos 15:23), homens de influência e bom senso, redigiram e expediram o decreto, que foi logo aceito pelas igrejas cristãs. Nem todos, entretanto, ficaram contentes com a decisão; havia uma facção de irmãos ambiciosos e possuídos de presunção que a desaprovaram. Esses homens pretensiosamente tomaram a decisão de se empenhar na obra sob a própria responsabilidade. Entregaram-se a muita murmuração e crítica, propondo novos planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens a quem Deus ordenara ensinassem a mensagem do evangelho. Desde o início teve a igreja tais obstáculos a enfrentar, e há de tê-los até a consumação do tempo” (Atos dos apóstolos, 196 e 197).
Enfim, a situação da radicalização foi uma experiência dos primeiros cristãos. Eles eram contra Paulo e o que ele pregava. Mas usavam da circuncisão para formarem mais base nessa oposição. E quando a questão da circuncisão foi resolvida, a oposição a Paulo no entanto continuou, e até se tornou mais forte. Paulo não foi prudente em futuramente retornar a Jerusalém. Isso gerou algo mais que polêmica, foram envolvidos em agressão física, e sabe onde? Dentro do templo. Paulo, assim como JESUS, era acusado de pregar contra o templo, de profanar o templo levando para ali gentios. Paulo estava certo em suas pregações, mas poderia ter tido um pouco mais de calma e dar mais tempo ao tempo, buscando que outros líderes cuidassem da situação até que aqueles judeus mais radicais se acomodassem, ou se volvessem para o correto. Talvez isso nunca acontecesse. Mas é muito importante se evitar a agressão física, ainda mais, dentro do templo do Senhor, pois é bem isso que satanás deseja.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Qual, enfim, foi a verdadeira motivação da feroz oposição a Paulo, por parte de um grupo de judeus? Os motivos alegados foram superados, mas a oposição só aumentou. O verdadeiro motivo está na citação de EGW, na parte de sexta-feira dessa lição. Paulo era promissor aos oponentes de CRISTO. Aliás, ele era o mais promissor. Era homem inteligente, com bom estudo na principal escola em Jerusalém, fariseu convicto, de uma capacidade de oratória e argumentação poderosa, a ponto de derrotar qualquer tipo de ideia contrária a dele. Só perdeu para uma pergunta bem direta: “porque Me persegues?”.
Agora imagine, alguém assim tão poderoso mudar de lado! A sua capacidade de defesa de idéias pode ser vista em seus escritos. De todos os escritores do Novo Testamento, e de toda a Bíblia, os escritos de Paulo são frequentemente um debate de ideias e argumentos. Muitas vezes de difícil leitura. Mas Paulo arrasa com veemência as ideias erradas. Esse poderoso homem, sincero tanto quando estava errado como quando descobriu seu erro, homem decidido, pois ao descobrir sua militância errada, mudou completamente (nesse sentido vemos nele a disposição de Davi, em aceitar o erro), era útil tanto a satanás como a DEUS. O inimigo disputava por ele, mas DEUS o conquistou. Agora o inimigo não podia admitir tamanha derrota como também não conseguia aceitar sua ação poderosa ao lado de DEUS. Uma pessoa talentosa, e com o poder de DEUS, pode muito, como foi o caso de Paulo. “O homem iletrado que é consagrado a ‘DEUS’ e aspira a abençoar a outros, pode ser e é utilizado pelo SENHOR em Seu serviço. Mas os que, com o mesmo espírito de consagração, tiveram o benefício de uma instrução completa, podem fazer obra muito mais extensa para ‘CRISTO’. Estão em posição vantajosa.” (Parábolas de JESUS, 333, grifos acrescentados).
Que no final da história do pecado, esse lado da experiência de Paulo seja também a nossa experiência, não importando a nossa expressão ou fama, mas sim, a determinação como a de Paulo em atender ao chamado de CRISTO.
“Paulo dedicara sua pessoa e todas as suas faculdades ao serviço de Deus. Havia recebido as verdades do evangelho diretamente do Céu, e em todo o seu ministério mantivera vital ligação com os instrumentos celestiais. Tinha sido ensinado por Deus com respeito a impor encargos desnecessários aos cristãos gentios; assim, quando crentes judaizantes introduziram na igreja de Antioquia a questão da circuncisão, Paulo conhecia o pensamento do Espírito de Deus com respeito a tal ensino, e tomou decisão firme e inabalável, que libertou as igrejas de ritos e cerimônias judaicos” (Atos dos Apóstolos, 200).

escrito entre  29 e 31/08/2011
revisado em 31/08/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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